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Quincy Jones, lendário produtor musical, morre aos 91 | Notícias musicais

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Quincy Jones, o titã da música multi-talentoso cujo vasto legado ia desde a produção do histórico álbum Thriller de Michael Jackson até a composição de trilhas sonoras premiadas para filmes e televisão e a colaboração com Frank Sinatra, Ray Charles e centenas de outros artistas, morreu aos 91 anos.

O assessor de Jones, Arnold Robinson, disse que ele morreu na noite de domingo em sua casa, no bairro de Bel Air, em Los Angeles, nos Estados Unidos, cercado por sua família.

“Esta noite, com o coração cheio, mas partido, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones”, disse a família em comunicado. “E embora esta seja uma perda incrível para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outra como ele.”

Jones posa para um retrato para promover seu documentário ‘Quincy’ durante o Festival de Cinema de Toronto em 7 de setembro de 2018, em Toronto. (Arquivo: Chris Pizzello/Invision/AP)

Jones passou de trabalhar com gangues no South Side de Chicago até o auge do show business, tornando-se um dos primeiros executivos negros a prosperar em Hollywood e acumulando um catálogo musical extraordinário que inclui alguns dos momentos mais ricos do ritmo e da música americana. Durante anos, era improvável encontrar um amante da música que não possuísse pelo menos um disco com seu nome, ou um líder na indústria do entretenimento e além que não tivesse alguma ligação com ele.

Jones manteve companhia com presidentes e líderes estrangeiros, estrelas de cinema e músicos, filantropos e líderes empresariais. Ele excursionou com Count Basie e Lionel Hampton, arranjou discos para Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, compôs as trilhas sonoras de Roots e In the Heat of the Night, organizou a primeira celebração de posse do presidente dos EUA, Bill Clinton, e supervisionou a gravação de estrelas de We Are the World, o recorde de caridade de 1985 para alívio da fome na África.

Em uma carreira que começou quando os discos ainda eram tocados em vinil a 78 rpm, as maiores honras provavelmente vão para suas produções com Jackson. Off the Wall, Thriller e Bad foram álbuns quase universais em estilo e apelo. A versatilidade e imaginação de Jones ajudaram a desencadear o talento explosivo de Jackson enquanto ele se transformava de estrela infantil em “Rei do Pop”.

ARQUIVO - Michael Jackson, à esquerda, ganha oito prêmios ao posar com Quincy Jones no Grammy Awards em Los Angeles, 28 de fevereiro de 1984. Quincy Jones morreu aos 91 anos. (AP Photo/Doug Pizac, Arquivo)
Michael Jackson, à esquerda, posa com Jones no Grammy Awards em Los Angeles, 28 de fevereiro de 1984 (Arquivo: Doug Pizac/AP)

A lista de homenagens e prêmios de Jones ocupa 18 páginas em sua autobiografia Q de 2001, incluindo 27 Grammys na época (agora 28), um Oscar honorário (agora dois) e um Emmy por Roots. Ele também recebeu a Legião de Honra da França, o Prêmio Rudolph Valentino da República da Itália e uma homenagem do Kennedy Center por suas contribuições à cultura americana.

Jones foi tema de um documentário de 1990, Listen Up: The Lives of Quincy Jones e de um filme de 2018 da filha Rashida Jones.

Nascido em Chicago em 1933, Jones citaria os hinos que sua mãe cantava pela casa como a primeira música de que conseguia se lembrar. Mas ele relembrou com tristeza sua infância, dizendo certa vez a Oprah Winfrey: “Existem dois tipos de pessoas: aquelas que têm pais ou cuidadores que os nutrem, e aquelas que não têm. Não há nada no meio.”

A mãe de Jones sofria de problemas emocionais e acabou sendo institucionalizada, uma perda que fez o mundo parecer “sem sentido” para o filho, que passou grande parte do tempo em Chicago nas ruas com gangues, roubando e brigando.

“Eles pregaram minha mão em uma cerca com um canivete, cara”, disse ele à Associated Press em 2018, mostrando uma cicatriz de infância.

ARQUIVO - O músico Quincy Jones e sua esposa, a atriz Peggy Lipton, seguram a estrela de Jones, que foi colocada na Calçada da Fama de Hollywood em Los Angeles em 14 de março de 1980. (AP Photo/Barfield, Arquivo)
Quincy Jones e sua esposa, a atriz Peggy Lipton, seguram a estrela de Jones, que foi colocada na Calçada da Fama de Hollywood em Los Angeles em 14 de março de 1980 (Arquivo: Barfield/AP)

A música o salvou. Quando menino, ele aprendeu que um vizinho de Chicago tinha um piano e logo ele próprio tocava constantemente.

Seu pai mudou-se para o estado de Washington quando Jones tinha 10 anos e seu mundo mudou em um centro recreativo do bairro. “Fui até lá, parei, olhei e depois pensei nisso por um momento”, escreveu ele em sua autobiografia.

“Foi aí que comecei a encontrar paz. Eu tinha 11 anos. Eu sabia que isso era tudo para mim. Para sempre.”

ARQUIVO - O músico norte-americano Quincy Jones dirige a Orquestra Nacional de França terça-feira, 4 de julho de 2000, em Paris, durante os ensaios antes do concerto único da noite. Quincy Jones morreu aos 91 anos. (AP Photo/Laurent Emmanuel, Arquivo)
Jones dirige a Orchestra National de France, 4 de julho de 2000, em Paris (Arquivo: Laurent Emmanuel/AP)

Como executivo musical, ele superou barreiras raciais ao se tornar vice-presidente da Mercury Records no início dos anos 1960. Em 1971, ele se tornou o primeiro diretor musical negro na cerimônia do Oscar. O primeiro filme que produziu, A Cor Púrpura, recebeu 11 indicações ao Oscar em 1986, mas nenhuma vitória.

Em parceria com a Time Warner, criou a Quincy Jones Entertainment, que incluía a revista de cultura pop Vibe e a Qwest Broadcasting. A empresa foi vendida por US$ 270 milhões em 1999.

“Minha filosofia como empresário sempre teve as mesmas raízes do meu credo pessoal: aceitar as pessoas talentosas em seus próprios termos e tratá-las com justiça e respeito, não importa quem sejam ou de onde venham”, escreveu Jones em sua autobiografia. .



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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