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‘Posso ouvir vômito seco vindo de dentro’: filas de horas para cheirar a planta cadáver de Geelong | Vitória

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7 meses atrásem
Henry Belot
Nunca senti o cheiro da decomposição podre de um cadáver, mas me disseram que cheiraria algo parecido com a flor ligeiramente fálica ameaçada de extinção em exibição nos jardins botânicos de Geelong.
O cheiro da chamada planta cadáver, ou amorfófalo titanumpara quem joga em casa, dá como um soco na cara – mesmo a 20 metros de distância.
Ao passar por uma fila sinuosa de milhares de pessoas, todas esperando para cheirar a planta, o cheiro de queijo azul podre deixado ao sol sai de uma estufa.
Quando me aproximo, posso ouvir uma ânsia de vômito lá dentro. Uma vez de perto, o cheiro chega até você em ondas. Você se acostuma brevemente, antes que surja um novo odor desagradável.
A planta cadáver é nativa de Sumatra, na Indonésia, e leva até uma década para florescer. A floração dura apenas 24-48 horas. Durante esse curto espaço de tempo, ele emite um cheiro semelhante ao de carne podre.
É como se a planta tivesse passado uma década inventando os piores cheiros imagináveis. O cheiro é diferente para muitas das milhares de pessoas que esperaram mais de duas horas para dar uma olhada na noite de segunda-feira.
É justo dizer que há algum interesse extremo na chamada planta cadáver de Geelong, ou ‘amorphophallus titanum’, para quem joga em casa. Floresce a cada década e dura apenas 24-48 horas. Aqueles que estão saindo dos jardins botânicos relatam náuseas. pic.twitter.com/0zYExprGcm
-Henry Belot (@Henry_Belot) 11 de novembro de 2024
Um diz que cheira a “meias sujas”, enquanto outros recebem notas de “gambás podres”, “coelho morto”, “pés podres muito ruins”, “atropelamentos aquecidos” ou “cangurus mortos”.
Um estudante, que fica com falta de ar ao sair da estufa, diz que é como “uma grande lata de atum podre” antes de fugir. Outra diz que parece uma extremidade masculina, antes de ser silenciada por um parente.
Quando a planta cadáver floresce, uma reação química emite o cheiro de carne podre para atrair polinizadores, como besouros carniceiros e moscas. Está ameaçado pelo desmatamento, o que é uma das razões pelas quais os botânicos estão tão satisfeitos com sua popularidade recém-descoberta.
Esta planta cadáver em particular foi propagada em 2013 e doada por Matt Coulter, um botânico do Mount Lofty Botanic Gardens, nos arredores de Adelaide, em 2021. Desde então, está sob o olhar atento da horticultora Lucy Griffiths.
“A planta tem um cheiro horrível projetado para atrair moscas e besouros carniceiros que ajudam a polinizar a planta”, diz Griffith. “Tem sido muito interessante ver os diferentes cheiros que as pessoas detectam”.
Melissa Smith, professora de Leopold, diz que a planta é “simplesmente espetacular”. Ela é uma das 55 mil pessoas, inclusive do Nepal e dos EUA, que assistem há dias a uma transmissão ao vivo da usina.
“Temos vindo ao jardim desde o dia da Melbourne Cup e assistido pela transmissão ao vivo para acompanhar seu progresso”, diz Smith. “É tão lindo, que especial tê-lo aqui.”
Um termômetro que rastreia a temperatura das plantas foi adicionado à transmissão ao vivo na semana passada, com os telespectadores informados de que provavelmente floresceria quando seu núcleo aquecesse a 40ºC.
Os jardins ficarão abertos 24 horas até a flor morrer, o que pode acontecer já na noite de terça-feira.
Griffiths diz que é “fabuloso” ver quantas pessoas são cativadas pela planta e espera que a sua nova popularidade aumente a consciencialização sobre a desflorestação.
Rachael Edwards, que se descreve como “uma grande jardineira”, dirigiu uma hora de Colac antes de esperar mais duas horas na fila. Ela trouxe seus parentes, mas admite ter omitido informações sobre o que eles estavam prestes a ver.
“Eles não sabiam no que estávamos nos metendo até chegarmos aqui”, diz Edwards. “O cheiro me atingiu no rosto. Quando cheguei mais perto, piorou”.
Jane Flowers, de Portarlington, diz que a planta é “simplesmente linda”. Como muitos que esperaram por horas, ela voltou para visitar a fábrica várias vezes esta semana.
“Eu não estava tão preocupado com o cheiro, mas é definitivamente diferente de tudo que eu já senti antes. Era um cheiro muito difícil de identificar”, diz Flowers.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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