POLÍTICA
Alexandre de Moraes dobra a aposta

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Matheus Leitão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, aumentou a fervura contra as big techs em discurso de aula inaugural de um curso de pós-graduação em Defesa da Democracia e Comunicação Digital, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça, 11.
Aliás, o magistrado tem usado o púlpito das universidades para enviar recados às redes sociais e para os grandes empresários que comandam as plataformas de comunicação em massa através do compartilhamento de conteúdos.
“Por enquanto nós e os demais países conseguimos manter a nossa soberania nacional e a nossa jurisdição, porque as big techs necessitam das nossas antenas de comunicação. Não é por outros motivos que uma das redes sociais tem como sócio alguém que tem outra empresa chamada Starlink e que pretende colocar satélites de baixa órbita no mundo todo para não precisar das antenas de nenhum país”, afirmou Alexandre de Moraes.
O ministro apontava para Elon Musk, bilionário dono do “X” e de outras empresas, que hoje ocupa um cargo na Casa Branca. Alexandre de Moraes vem tendo embates com o empresário desde o ano passado.
Mas o magistrado não parou por aí. Disse que as big techs estão indo para “o tudo ou nada” porque algumas nações começaram a aprovar regulamentações que vão contra os interesses delas.
“[A rede social] é um meio de comunicação, basta uma simples interpretação. É um meio de comunicação porque leva vídeos e notícias às pessoas. Eu entendo que, na verdade, nós nem precisaríamos de lei, é só aplicar o que já temos. Não podemos acreditar que as big techs são neutras. As big techs têm lado, têm posição econômica, religiosa, política, ideológica e programam seu algoritmo para isso”, disse Alexandre de Moraes.
Processado por empresas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticado diversas vezes por Musk e outros CEOs de redes sociais, como a Rumble, o ministro não se furta a fugir do embate.
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POLÍTICA
PT contrata produtora responsável por Hino Naciona…

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22 de março de 2025
Ricardo Chapola
O PT usou quase 600.000 reais dos recursos que recebeu do fundo partidário para contratar a produtora responsável pelo evento de campanha de Guilherme Boulos (PSOL-SP), nas eleições do ano passado, no qual uma artista cantou o Hino Nacional em linguagem neutra.
A empresa é a Zion Produções, fundada em 2018 e sediada em São Paulo. Na prestação de contas que apresentou à Justiça Eleitoral, o partido justificou o gasto como “adiantamento a fornecedores”.
De janeiro até março deste ano, o PT registrou 10,1 milhões de reais em despesas. A maior delas foi com a Fundação Perseu Abramo, entidade vinculada ao partido e para a qual repassou 2,3 milhões de reais. A segunda foi justamente para a contratação da Zion Produções.
Em nota, o partido explicou ter contratado a empresa para produzir a festa de aniversário de 45 anos da legenda, realizado no mês passado, no Rio de Janeiro.
A Zion ficou conhecida nas eleições municipais do ano passado. Ela foi contratada pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL-SP), então candidato à prefeitura de São Paulo, para organizar um comício na zona sul da capital paulista. A produtora, por sua vez, contratou a artista que alterou a letra do Hino Nacional — o trecho “dos filhos deste solo” foi substituído por “des files deste solo” –, o que provocou uma enorme polêmica.
O caso viralizou nas redes sociais e foi explorado por adversários de Boulos para desgastá-lo na campanha. Na ocasião, o então candidato do PSOL negou que tivesse pedido que a artista mudasse a letra do hino e responsabilizou a produtora. Para contratar a Zion, Boulos pagou 450.000 reais. O contrato com a produtora foi rompido pouco tempo depois.
Receitas
O PT também apresentou à Justiça Eleitoral o detalhamento das receitas da legenda. Em três meses, a sigla recebeu 11,7 milhões de reais. Quase todo esse valor oriundo do fundo partidário. Um fato curioso é que os petistas receberam somente uma doação de pessoa física até agora. Valor: R$ 50.
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POLÍTICA
8 de Janeiro: Em dois anos, 94% das penas de crime…

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22 de março de 2025
Laryssa Borges
Balanço dos dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 mostram que 94% das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a crimes considerados graves pela Corte ultrapassaram os 13 anos de reclusão. Nos casos mais emblemáticos, vândalos que depredaram as sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto foram sentenciados a 17 anos e meio de cadeia. Estão na categoria de crimes graves, segundo o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe, dano qualificado, associação criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado.
Até 7 de janeiro de 2025, das 225 condenações por crimes graves, 36,1% das sentenças tinham penas de 14 anos de reclusão, 25,5% penalizavam os responsáveis pelo quebra-quebra a 16 anos e meio de cadeia, e 17,5% a 17 anos atrás das grades. Para os crimes simples, diante dos quais era possível pleitear um acordo com a Justiça, as imputações são de incitação e associação criminosa.
É deste amontoado de penalizações que bolsonaristas de proa têm sacado exemplos emblemáticos no trabalho de convencimento para levar adiante um projeto que anistie os condenados pelo 8 de janeiro e abra caminho para que o próprio ex-presidente seja beneficiado. Menos traumática, a ideia de se tentar aprovar um benefício que, em vez de promover perdão total, proponha a exclusão de alguns crimes é defendida até por integrantes do governo, mas conforme mostra a edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, também não terá caminho fácil no STF.
Entre os 11 ministros da mais alta Corte do país, os principais porta-vozes contra o exagero das penas, ambos nomeados por Bolsonaro, estão isolados. Futuro chefe da Justiça Eleitoral nas eleições presidenciais do ano que vem, Kassio Nunes Marques foi o único a considerar que o primeiro condenado do 8 de janeiro, por exemplo, deveria ser penalizado apenas por dano ao patrimônio, uma das principais teses de parlamentares bolsonaristas para reduzir resistências ao andamento do projeto de anistia no Congresso.
O magistrado até impôs uma pena próxima a dois anos de reclusão convertidos em serviços à comunidade, mas ficou vencido – Aécio Lúcio Pereira, o golpista, pegou 17 anos. Conhecido crítico das altas punições para os participantes da insurreição, Mendonça por sua vez usou uma pregação recente na igreja que frequenta para condenar “injustiças” e “perseguições”, alimentando insinuações de que fazia referência aos julgamentos do Supremo.
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POLÍTICA
STF aperta o cerco, e Bolsonaro planeja giro pelo…

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22 de março de 2025
Marcela Mattos
Com o cerco jurídico cada vez mais fechado, o ex-presidente Jair Bolsonaro definiu como estratégia ampliar a realização de atos e manifestações como uma demonstração de força política. A ideia passa por mobilizar milhares de pessoas na rua, reforçar o coro por uma anistia aos vândalos do 8 de janeiro – que, de tabela, pode beneficiar o ex-presidente – e repetir a tese de que Bolsonaro e seus aliados sofrem perseguição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde que deixou o Palácio do Planalto, Bolsonaro promoveu quatro grandes manifestações em seu favor – todas elas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Agora, a ideia é expandir o roteiro e chegar a cidades do Nordeste, região em que o presidente Lula tradicionalmente sai à frente no eleitorado.
Durante ato em Copacabana no último domingo, 16, o ex-presidente anunciou que organizará uma próxima manifestação em 6 de abril na Avenida Paulista. Depois, disse, vai ao Nordeste – a primeira parada provavelmente será Aracaju, em Sergipe, berço político do relator do projeto da anistia na Câmara, deputado Rodrigo Valadares (União-SE).
A intensificação das viagens será uma resposta à esperada decisão do Supremo de tornar o ex-presidente e ex-ministros réus por uma tentativa de golpe depois das eleições de 2022. Nos dias 25 e 25, a Corte vai julgar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República que enquadrou Bolsonaro em cinco crimes, o que pode render 40 anos de prisão.
Jogo de pressão
Aliados do ex-presidente espalham a tese de que uma eventual condenação pode gerar uma convulsão popular de proporções inesperadas – ter o povo na rua, portanto, ajuda a manter o jogo de pressão contra o Judiciário.
A VEJA, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai deve manter o ritmo acelerado de viagens mesmo se virar réu. “A mensagem que leva é exatamente essa: Bolsonaro é perseguido por não ter feito nada, e vai repercutir isso para as pessoas do Nordeste. É um movimento acertado para levar esse recado”, disse.
Flávio reforça ainda que, independentemente do público presente, os atos geram engajamento e conteúdo nas redes sociais. Segundo ele, além dos apoiadores em Copacabana, um total de 3 milhões de pessoas acompanharam o ato em tempo real pela internet, isso sem contar o outro sem número de “cortes”, os vídeos curtos que são disparados para seguidores. “É isso que ele tem que fazer: mostrar para a opinião pública que a gente está do lado certo”, disse.
Apesar da estratégia, como mostra reportagem de VEJA desta edição, o STF também reforça suas armas e montou um arsenal jurídico para conter a pressão por manobras que absolvam ou aliviem as penas para os acusados no inquérito do golpe. No Supremo, há uma principal convicção: todo o esforço será absolutamente inútil.
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