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Policial será julgado por violência, quatro anos após publicação do livro “Flic”, de Valentin Gendrot

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Um policial cuja violência contra dois menores no 19º arrondissement de Paris foi denunciada pelo jornalista Valentin Gendrot em Flicum livro secreto, será em breve julgado pelo tribunal criminal, soube a Agence France-Presse (AFP) de uma fonte próxima ao caso, segunda-feira, 4 de novembro.

De acordo com esta informação também revelada por Mediapart, dois juízes de instrução ordenaram na quinta-feira o encaminhamento para julgamento de Marc F., 36 anos, por violência intencional cometida por titular de autoridade pública sem incapacidade total para o trabalho (ITT), crime punível com três anos de prisão.

Baseado em elementos do livro Flic (ed. Goutte d’Or, 2020), escrito por Valentin Gendrot, depois relatórios da sede da polícia, mas também da deputada Danièle Obono (La France insoumise), foi aberta uma primeira investigação, confiada aos juízes em maio de 2021.

O jornalista contou sua infiltração como assistente de segurança na delegacia do 19º arrondissement de Paris em 2019 e descreveu “espancamentos”insultos racistas e homofóbicos, mas também falta de recursos, suicídios e desconforto do pessoal.

PV “falso”

No despacho consultado pela AFP, os dois juízes explicam que “a investigação não permitiu corroborar especificamente a descrição da violência feita por Valentin Gendrot, nomeadamente pela falta de identificação das pessoas que poderão ter sido alvo dos maus-tratos denunciados”com exceção da violência contra dois irmãos em abril de 2019, que estará no centro do próximo julgamento.

O mais novo dos dois, que teria recebido “pequenos tapas”não respondeu aos investigadores. O grande lhe disse que havia recebido “uma batata” no rosto em um veículo da polícia, em seguida, um “tapa forte” na delegacia. Em gravação clandestina feita por Valentin Gendrot na época, Marc F. também falou de um “batatas”.

Mas imediatamente após a prisão, “Mano”, apelido deste pacificador, apresentou queixa por desacato e ameaças agravadas. O mais velho dos dois irmãos foi colocado sob custódia policial e também apresentou queixa por violência.

Valentin Gendrot contou no livro como uma reportagem (PV) “mentindo” foi então escrito para “acusar a criança e absolver” o policial. O jornalista também incriminará o adolescente durante uma investigação policial interna, defendendo isso à AFP em 2020 “uma decisão extremamente complicada” levado para poder “denunciar mil outros erros desse tipo”. Ele não comentou na segunda-feira sobre esse encaminhamento para julgamento.

“A Justiça, para proteger um policial, pode ir muito longe”

“A ordem legitima a seriedade do trabalho do senhor Gendrot, mas sua defesa lamenta” que esse PV “não estaremos sujeitos a processos por falsificação quando conhecemos as consequências associadas a este tipo de denúncia”comentou Mᵉ Romain Boulet, advogado do jornalista e da editora.

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“A gravação sonora de uma falsificação pública, embora produzida por Valentin Gendrot, não foi suficiente para que os tribunais implicassem um policial. Podemos, portanto, dizer que a justiça, para proteger um policial, pode ir muito longe”comentou Geoffrey Le Guilcher, cofundador das edições Goutte d’Or.

O despacho de reenvio constata certamente que os espancamentos não são mencionados no relatório co-assinado pelos agentes da polícia que participaram na intervenção, mas afirma que a sua “a escrita coletiva, imprecisa e fragmentada não nos permite reter (do) encargos suficientes para a responsabilidade individual de cada signatário (…), mesmo que não se possa excluir que Marc F., por sua vez, tenha apresentado uma versão minimalista”.

Quanto à violência que será julgada em data ainda não definida, Marc F. defendeu-se de forma geral durante a investigação evocando a necessidade de controlar os envolvidos. Ele descreveu o livro de Valentin Gendrot como“dirigido e enganoso”. Questionado, seu advogado não respondeu à AFP.

Uma investigação administrativa resultou na suspensão suspensa de três dias para Marc F. e em repreensões para outros três agentes, em conexão com a elaboração do relatório contestado. Os funcionários desta delegacia foram alvo de outras acusações de violência.

Leia as boas fichas “Flic” | Artigo reservado para nossos assinantes “Os policiais devem lutar contra a violência; na prática, muitas vezes são um posto avançado dela”

O mundo com AFP



Leia Mais: Le Monde

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Ufac recepciona estudantes de licenciaturas que farão o Enade — Universidade Federal do Acre

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Ufac recepciona estudantes de licenciaturas que farão o Enade — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta sexta-feira, 24, no Teatro Universitário, a recepção aos alunos concluintes dos cursos de licenciatura que participarão do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), neste domingo, 26.
O evento teve como objetivo acolher e motivar os estudantes para a realização da prova, que tem grande importância para a formação docente e para a avaliação dos cursos de graduação. Ao todo, 530 alunos participarão do Enade Licenciaturas este ano, sendo 397 em Rio Branco e 133 em Cruzeiro do Sul.
Participam do Enade Licenciaturas os concluintes dos cursos de Física, Física EaD, Letras/Português, Letras/Inglês, História, Geografia, Ciências Biológicas, Química, Matemática, Matemática EaD, Pedagogia, Ciências Sociais, Filosofia e Educação Física.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, que representou a reitora Guida Aquino, destacou o papel da universidade pública na formação docente e o compromisso social que acompanha o exercício do magistério. “A missão de quem se forma nesta instituição vai além do diploma. É defender a educação pública, a democracia e os direitos humanos. Vocês representam o que há de melhor na educação acreana e brasileira. Cada um de vocês é parte da história e da luta da Ufac.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou o caráter formativo do exame e o compromisso da universidade com a qualidade da educação. “O Enade é mais do que uma prova. Ele representa uma etapa importante da trajetória de cada estudante que trilhou sua formação nesta universidade. É um momento de reflexão sobre o aprendizado, o esforço e o legado que cada um deixa para os próximos alunos.”
Ela reforçou que o desempenho dos estudantes é determinante para o conceito de cada curso e destacou a importância da participação responsável. “É fundamental que todos façam a prova com dedicação, levando o nome da Ufac com orgulho. Nós preparamos esse encontro para motivar, orientar, e entregar um kit com lanche, água, fruta e caneta, ajudando os alunos a se organizarem para o domingo.”
A pró-reitora lembrou ainda que a mesma ação está sendo realizada no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com o apoio da equipe da Prograd e dos coordenadores locais. “Lá, os alunos estão distribuídos em três escolas, e nossa equipe vai acompanhá-los no dia da prova, garantindo o mesmo acolhimento e suporte.”

O evento contou com apresentação cultural da cantora Luzienne Lucena e do Grupo Vibe, do projeto Pró-Cultura Estudantil, formado pelos acadêmicos Gabriel Daniel (Sistemas de Informação), Geovanna Maria (Teatro) e Lucas Santos (Música).
Também participaram da solenidade a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; e os coordenadores de cursos de licenciatura: Francisca do Nascimento Pereira Filha (Pedagogia), Lucilene Almeida (Geografia) e Alcides Loureiro Santos (Química).

 



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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.

A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.

“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.

Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.” 

O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.

A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.

 



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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.

Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”

Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.



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