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Quão inclusivo é o reinício democrático? – DW – 12/11/2024

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Meses depois expulsando Sheikh Hasina, Bangladesh está ansioso por novas eleições, que produzirão um novo governo que poderá substituir a administração interina liderada por Muhammed Yunus.
O líder interino e ganhador do Prêmio Nobel prometeu realizar “reformas vitais” e depois realizar uma votação livre, justa e inclusiva no país do sul da Ásia.
Mas apesar das promessas de inclusão, muitos bangladeshianos estão profundamente irritados com a Liga Awami (AL) de Hasina e opor-se à perspectiva de simplesmente voltar a integrar a política do país como qualquer outro grande partido.
Os oponentes de Hasina culpam o líder deposto por a violência mortal que ceifou centenas de vidas no início deste ano.
Pelo menos alguns membros do Gabinete interino parecem partilhar deste sentimento. O governo liderado por Yunus ainda está em diálogo com os principais partidos para garantir eleições justas, mas disse que excluiria grupos que classifica como “fascistas” ou aliados de tais facções.
Bangladesh: Ex-PM Sheikh Hasina ‘deve enfrentar julgamento’
Em Outubro, o gabinete do conselheiro-chefe do governo interino anunciou que as autoridades iriam impedir a AL e partidos semelhantes de se envolverem em actividades políticas. Mais tarde, o assistente especial do conselheiro-chefe disse que iriam colocar obstáculos ao partido de Hasina e, no final de outubro, o governo Yunus proibiu a ala jovem da AL, a Liga Chhatra de Bangladesh (BCL), e rotulou-a de “organização terrorista”.
Líderes interinos pressionados por todos os lados
O governo de Yunus baseia-se uma ampla mas frágil aliança de vários partidos políticosgrupos minoritários e manifestantes estudantis que suportaram o peso da violência política. Com a data das eleições ainda por determinar, eles não se podem dar ao luxo de alienar qualquer parte da sua base, especialmente as massas que expulsaram o governo Hasina.
A polícia de Bangladesh conseguirá reconstruir a confiança após protestos violentos?
A dimensão da raiva anti-AL foi novamente realçada quando o gabinete do seu parceiro de coligação, o Partido Jatiya, foi incendiado no final de Outubro. E neste fim de semana, activistas do partido BNP – o principal rival da AL – juntaram-se aos apoiantes do partido islâmico Jamaat-e-Islami (JI) e aos manifestantes estudantis na prevenção violenta de um comício da AL em Dhaka.
Ao mesmo tempo, porém, o secretário-geral do BNP, Mirza Fakhrul, criticou os sinais vindos do governo interino sobre a proibição do partido de Hasina.
“Porquê excluir a Liga Awami das eleições se pretendemos genuinamente a democracia?” ele perguntou.
Yunus fala pelo povo?
O cientista político Sabbir Ahmed disse à DW que o governo interino estava interpretando termos como “condições equitativas para eleições justas” de forma a servir os seus próprios interesses.
“Este governo, tendo tomado o poder sem um mandato popular, não representa a vontade do povo”, disse ele à DW, salientando que a revolta de Julho-Agosto teve um foco em grande parte urbano.
“Independentemente do que o governo interino afirme, não pode estabelecer um ambiente democrático para uma competição eleitoral justa se excluir a Liga Awami”, acrescentou.
AL ansioso para seguir em frente
Não é de surpreender que os aliados de Hasina também se oponham às declarações que sugerem a sua proibição. O ex-ministro das Relações Exteriores, Hasan Mahmud, disse à DW que AL está ansioso para cooperar com outros partidos políticos para garantir uma transição pacífica para a democracia, acrescentando que Bangladesh deve eliminar política de ódio, negação e vingança .
Acusou também o governo interino de atrasar as eleições sem justificação adequada, aparentemente com o objectivo de retaliar a AL.
“Excluir a Liga Awami – que é apoiada por quase metade da população – das eleições não atrairia um processo inclusivo”, acrescentou. “Tal eleição provavelmente enfrentaria a rejeição tanto do público como da comunidade internacional”.
Alemanha quer uma investigação e depois reconciliação
Entretanto, sinais vindos de fora do Bangladesh também parecem indicar um desejo de aproximação interna. Semana passada, Alemão O Embaixador Achim Tröster disse A estrela diáriaum jornal de língua inglesa de Bangladesh, que a reconciliação seria necessária para um futuro pacífico.
“O que é preciso é mudar de opinião e afastar as sombras de um passado sangrento e vingativo”, disse ele.
Ao mesmo tempo, reconheceu que a reconciliação não seria possível sem investigar e reconhecer a verdade sobre a agitação mortal.
Manifestantes de Bangladesh lutam para se recuperar dos ferimentos
“Para alcançar a reconciliação, precisamos de ouvir a palavra desculpe e um pedido de desculpas pelos crimes e erros que foram cometidos. Posso estar errado, mas até agora, infelizmente, não a ouvi aqui”, acrescentou o diplomata alemão.
O chefe do BJP de centro-direita, Andaleeve Rahman, também disse à DW que AL deve um pedido de desculpas ao público.
“O partido de Hasina enfrenta uma crise de liderança e só pode avançar na política se reconhecer a sua responsabilidade e expressar remorso pelas mortes que ocorreram durante a revolução de Julho-Agosto”, disse ele.
Comentando o recente incêndio criminoso no gabinete político do Partido Jatiya, ele descreveu-o como inaceitável, mas disse que os aliados de Hasina mereciam a reação pública que enfrentam atualmente, pois também traíram o povo.
Editado por: Srinivas Mazumdaru
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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