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Washington Post encerra endossos presidenciais – 30/10/2024 – Novo em Folha

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Washington Post encerra endossos presidenciais - 30/10/2024 - Novo em Folha

Benjamin Mullin, Katie Robertson

Uma tempestade tropical se dirigia para a costa do Golfo da Flórida, nos EUA, no final de setembro, quando editores sênior do The Washington Post viajaram para Miami para uma reunião com Jeff Bezos, o bilionário dono do jornal.

Durante a visita, David Shipley, editor de opinião do Post, e Will Lewis, CEO e publisher do jornal, discutiram planos para o futuro da seção de opiniões. A eleição, que ocorreria em menos de 45 dias, era um tema central.

Ao final do encontro, segundo quatro fontes que quiseram permanecer anônimas, parecia a Shipley e Lewis que Bezos tinha ressalvas quanto ao Post declarar apoio a qualquer um dos candidatos na corrida presidencial. No entanto, achavam que ele estava aberto à negociação.

A escolha de Bezos, de encerrar a prática de endosso do Post, foi anunciada publicamente na sexta-feira (25), atraindo críticas de repórteres, editores e leitores, e foi repreendida por jornalistas que atuam no próprio veículo, como Bob Woodward e Carl Bernstein.

O empresário, que fundou a Amazon e a Blue Origin, de tecnologia aeroespacial, teve desentendimentos com o rival eleitoral de Harris, Donald Trump, que se mostrou hostil a ele nas redes sociais.

Em 2019, a Amazon processou o governo Trump, culpando a antipatia do ex-presidente em relação a Bezos pela perda de um contrato bilionário com o Pentágono.

As empresas fundadas por ele, no entanto, continuam a competir por acordos governamentais. No mesmo dia do anúncio do Post, executivos da Blue Origin, que tem contrato com a Nasa para construir um módulo lunar, se encontraram com Trump.

A decisão de parar com os endossos presidenciais no Post ocorreu após a notícia de que o proprietário do Los Angeles Times, Patrick Soon-Shiong, também abandonaria a prática.

Shipley anunciou a nova política ao conselho editorial do jornal sem muito entusiasmo, segundo uma fonte que estava presente. Na reunião com Bezos, o editor e o publisher, Lewis, argumentaram contra o fim da tradição.

Questionado pelo conselho editorial, que não foi consultado sobre a decisão, o Shipley explicou que o Post não diria mais às pessoas como votar, e essa postura refletia a independência do jornal.

Os membros do conselho haviam presumido que o jornal apoiaria Harris. Dois deles escreveram o editorial de endosso à candidata, que aguardava aprovação para ser publicado —o que nunca aconteceu.

O anúncio foi enviado a toda a redação por volta do meio-dia. Lewis disse no memorando que o Post estava voltando a uma política antiga, confiando que os leitores “fizessem suas próprias escolhas”. O Post fez endossos em todas as eleições presidenciais desde 1976, com exceção de uma abstenção, em 1988.

A decisão, noticiada pela NPR (National Public Radio), gerou uma reação quase instantânea. Em minutos, Martin Baron, ex-editor do Post, publicou na plataforma X, antigo Twitter, que isso era “covardia, com a democracia como vítima”. Robert Kagan, editor que escreve para o Post há mais de duas décadas, enviou um e-mail a Shipley pedindo demissão.

Em entrevista, Kagan disse que a decisão de não apoiar um candidato era “claramente um sinal de bajulação preventiva” em relação a Trump. “O Post tem enfatizado que Donald Trump é uma ameaça à democracia. Então esta é a eleição, este é o momento em que decidimos ser neutros?”.

No Slack, aplicativo de mensagens usado pelo Post, os leitores pediam por informações. Vineet Khosla, diretor de tecnologia, instruiu que a ferramenta experimental de inteligência artificial do jornal fosse impedida de responder a perguntas sobre a decisão.

Questionado, Matt Murray, editor executivo, afirmou não ter participado da decisão, porque a redação é independente do departamento de Opinião. Numa tentativa de tranquilizar os funcionários do jornal, disse que “o que a redação faz tem apoio até o topo da empresa”.

Em um editorial, 18 colunistas do Post assinaram um texto que chamava a decisão de “erro terrível”.


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Ciclone bomba não atingirá o Sul do Brasil nesta semana

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Ciclone bomba não atingirá o Sul do Brasil nesta semana

Um frenesi midiático tomou conta do Brasil desde a quinta-feira com uma previsão publicada não pela MetSul ou qualquer centro de previsão do tempo dos estados do Sul sobre suposto ciclone bomba que atingiria o Sul do país durante a terça-feira com chuva e ventos muito intensos. O noticiário sobre o suposto ciclone veio ainda acompanhado por imagem irreal e fictícia gerada por inteligência artificial de um furacão na costa do Brasil. São quatro dias seguidos de matérias na imprensa e, incrivelmente, as matérias seguem neste domingo.

Duramente castigado pelo maior desastre da sua história em maio, com mais de 200 mortos e prejuízos de dezenas de bilhões de reais, e ainda se recuperando da catástrofe, o Rio Grande do Sul ainda tem sua população traumatizada pelas enchentes e a notícia sobre o ciclone imediatamente causou ansiedade e angústia na população.

Não haverá ciclone bomba no Sul do Brasil nesta semana, enfatiza nos máximos termos a MetSul Meteorologia. Nenhum modelo de previsão do tempo indica a formação de um bomba meteorológica (outra designação técnica para um ciclone bomba) para o Sul do Brasil.

Mas, então, como surgiu essa história do ciclone bomba? Na quarta-feira, modelos de previsão do tempo – que são simulações por computador das condições atmosférica futuras – indicaram de fato a possibilidade de um ciclogênese explosiva a Leste do Uruguai e a Sudeste do Rio Grande do Sul.

Ocorre que os mesmos modelos de previsão do tempo não mantiveram a projeção de formação do ciclone em suas rodadas de quinta, sexta e ontem. Da mesma forma, não indicaram nas rodadas que ingressaram na madrugada deste domingo.

Às 20h23 de quinta-feira, na rede social X, a MetSul Meteorologia publicou uma nota para informar o seu público diante do frenético noticiário de imprensa sobre o suposto ciclone bomba que poderia afetar o Sul do Brasil. Dizia a nota:

“Diante do que está sendo noticiado na mídia nacional, saliente-se a partir de informações que não têm origem na MetSul, entendemos levar a vocês algumas informações relevantes. Conforme veiculado no noticiário de meios de comunicação, com uma imagem irreal gerada por computação gráfica ou inteligência artificial, um ciclone bomba poderia se formar junto ao Rio Grande do Sul na terça-feira (12).

O que acontece? Efetivamente, o modelo europeu indicou em uma de suas saídas de ontem um poderoso ciclone de intensificação explosiva (bomba) para a terça-feira. Ocorre que na saída de hoje, do mesmo horário e do mesmo modelo, apareceu cenário completamente distinto sem ciclone bomba algum perto do Rio Grande do Sul.

Assim, pelos mais recentes dados, o que o modelo mostrou ontem não se sustentou. Como fenômenos muito extremos requerem por cautela e prudência um mínimo de consenso entre os dados e não apenas uma saída ou duas isoladas de um modelo para que seja emitido um aviso público de fenômenos vários dias antes, se as projeções voltarem a indicar o mesmo cenário ou mesmo parecido – e desta vez mantiverem a tendência em várias rodadas – por óbvio emitiremos um alerta.

Hoje, entretanto, com base no que se sabe até agora, foi apenas um indicativo temporário de modelo e que não se manteve. Estamos sempre atentos! Se os dados voltarem a indicar um cenário de risco, manteremos, como de hábito, vocês muito informados”.

Na sexta-feira, às 18h19, a MetSul Meteorologia voltou a publicar uma nota em sua rede social para atualizar o público à medida que se avolumavam as matérias na imprensa nacional sobre o suposto ciclone bomba:

Uma atualização para vocês diante das notícias sobre ciclone bomba que proliferam nos meios de comunicação e virou tema de publicação até pelo governo do Rio Grande do Sul. Repetindo ontem, nenhum modelo indicou em suas saídas da tarde de hoje ciclone bomba perto do Sul do Brasil na terça-feira. Repetimos: nenhum!

O que vários dados mostram é o ingresso de ar de alta pressão e mais frio, o oposto de um ciclone (baixa pressão). Veja os mapas com as projeções desta tarde dos modelos norte-americano GFS, canadense, europeu (ECMWF) e alemão (Icon) para a terça-feira, dia que supostamente teria um ciclone explosivo perto do Rio Grande do Sul. Como se vê, nenhum, zero, entre os modelos indica ciclone bomba”.

Seguindo a tendência dos dias anteriores, os dados dos modelos que ingressaram no começo deste domingo não mostraram nenhum ciclone bomba – e nem mesmo um ciclone – atuando junto ao Sul do Brasil na terça-feira. Veja as projeções dos modelos europeu, norte-americano, alemão e canadense para a manhã de terça em que não se observa ciclone algum no Sul do Brasil ou sua costa.

METSUL

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Ciclones extratropicais são absolutamente comuns e recorrentes em nosso clima local e regional. Podem ocorrer em qualquer época do ano, embora atuem mais nas latitudes médias nos meses de outono, inverno e parte da primavera, uma vez que dependentes do avanço de ar mais frio.

Ciclones do tipo bomba perto do Uruguai e do Sul do Brasil, como se viu no episódio fatídico de 2020, são muito menos comuns. Este tipo de ciclone, caracterizado por uma queda da pressão central de ao menos 24 hPa em 24 horas, geralmente se forma mais ao Sul do Atlântico, em latitudes mais altas, e a uma grande distância do Brasil. Excepcionalmente ocorrem mais perto do Sul do Brasil, porém mais em meses frios do ano.

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Inter Miami de Messi é eliminado nos playoffs da MLS – 10/11/2024 – Esporte

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Inter Miami de Messi é eliminado nos playoffs da MLS - 10/11/2024 - Esporte

Depois de uma fase regular dos sonhos, a caminhada de Lionel Messi e seu Inter Miami rumo ao título da MLS descarrilou logo na primeira rodada dos playoffs, um duro golpe para um time e um campeonato que ainda precisam capitalizar a presença do astro argentino.

O Inter de Messi, Luis Suárez, Jordi Alba e Sergio Busquets se despediu da temporada ao perder no sábado (9) por 3 a 2 para o Atlanta United no jogo de desempate da primeira rodada, abrindo um período de reflexão e questionamentos para o futuro da franquia.

A eliminação do Inter Miami, o melhor time da fase regular com recorde de pontos, pelas mãos do Atlanta, nono classificado da Conferência Leste, foi o final mais inesperado da segunda campanha de Messi nos Estados Unidos.

Para o craque argentino, de 37 anos, era uma das suas últimas oportunidades de guiar o Inter ao primeiro título da liga norte-americana, um sucesso que muitos consideram crucial para popularizar o futebol no maior mercado esportivo mundial.

O capitão albiceleste chegou ao Inter Miami em meados do ano passado, quando o time estava afundado nas últimas posições da MLS, e foi capaz de transformá-lo imediatamente, até conquistar o primeiro troféu de sua história na Leagues Cup.

Na MLS de 2023, Messi disputou apenas seis rodadas e não conseguiu operar o milagre de classificar o Miami para os playoffs. Todas as esperanças estavam depositadas nesta campanha, na qual o ‘Pistolero’ Suárez se juntou a um quarteto de antigas glórias do Barcelona.

A fase regular foi um passeio triunfal para o Inter e, no meio do ano, Messi teve outra alegria com a Argentina ao vencer a Copa América, em uma final na qual sofreu uma lesão no tornozelo que o deixou dois meses fora de combate.

Ainda assim, somou 20 gols e 16 assistências em 19 rodadas, impulsionando o recorde de 74 pontos do Inter e se erguendo como grande favorito para o prêmio de MVP (melhor jogador da temporada).

Mundial de Clubes no horizonte

O triunfo do Inter na fase regular, reconhecido com o troféu Supporters’ Shield, também foi recompensado com uma vaga no novo Mundial de Clubes de 2025, como representante do país anfitrião.

O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Gianni Infantino, tornou público o convite no mesmo gramado do Chase Stadium, cercado por David Beckham e demais franqueados.

Além disso, a partida inaugural do novo campeonato de 32 equipes será realizada em Miami, epicentro da ambiciosa aposta pelo crescimento do ‘soccer’ desde a chegada de Messi.

O grande ícone do futebol terá assim uma vitrine global para brilhar naquele que pode ser o último ano de sua carreira.

No final de 2025 expira o contrato do craque de Rosario com o Inter, mas ele não descartou estendê-lo nem tampouco se alistar para um sexto Mundial com a Argentina em 2026.

Futuro de Suárez e Alba

Por enquanto, o Inter enfrenta um período de três meses sem competição no qual deve definir o futuro de outras peças-chave de seu projeto, começando pela continuidade do treinador Gerardo Martino e dos próprios Jordi Alba e Luis Suárez.

O atacante uruguaio chegou à Flórida cercado de dúvidas por sua idade (37 anos) e seu histórico de lesões, mas terminou a campanha como o segundo maior artilheiro do campeonato, com 20 gols.

Em outubro, Suárez confirmou que deseja prolongar seu contrato por mais um ano, mas as negociações ainda não foram concluídas.

A continuidade de Jordi Alba, também destacada nesta temporada aos 35 anos, depende de o clube exercer sua opção para renová-lo por mais uma temporada.

A saída de Suárez ou Alba —Busquets está comprometido até 2025, como Messi— poderia favorecer a chegada de alguma das figuras que regularmente são vinculadas ao Inter, a última delas outro velho conhecido de Messi, o brasileiro Neymar.



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Portões do ENEM são abertos no segundo domingo de provas

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Portões do ENEM são abertos no segundo domingo de provas

Agência Brasil

Estão abertos os portões para os mais de 4 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) realizarem o segundo dia de provas. O acesso aos locais do exame será fechado às 13h, e as provas começam meia hora depois, às 13h30. O exame é considerado a principal porta de entrada para o ensino superior.

Os candidatos devem portar documento oficial com foto e o exame só pode ser preenchido com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.

Neste segundo dia de provas, os inscritos vão testar os conhecimentos em 90 questões de múltipla escolha de ciências da natureza (química, física e biologia) e de matemática.

A duração da prova será de cinco horas, e os participantes só podem sair da sala de aplicação do Enem em definitivo após duas horas do início das provas. E para levar o caderno de questões, terão que esperar para ir embora nos 30 minutos finais da prova.

A ida aos banheiros é acompanhada por fiscais com detector de metais para evitar fraudes.



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