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Política de tolerância zero nos EUA diminuiu crimes e lotou presídios

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Não são apenas os países em desenvolvimento que enfrentam há décadas problemas graves de segurança urbana. Nos anos 1980 e 1990, a violência também atingiu índices alarmantes em metrópoles dos Estados Unidos.

Para superar o que foi caracterizado como “epidemia de crimes” na época, cidades como Nova York e Chicago adotaram a política de tolerância zero.

O sistema baseou-se no princípio da repressão inflexível a crimes menores para promover o respeito à legalidade e promover a redução de crimes. O modelo divide opiniões nos Estados Unidos sobre sua efetividade e consequências relacionadas ao aumento da população carcerária e a casos de abuso policial.

Em Nova York, os assassinatos diminuíram 61% e a prática de crimes em geral caiu 44%, depois da aplicação da política iniciada em 1994, durante o mandato do então prefeito Rudolph Giuliani.

A iniciativa aumentou o policiamento ostensivo nas ruas e as punições a contravenções e crimes menores, como não pagar transporte coletivo ou consumir bebidas alcoólicas nas ruas.

A tolerância zero também foi chamada de choque de polícia. Neste formato, autoridades policiais podem agir de maneira discricionária, para coibir a atividade criminal.

“Janelas Quebradas”

O conceito que deu origem ao modelo de segurança pública tolerância zero foi a teoria das Janelas Quebradas, um texto publicado em 1982 pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminalista George L.Kelling, na revista Atlantic Monthly.

O argumento dos autores considera um prédio com algumas janelas quebradas. Eles defendem que, se elas não forem reparadas, a tendência é que os vândalos quebrem mais algumas janelas. Eventualmente, o prédio pode até mesmo ser invadido se estiver desocupado, como efeito do aspecto de depredação.

Os autores usaram essas imagens para explicar que a criminalidade pode aos poucos se infiltrar em uma comunidade, provocando sua decadência e destruição.

Para os dois autores, se uma janela quebrada não for imediatamente consertada, as pessoas que passam pela rua podem pensar que ninguém se importa com o local e, portanto, não há um responsável ou autoridade para manter a ordem.

A premissa das janelas quebradas é: “Pequenas desordens levariam a grandes desordens e, mais tarde, ao crime”.

Essa teoria sustentou políticas de segurança pública em diversas cidades. Além de Nova York, Chicago e Houston também tiveram modelos de “choque de segurança”.

Críticas

A maioria dessas cidades adotou o modelo após a década de 1980, quando a criminalidade alcançou altos índices em várias regiões dos Estados Unidos. Os defensores da tolerância zero apontam a efetiva redução dos crimes, enquanto os críticos afirmam que o problema desse modelo é tratar questões sociais pelo enfoque da segurança.

Ou seja, há redução de crimes e contravenções cometidos por segmentos sociais desfavorecidos, mas formato não é efetivo para o combate aos crimes de corrupção, por exemplo.

Os críticos também argumentam que a diminuição da violência em algumas cidades teve muito mais relação com o aumento da quantidade de jovens com acesso a empregos e melhoria de renda do que com a aplicação de um choque de segurança, por si só.

Outro aspecto condenado pelos críticos é o fato de que esse formato alimenta padrões rígidos e moralistas de comportamento em populações diversas.

O termo tolerância zero também foi usado na política de prevenção de drogas e para argumentar que a Justiça penal tem um papel importante no enfrentamento ao uso de substâncias ilícitas.

Alguns analistas afirmam ainda que há mais violações por parte da força policial quando uma política de tolerância zero é aplicada. Para esta corrente de pensamento, o policiamento com tolerância zero vai contra os preceitos da polícia comunitária e a lógica da prevenção.

Por último, alguns estudos relacionam o aumento da população carcerária americana à adoção do modelo. Os EUA têm a maior população de pessoas presas do mundo: são 2,3 milhões de detentos, segundo os números do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de 2016.

O crescimento, de acordo com estudo divulgado pelo Sentencing Project (Projeto Condenação) em 2016, baseado em números oficiais, foi de 500% em 40 anos. O projeto defende mudanças no sistema penal e aponta que a superpopulação carcerária do país tem como uma das causas a adoção da tolerância zero pelas polícias nas últimas décadas. Por Ciberia // Agência Brasil

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”

Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”

 



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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