POLÍTICA
Apesar da ordem de Gladson, grupo do MDB no ‘zap’ reclama de mais um petista no governo
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6 anos atrásem
Queixas idênticas chegam do Juruá, onde o núcleo de Educação teria sido novamente aparelhado pelos companheiros
Alarido
As nomeações a conta-gotas feitas pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) – justificadas pela falência do estado herdado de Tião Viana (PT) –, seguem a engrossar o alarido dos descontentes.
Vigilância cerrada
Enquanto aguardam a vez na fila do gargarejo, apoiadores de Cameli tratam de contabilizar os supostos petistas que conseguem acessar os cargos em comissão – ou apenas enxergam os fantasmas do passado recente a assombrarem o futuro almejado.
Lamúrias
Boato ou não, nesta sexta-feira (19), tive acesso aos trechos de um diálogo travado, por meio do aplicativo WhatsApp, entre participantes de um grupo batizado MDB-Acre. As lamúrias consistiam em mensagens trocadas sobre a suposta nomeação de dois ‘empresários falidos’ para a Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo (Seet).
Foi o que li
Segundo os textos trocados entre membros não identificados do grupo virtual, um dos beneficiados seria ligado ao ramo de eventos, e o outro, empresário levado à bancarrota graças ao comércio ilegal de DVDs piratas.
De carteirinha
Este último, alega-se, seria petista até os ossos, além do agravante de manter parentesco com o primeiro.
Faz sentido…
Um dos participantes do grupo questionou a incoerência de se nomearem ‘dois empresários falidos’ para uma secretaria que tem como principal objetivo capacitar novos empreendedores.
Escavação digital
Pelos nomes mencionados nas mensagens, dediquei horas a pesquisar no Diário Oficial do Estado do Acre e em outras páginas da internet alguma informação que comprovasse as queixas. Mas nada encontrei.
Mesmas caras
Ainda assim, lembro que uma fonte da coluna na região do Juruá afirmara, dias atrás, que o Núcleo de Ensino da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte em Cruzeiro do Sul segue aparelhada por petistas que lá estiveram durante todo o segundo mandato do ex-governador Tião Viana.
Querela política
A professora Ruth Bernardino é quem comanda agora o setor no município. Mas é contra pessoas que ela manteve nos cargos em comissão, supostamente ligadas ao PT, que são endereçadas as objeções – inclusive por parte de correligionários do governador Gladson Cameli.
Descrição própria
Na sua página pessoal na rede social Facebook, dona Ruth, no item “Preferência política”, tratou de escrever o seguinte: “Não as tenho. Não tenho preferências partidárias, e sim admiro políticos sérios, que trabalham em prol da coletividade. Sou contra políticos que desenvolvem o assistencialismo!!!!”.
Contraponto
Procurei ouvir o que tinha a dizer um amigo, o professor Luis Labiac, sobre a indicação da colega para o cargo de coordenadora do Núcleo de Educação. Em resposta, ele alegou desconhecer os nomes da equipe montada por ela, mas frisou que a escolha de Ruth Bernardino “foi uma das decisões mais acertadas do Gladson” para o setor. Segundo Labiac, ela é uma das pessoas mais competentes na área “e por isso dará respostas positivas às políticas educacionais do novo governo”.
Ressalva
Ressalto ainda que minha fonte não fez qualquer comentário depreciativo à dona Ruth, restringindo-se a criticar suas escolhas na composição do órgão que passou a gerir.
A ordem veio de cima
No dia 5 deste mês, o governador Gladson Cameli mandou uma mensagem de voz aos membros do primeiro escalão, determinando que não fossem nomeados petistas no governo. “Isso é uma determinação minha. Eu não aguento mais a todo minuto estar recebendo mensagens [dos descontentes]. Essa é uma determinação do governador”, disse ele, ríspido.
Surdez
Pelo visto, porém, alguns, ao que parece, estão fazendo ouvidos de mercador ao que determina sua excelência.
Latidos
Agora, com a permissão do leitor, o registro de um fato curioso. Enquanto por cá não cessam as queixas contra a nomeação de companheiros, a decisão de ‘despetizar’ o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez com que os esquerdistas ladrassem contra o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Chorumela
Foram tantas as asneiras ditas pelos intelequituais da esquerda (como certa vez a eles se referiu Millôr Fernandes), que não citarei todas que li, por muito cansativo que seria. Uma só nos pode dar ideia do teor dos argumentos contra a decisão do novo governo de dedetizar os órgãos da administração pública federal.
Como é que é?
A pérola partiu da ex-deputada estadual Manuela D’Ávila, do PCdoB do Rio Grande do Sul. Segundo ela, o neologismo ‘despetizar’ vem a ser sinônimo de “tornar o acesso ao conhecimento algo novamente exclusivo da elite e de seus ‘teóricos’ da terra plana, do fim da vacina, da ‘ideologia de gênero’ e outras tantas ignorâncias e mentiras não científicas”.
Lógica quadrúpede
Observe o leitor a expressão ‘mentiras não científicas’, usada pela Sra, D’Ávila, o que nos faz pressupor que existam, na sua cabecinha oca, as ‘mentiras científicas’. Mas não duvido que ela e muitos dos seus camaradas e companheiros encarem o embuste como uma ciência política.
Asco
No mais, o resumo é o seguinte: quando essa gente não dispõe mais de teta em que mamar, é porque ‘a elite’ se encastelou no poder contra o povo pobre e sofrido. É de dar nojo!
Porta-voz
O deputado federal Alan Rick (DEM) se consolidou, entre os integrantes da bancada federal acreana na Câmara, como o grande interlocutor do Acre junto ao presidente Jair Bolsonaro.
Mérito
Mas não foi à-toa que Alan Rick conquistou a confiança do presidente da República. Afinal, entre os oito deputados federais eleitos pelo Acre, ele foi o único a fazer defesa acirrada dos valores familiares e cristãos, além de combater outras propostas daninhas de uma esquerda que, por exemplo, ovacionava Hugo Chávez e continua a louvaminhar o sucessor Nicolás Maduro – a despeito de terem transformado a próspera Venezuela de décadas atrás em terra arrasada.
Debatedor implacável
Tive a oportunidade de ver muitos embates entre o meu colega de profissão e os representantes da esquerda no Parlamento Federal. E Alan venceu todos. A provar que faz jus ao cargo que ocupa em Brasília, cito ainda o resultado das urnas nas eleições do ano passado, que foi suficiente para reconduzi-lo ao mandato.
Alô, secretário!
A omissão de socorro, protagonizada pelo Samu, ao senhor Iracemo Rodrigues de Souza, de 57 anos, cuja história foi relatada neste portal, na edição de ontem (18), recebeu muitas críticas na rede social Facebook. Li os comentários e me surpreendi com a quantidade de pessoas que afirmam ter passado pelo mesmo problema. A coluna sugere ao secretário de Saúde do atual governo, Alisson Bestene, que abra uma sindicância para apurar as reclamações.
Pertinente
Faço questão de ressaltar, porém, o comentário do leitor Neto Vidal. Disse ele: “Os atendentes do SAMU só fazem o que são orientados pelos médicos, vcs estão focando nas pessoas erradas são os bacanas que ganham mais que não querem sair em socorros dos menos favorecidos, os atendentes são os menores lá dentro do SAMU”. Sim, pode ser a mais pura verdade.
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POLÍTICA
Socorro afirma que não estará em palanque de Marcus ou Bocalom: “Serei apenas uma eleitora”
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2 meses atrásem
23 de julho de 2024Em entrevista na manhã desta segunda-feira na Gazeta FM, a deputada federal Socorro Neri (PP) afirmou que não subirá nos palanques de Marcus Alexandre, do MDB, ou do atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP) nestas eleições municipais. As declarações foram dadas ao jornalista Astério Moreira.
Questionada sobre o seu papel nas eleições, Socorro afirmou que não terá um papel de destaque nas municipais.
“Serei apenas uma eleitora”, resumiu. Segundo ela, houve uma piora do transporte público coletivo nos últimos quatro anos. “Já tivemos um momento muito melhor de transporte coletivo do que temos hoje. É um problema gravíssimo, afirmou.
Outro ponto levantado por Socorro foi o saneamento básico em Rio Branco. Ela disse que a cidade está entre as capitais com piores índices,bom que impacta diretamente na saúde pública.
“Saneamento básico é saúde. É preciso cuidar disso para melhorar o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas,” ressaltou.
Além disso, Neri apontou falhas na mobilidade urbana e rural, citando dificuldades de tráfego na zona rural.
“As pessoas não conseguem trafegar ainda na zona rural, apesar de toda propaganda. A gente sabe que isso não é verdadeiro”, disparou.
Ela questionou ainda o papel do prefeito e da prefeitura na resolução desses problemas, sugerindo que os candidatos precisam ser avaliados com base na verdade e sinceridade de suas propostas.
“Estamos desvirtuando as características que um candidato precisa demonstrar para ser escolhido prefeito de uma cidade. É muito sério isso.”, salientou.
Socorro Neri finalizou a entrevista falando da necessidade de olhar para os problemas reais da cidade, ao invés de focar na simpatia ou na chance dos candidatos.
“Quem merece uma chance somos nós, que moramos nesta cidade,” concluiu.
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GOVERNO GLADSON CAMELI
Gladson Cameli nomeia Fábio Rueda como representante do governo do AC em Brasília
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4 meses atrásem
23 de maio de 2024Nomeação do médico e suplente de deputado federal foi oficializada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (22).
Capa: Fábio Rueda, do União Brasil, é nomeado chefe da Representação do Governo do Acre em Brasília — Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados.
O político Fábio Rueda, do União Brasil, foi nomeado para o cargo de chefe de Representação do governo do Acre em Brasília. A oficialização foi publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial do Acre (DOE).
A nomeação ocorreu duas semanas após a aprovação de um projeto de lei, de autoria do governo, que visava à reconstituição deste cargo a partir do desmembramento da Diretoria de Relações Federativas da Secretaria de Estado de Planejamento. A ideia, segundo o projeto, é fortalecer as articulações entre o governo local e o federal.
Naquela ocasião, a matéria foi apreciada e aprovada pelos deputados das comissões de Constituição de Justiça (CCJ), Orçamento e Finanças e Serviço Público da Aleac. A proposta destacou que esta Representação do Governo em Brasília não acarretaria em aumento da despesa global com pessoal do Poder Executivo.
Rueda é médico, com especialidades em cirurgia geral e cardiovascular e chegou a assumir o cargo de deputado federal por quatro meses, em razão do afastamento de Eduardo Velloso (União), em dezembro de 2023, por problemas pessoais. Após a volta de Velloso, Rueda saiu do cargo em 12 de abril.
Nas eleições de 2022, ele conseguiu 12.608 votos, ficando como 1º suplente.
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ACRE
Operação Ptolomeu: análise de denúncia do MPF contra Gladson Cameli é suspensa pelo STJ
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7 meses atrásem
9 de fevereiro de 2024Ministra acolheu argumento da defesa sobre falta de acesso às provas colhidas durante investigação. MPF e Polícia Federal têm prazo de 48h para apresentar material à Justiça.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a análise da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o governador do Acre, Gladson Cameli, agendada para o próximo dia 22, e pediu a apresentação de provas por parte do órgão federal. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (8) e atende a uma petição impetrada pelos advogados do governador junto à Corte de Justiça.
No dia 30 de novembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STJ que o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), fosse imediatamente afastado do cargo. O pedido também seria analisado no próximo dia 22.
Além da suspensão do prazo, a ministra determinou que seja enviado um ofício ao MPF para que apresente, no prazo de 48 horas, fontes de e-mails apresentados como provas contra o governador.
Também foi requisitado, por meio de ofício, que a Polícia Federal encaminhe, no mesmo período, ‘a íntegra, em meio digital, dos laudos periciais mencionados pelo acusado, das quebras de sigilo bancário, fiscal e demais procedimentos cautelares relacionados ao caso Murano’.
Em dezembro do ano passado, a Corte Especial do STJ decidiu pelo desmembramento da denúncia apresentada pelo MPF sobre suposto esquema criminoso liderado pelo governador do Acre, Gladson Cameli, envolvendo crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O g1 tenta contato com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e com a Polícia Federal.
Argumentos
Na petição, os advogados do governador alegaram que a denúncia é baseada em supostos “prints” de ‘conversas mantidas por “e-mail” e aplicativo de mensagens e que a integralidade do conteúdo extraído dos aparelhos apreendidos na fase inquisitorial não foi juntada aos autos.
A defesa afirma também que não teve acesso a laudos, aos conteúdos extraídos também de computadores e outras mídias apreendidas e nem ao conteúdo da quebra do sigilo bancário.
“No entanto, o inteiro teor dos supostos diálogos e a integralidade do conteúdo extraído de tais aparelhos celulares não foram juntados aos autos, impedindo esta defesa técnica de analisar, por exemplo, o contexto em que teriam ocorrido as aludidas conversas e a preservação da cadeia de custódia dos equipamentos apreendidos e de seu conteúdo”, destacaram os advogados do gestor.
Denúncia
A denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador Gladson Cameli aponta que a empresa Murano Construções – sendo o irmão do governador, Gledson Cameli, um dos sócios dessa empresa – e empresas subcontratadas teriam pago propina ao chefe do executivo estadual em valores que superam os R$ 6,1 milhões, por meio do pagamento de parcelas de um apartamento em bairro nobre de São Paulo e de um carro de luxo.
“Embora a denúncia trate apenas dos crimes praticados no âmbito do contrato firmado pelo governo estadual do Acre com a empresa Murano, há provas de que o esquema se manteve mesmo após o encerramento da contratação. Foram identificados oito contratos com ilegalidades, e a estimativa é que os prejuízos aos cofres públicos alcancem quase R$ 150 milhões”, diz o Ministério Público Federal (MPF).
Ao longo de quase 200 páginas, o MPF apresentou amplo material probatório dos crimes praticados e que tiveram como ponto de partida a fraude licitatória, o que consistiu na adesão da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do Estado do Acre a uma ata de registro de preços vencida pela empresa Murano, que tem sede em Brasília (DF), e nunca havia prestado serviços no Estado do Acre.
O objeto da licitação feita pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (campus Ceres /GO) era a prestação de “serviços comuns de engenharia referentes à manutenção predial”. Já no Acre, a empresa foi responsável pela execução de grandes obras rodoviárias, tarefas executadas, conforme a denúncia, por companhias subcontratadas, uma delas a Rio Negro Construções, que tem como sócio Gledson Cameli, irmão do governador.
Em nota divulgada na época, o governador disse que confiava na justiça, se mantinha à disposição para quaisquer esclarecimentos.
“Diante das publicações recentes veiculadas na imprensa acreana e nacional acerca de denúncia da Procuradoria-Geral da República, e, consequente, pedido de afastamento do exercício do mandato, o governador Gladson Cameli mantém sua confiança na Justiça, mantendo-se à disposição para quaisquer esclarecimento, bem como permanece cumprindo suas obrigações como chefe do Poder Executivo do Estado do Acre”.
Gladson de Lima Cameli (PP) e outras doze pessoas são suspeitas pelos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas descritas na denúncia teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos.
Além da condenação de forma proporcional à participação individual no esquema criminoso, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pediu o afastamento do governador até o fim da instrução criminal. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro para processamento de autoridades como governadores, e está restrita a um dos fatos apurados na Operação Ptolomeu: irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções LTDA, que teria recebido R$ 18 milhões dos cofres públicos para a realização de obras de engenharia viária e de edificação. Além do governador, também foram denunciados a ex-mulher de Cameli, dois irmãos do chefe do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas” no esquema.
Se efetivado o afastamento de Cameli, a vice-governadora Mailza Assis assume o comando do estado e se torna a segunda governadora do Acre após 40 anos.