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A Alemanha deveria devolver a captura de Nefertiti ao Egito? – DW – 25/10/2024

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8 meses atrásem
Ela tem um valor estimado de 400 milhões de euros (433 milhões de dólares) e é uma joia da coroa das antiguidades egípcias. No entanto, um busto de 3.370 anos de idade Rainha Nefertiti está em Berlim desde 1922.
A pressão agora aumenta para que ela volte para casa.
Zahi Hawass, ex-ministro de antiguidades da Egitocomeçou a fazer lobby para repatriar Nefertiti antes dos protestos que derrubaram Hosni Mubarak em 2011.
Em setembro deste ano, a Hawass lançou uma petição exortar a Alemanha a devolver o famoso busto da Rainha Nefertiti, que se encontra actualmente no Neues Museum de Berlim.
“Este busto, notável e incomparável na história pelo seu mérito histórico e estético, está agora na Alemanha, mas é hora de voltar para casa, no Egito”, diz a petição.
Uma equipe arqueológica alemã descobriu o busto pintado de calcário em 1912 e o enviou para a Europa um ano depois.
Nefertiti tornou-se uma grande atração turística e parte da consciência popular na capital alemã durante o seu longo exílio.
Nefertiti é um símbolo do colonialismo?
O busto, que se acredita ter sido feito em 1345 aC, também foi apelidado de embaixador do Egito na cidade. Mas a arqueóloga egípcia Monica Hanna questiona esta narrativa.
“Um embaixador implica uma troca diplomática”, disse ela à DW, perguntando se o Egito recebeu algo importante em troca, como “a coroa do (monarca prussiano) Frederico, o Grande, ou uma pintura de Albrecht Dürer”.
“Acho que não”, disse Hanna. “Se você enviar um embaixador para um lado, ele será refém.”
O arqueólogo apelou publicamente à “descolonização da arqueologia egípcia”. Ela argumenta que a iniciativa de repatriar Nefertiti desencadeia resistência porque “se tornaria um precedente que abriria caminho para a devolução de muitos objetos diferentes levados sob o colonialismo”.
A petição de Hawass também pede a devolução da Pedra de Roseta e do Zodíaco de Dendera, antiguidades egípcias mantidas na França e na Grã-Bretanha.
A Pedra de Roseta, em exibição no Museu Britânico de Londres, é uma antiga pedra egípcia com inscrições em vários idiomas e escritas – que serviu como chave para desvendar os segredos da escrita hieroglífica.
O Zodíaco de Dendera é um diagrama gigante de pedra de um templo no Egito que data de meados do século I aC e está atualmente no Louvre, em Paris.
Museu de Berlim diz que não há motivos para restituição
A Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano, que supervisiona as coleções dos museus de Berlim, reconheceu a presença de arte colonial roubada em suas coleções, como os Bronzes do Benin – alguns dos quais foram retornou da Alemanha para a Nigéria em 2022.
Egito exige busto de Nefertiti de volta da Alemanha
Mas a mesma fundação acredita que o busto de Nefertiti foi obtido legalmente no Egipto depois de ter sido descoberto nas ruínas da cidade de Amarna, a curta capital do faraó Akhenaton, marido de Nefertiti. Depois que ele morreu, a cidade, situada na margem leste do rio Nilo, foi abandonada em 1335 aC.
“O busto de Nefertiti foi encontrado durante uma escavação autorizada pela Administração Egípcia de Antiguidades”, disse Stefan Müchler, porta-voz da Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano. “Chegou a Berlim com base em uma divisão – naquela época habitual – da descoberta que abrangia muito mais objetos.”
“A apreensão foi legalmente retirada do país e não há nenhum pedido de restituição por parte do governo egípcio”, disse ele à DW em comunicado por escrito.
Müchler refere-se a um acordo com as autoridades egípcias que detalhava uma divisão 50-50 de cerca de 10.000 artefactos encontrados em troca de financiamento fornecido pelo magnata alemão do algodão e dos têxteis, James Simon.
Especialistas em arte alemães dizem que um representante do governo egípcio selecionou metade dos objetos, enquanto a outra metade foi levada para a Alemanha, incluindo o busto, que foi exibido no Neues Museum vários anos depois.
Arqueólogo diz que busto foi “roubado descaradamente”
Alguns contestam este enquadramento dos acontecimentos. Hawass escreve que o busto de Nefertiti “foi descaradamente roubado do Egito pelos alemães em 1913, quando foi escondido e contrabandeado para fora do país, apesar das leis que declaravam ilegal remover achados arqueológicos ‘excepcionais’ do Egito”.
O arqueólogo insiste que o egiptólogo alemão Ludwig Borchard, o líder da escavação inicial, tirou Nefertiti do país sob falsos pretextos.
De acordo com o recurso online Returning Heritage, que relata debates sobre restituição cultural, “o estado egípcio naquela época mantinha o veto sobre todos os objetos que considerava importantes demais para deixar o país”. Mas é possível que Borchard tenha conseguido “deturpar a importância” da apreensão, observou o autor do relatório, Lewis McNaught.
A remoção da escultura de Nefertiti ocorreu antes Tumba de Tutancâmon foi descoberto em 1922. Esta descoberta marcante levou O Egipto irá retirar todos os direitos “dados a escavadores estrangeiros para levarem para casa grandes descobertas”, observou McNaught no seu relatório.
O especialista acredita que sim “altamente improvável” que Hawass tenha sucesso em sua campanha para repatriar Nefertiti vocêa menos que ele ou as autoridades egípcias “apresentassem novas provas, houve um engano deliberado”.
“A forma como os despojos dessas escavações foram divididos nesta época é muitas vezes (se não sempre) envolta em mistério”, disse ele à DW.
Busto de Nefertiti: embaixador ou refém?
Editado por: Darko Janjevic
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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