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Prisão de Collor revelou doenças que ex-presidente…

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Prisão de Collor revelou doenças que ex-presidente...

Marcela Mattos

As doenças enfrentadas pelo ex-presidente Fernando Collor eram mantidas em segredo até para as pessoas mais próximas ao político, segundo relataram alguns de seus aliados.

Na última quinta-feira, 1º, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que ele cumpra em regime domiciliar a pena de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em decorrência das enfermidades do político.

Uma semana antes, porém, ao ser questionado durante a audiência de custódia se estava em algum tratamento específico, Collor respondeu negativamente.

Leia também: Collor: o último ato da carreira do ex-presidente que virou símbolo de corrupção

Para atestar a gravidade dos problemas, a defesa de Collor enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma lista de documentos, entre os quais um prontuário médico assinado pelo neurologista Rogério Tuma e um total de 136 exames que comprovam as comorbidades.

Ao STF, o ex-presidente alegou estar em tratamento por Doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, o que exige que ele tome oito medicamentos diariamente, além de ter um acompanhamento médico periódico.

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A Doença de Parkinson foi descoberta em novembro de 2019, quando Collor ainda cumpria mandato de senador. À época, ele procurou um médico após apresentar os primeiros sintomas, mas resistiu diante do diagnóstico e nunca mais voltou. Somente em 2022, diante do agravamento do quadro clínico, ele passou a fazer o efetivo acompanhamento da situação.

Naquele mesmo ano, Collor entrou em campanha para o governo de Alagoas, mas não conseguiu se eleger e encerrou a sua vida pública. Amigos do político narram também que ele mantinha uma vida social ativa, com saídas frequentes e viagens para esquiar, e jamais comentava das doenças. “Nem hoje ele aceita, e repete que tem a saúde perfeita”, diz uma pessoa próxima ao ex-presidente.

De acordo com o médico que acompanha Collor, a Doença de Parkinson está bem controlada, mas desde 2024 ele apresenta dificuldades de locomoção e registrou algumas quedas. Por ser progressivo, o Parkinson exige o uso adequado da medicação e o controle clínico período. Se não for bem tratada, a enfermidade pode evoluir para casos de demência e maiores problemas de movimento.

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“No atual momento de execução da pena, portanto, a compatibilização entre a Dignidade da Pessoa Humana, o Direito à Saúde e a efetividade da Justiça Penal indica a possibilidade de concessão da prisão domiciliar humanitária a Fernando Affonso Collor de Mello, pois está em tratamento da Doença de Parkinson – há, aproximadamente, 6 anos – com a constatação real da presença progressiva de graves sintomas não motores e motores”, afirmou Alexandre de Moraes ao autorizar a mudança de regime para o cumprimento da pena.

Collor, por outro lado, terá de usar uma tornozeleira eletrônica e teve o seu passaporte suspenso.

Derrota em prescrição

Apesar de ter obtido a conversão ao regime domiciliar, a defesa de Collor não conseguiu sucesso em uma segunda estratégia: derrubar a condenação pelo crime de corrupção.

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O advogado do ex-presidente, Marcelo Bessa, sustentava que o crime de corrupção já estaria prescrito, o que restaria apenas o crime de lavagem, fazendo com que a pena caísse à metade.

No parecer que autorizou a domiciliar, Moraes alegou que a tese apresentada pela defesa já estava afastada pela maioria do plenário da Corte e rejeitou o pedido.



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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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POLÍTICA

Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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