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Volta do X não preocupa planos do Bluesky no Brasil, diz executiva à CNN

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Enquanto o acesso ao X esteve bloqueado, uma outra plataforma viveu uma lua de mel no Brasil: o Bluesky. A liberação do site de Elon Musk nesta terça-feira (8), no entanto, não preocupa os planos da novata das redes para o público brasileiro.

É o que diz à CNN Rose Wang, diretora de operações (COO) da Bluesky, ao comentar sobre a disparada de novos usuários do país nas últimas semanas.

“Foi um salto muito grande para uma rede social relativamente nova. E esse entusiasmo do Brasil, que veio todo de uma vez, nos surpreendeu por termos sido escolhidos como a preferência”, relata.

Logo após a suspensão do X em agosto, o Bluesky cresceu em um milhão de usuários do Brasil. O número contribuiu para elevar a base global de usuários, que entre setembro e este mês passou de aproximadamente 7 milhões para 11 milhões.

Criada pelo cofundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, o Bluesky foi ao ar em 2022, em paralelo às negociações e compra do site do pássaro azul pelo bilionário Elon Musk.

Os primeiros usuários da plataforma tinham muita relação com esse momento: eram pessoas descontentes com as mudanças promovidas na rede social, que então foi rebatizada de X.

Wang conta que o Brasil sempre esteve presente na plataforma, num primeiro momento com maior presença da comunidade LGBTQ+ e dos Swifites — os fãs da cantora Taylor Swift.

Agora que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o retorno do X, após a plataforma cumprir com as demandas legais que haviam sido requeridas, alguns usuários já voltaram a tuitar na rede social.

O retorno, contudo, não amedronta a equipe de 20 pessoas do Bluesky.

“Acreditamos que esse seja só o começo. Quando o Brasil nos escolheu, mostrou para o mundo que o Bluesky era a opção de uma comunidade engajada. O Bluesky pode dar apoio para muitas pessoas, e sabemos que muitos brasileiros vão se manter leais a nós”, afirma a COO à CNN.

Proposta diferente

Wang reconhece que muitas pessoas devem voltar às suas raízes.

“Está tudo bem”, diz a executiva, defendendo que usuários busquem se conectar à plataforma que mais os faça se sentir seguros.

Mas ela aponta que a experiência brasileira da rede social mostra que um pequeno grupo de pessoas pode fazer a diferença e mostrar que há algo de errado com a cultura de redes sociais que temos hoje, que segundo ela vem deixando as pessoas deprimidas.

“A nossa grande diferença para o X é que buscamos resgatar o mundo do ‘antigo Twitter’. Essa era uma realidade em que a empresa era mais aberta e próxima dos criadores de conteúdo”, pondera Wang.

“Diria que a moderação é a nossa maior prioridade. Priorizamos a segurança porque não dá para se divertir sem ter segurança”, ressalta.

A diretora de operações aponta que, enquanto em outras plataformas apenas 1% dos usuários produz conteúdo, no Bluesky a participação é de 15% da comunidade.

De acordo com Wang, há uma falta de entendimento por parte dos internautas que achavam que o Bluesky seria um reflexo do X.

Ela explica que a rede social atrai pessoas com um comportamento mais participativo, e que sua proposta é aproximar pessoas com interesses em comum, como o Reddit.

Além disso, a diretora de operações reforça que a ideia é o usuário ter uma experiência customizável, na qual possa controlar mais facilmente suas preferências e o que vê no seu feed, sem ficar a mercê de algoritmos.

Próximos passos do Bluesky

Com uma equipe menor e 100% remota, Wang conta que a ideia é o Bluesky estar próximo de seus usuários. Os colaboradores estão hoje distribuídos em países da Ásia e da Europa, além dos Estados Unidos. Recentemente, um engenheiro brasileiro também passou a fazer parte do quadro.

E mesmo que os usuários do Brasil possam abandonar a rede social, a diretora de operações diz que não está em seus planos virar as costas ao país.

“Sabemos o quão sociais os brasileiros são e vamos continuar lançando ferramentas para atender a demanda dos usuários”, pontua a COO.

Entre os pedidos dos brasileiros estavam a criação de um sistema semelhante aos trending topics do X e a possibilidade de postar vídeos. Em setembro, o aplicativo foi atualizado para suportar esse tipo de mídia.

Já sobre a ferramenta que mostra os assuntos mais comentados, Wang conta que a empresa notou um programador independente criando uma extensão do tipo, e que pretende adaptar o sistema para incorporá-lo na plataforma.

Ela afirma que além do grande salto visto no país, outras pessoas de outras nacionalidades também têm aderido à plataforma. A ideia é trazer também mais marcas e criadores de conteúdo, para mostrar como o Bluesky pode atender diversas necessidades.

Como exemplo de diversificação, Wang cita a entrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na rede social. Segundo a executiva, esse foi um movimento importante para mostrar como o Bluesky é relevante e também pode virar um canal de comunicação oficial de autoridades, como é o X.

“Deixamos o mundo de apenas uma rede social só. As pessoas têm diferentes personas, e buscam expressá-las em diferentes canais. Esperamos apenas crescer daqui para frente”, afirmou a diretora de operações do Bluesky à CNN.

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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