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Por que uma banana vale R$ 36 milhões nas artes visuais – 21/11/2024 – Plástico

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Silas Martí
Uma banana é uma banana, mesmo. Não estamos falando do cachimbo de René Magritte, o artista belga que nesta temporada de leilões em Nova York entrou para o clube dos artistas com obras arrematadas por mais de US$ 100 milhões, ou R$ 578 milhões no câmbio atual.
Magritte está morto. Maurizio Cattelan está vivo —e um tanto irritado. Sua obra “The Comedian”, ou o comediante, mostrada pela primeira vez na feira Art Basel Miami Beach, nos Estados Unidos, há cinco anos, era uma piada, um trabalho conceitual destinado a desarranjar os parâmetros do mercado. Era para ser, como o urinol de Marcel Duchamp, uma sátira do jet-set que se leva tão a sério comprando bobagens descartáveis.
Mas o mundo dá voltas, mais que uma casca de banana. Seu original, uma edição de cinco bananas para compradores dispostos então a desembolsar US$ 120 mil por cada uma, sendo que em plena feira uma fruta foi devorada por outro artista ávido por holofotes, agora virou um recordista desta temporada de vendas de outono para o artista italiano —US$ 6,2 milhões, ou R$ 36 milhões.
Vale dizer que a banana vai apodrecer. A obra não é a banana grudada na parede, também vale explicar. Falamos da venda de uma performance. O proprietário pendura na parede a banana que quiser, pode até comer a fruta. O ponto é a banana ressignificada como troféu, a banana como fruta, como ready-made, como escultura banal, como propriedade intelectual dos super-ricos.
Cattelan é um artista que já fez de tudo, até uma escultura do papa esmagado por um meteorito. É um gênio da arte pós-pop, do delírio mercadológico que seduz tanto o mundo do “old money” quanto os novos ricos, os emergentes. É hilário que uma escultura sua, um potente dedo do meio em riste esculpido em mármore, mande para aquele lugar a Bolsa de Valores de Milão, uma das esculturas públicas mais pertinentes hoje na Itália.
O artista não está feliz, nem presente. O que era uma piada se tornou deboche para o próprio. Ele disse ao New York Times que não ganharia nem um centavo com qualquer que fosse o resultado do leilão —a fruta leiloada pela Sotheby’s, aliás, foi vendida numa quitanda do Upper East Side nova-iorquino por US$ 0,35, algo em torno de R$ 2.
E aí reside o humor do mercado de arte, um dos mais voláteis, mais opacos e mais imprevisíveis do capital atual. Uns riem alegres, outros choram amargando aquilo que venderam cedo demais ou não compraram na hora certa. A banana de R$ 36 milhões é um “plot twist” digno da temporada atual de leilões. É um fato que coroa dois anos de mercado em queda livre, um pós-pandemia sofrido para os parâmetros dos inabaláveis do mercado, e um atestado de que o novo “Trump bump” veio para ficar, ao menos no mundo da arte.
Enquanto a esquerda chora o ressurgimento do homem alaranjado no comando da maior potência política e militar do planeta, a direita no armário que não disfarça sua liderança no mundo artístico celebra os lucros dessa vitória. A banana de Maurizio Cattelan, afinal, foi vendida por quase seis vezes mais que seu lance inicial, de US$ 1,1 milhão. É a prova de que a promessa do novo governo americano, de queda da taxa dos juros e dos impostos, quer mesmo dizer que, para os super-ricos, quem ri por último ri melhor. “The Comedian” estava certíssima em sua premissa, a banana para o mundo da arte.
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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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27 de setembro de 2025
A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.
A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.
A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.
Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.
“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.
A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.
Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.
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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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