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Boeing e sindicato em impasse de greve enquanto empresa interrompe negociações e retira oferta de pagamento | Notícias sobre direitos trabalhistas

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A greve de quase quatro semanas entre a Boeing e seu principal sindicato industrial não mostra sinais de avanço depois que as negociações foram interrompidas, sem novas negociações planejadas.

A fabricante de aviões com sede nos Estados Unidos retirou na terça-feira a sua oferta salarial a cerca de 33 mil trabalhadores fabris dos EUA, dizendo que o sindicato não considerou seriamente as suas propostas após dois dias de negociações.

O colapso agrava os problemas financeiros e de produção da Boeing, um dos dois principais fabricantes globais de aviões comerciais, e aumenta um atraso de anos de entregas para transportadoras aéreas que dependem da Boeing.

A greve custaria à Boeing mais de mil milhões de dólares por mês, estimou a S&P Global Ratings, ao mesmo tempo que alertava para um rebaixamento da sua dívida para território de alto risco. Tem uma dívida de US$ 60 bilhões. “A greve coloca em risco a recuperação da Boeing”, escreveu a S&P na noite de terça-feira.

O impasse não mostra sinais de resolução, disse uma pessoa informada sobre as negociações.

“Infelizmente, o sindicato não considerou seriamente as nossas propostas”, disse a chefe da Boeing Commercial Airplanes, Stephanie Pope, numa nota aos funcionários, chamando as exigências do sindicato de “inegociáveis”.

“Negociações adicionais não fazem sentido neste momento”, disse ela.

Os problemas se aprofundam

A Boeing tem queimado dinheiro em 2024 enquanto luta para se recuperar de uma explosão no painel aéreo de um novo avião em janeiro, que expôs protocolos de segurança fracos e estimulou os reguladores dos EUA a restringir sua produção.

No início deste ano, a Boeing substituiu seu CEO Dave Calhoun por Kelly Ortberg, que começou em agosto com a esperança de fechar um acordo trabalhista e fortalecer a reputação da empresa junto a clientes e reguladores. Até agora, nada disso aconteceu.

A Boeing está agora a examinar opções para angariar milhares de milhões de dólares para reforçar o seu balanço. A agência de notícias Reuters informou que pretendia vender ações e títulos similares, com a sua premiada classificação de crédito de grau de investimento em risco.

A empresa também introduziu licenças temporárias para milhares de funcionários assalariados, enquanto as fábricas que produzem o seu best-seller 737 MAX e os seus aviões 767 e 777 estão fechadas.

A meta da Boeing de aumentar a produção de seus aviões 737 MAX para 38 por mês provavelmente não se concretizará até meados de 2025, disse a S&P.

Suas ações caíram 2,4 por cento nas negociações de quarta-feira. As ações perderam mais de 40% de seu valor este ano.

Referindo-se aos dois dias de negociações, Pope disse: “A nossa equipa negociou de boa fé e fez propostas novas e melhoradas para tentar chegar a um compromisso, incluindo aumentos no salário líquido e na reforma”.

O sindicato da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais rejeitou essas afirmações, dizendo que a Boeing estava “empenhada em manter a oferta não negociada” proposta no mês passado.

“Eles se recusaram a propor quaisquer aumentos salariais, acúmulo de férias/licença médica, progressão, bônus de ratificação ou contribuição de 401k Match/SCRC. Eles também não restabeleceriam a pensão de benefício definido”, afirmou.

O sindicato, que representa os trabalhadores fabris da Costa Oeste dos EUA, quer um aumento salarial de 40% ao longo de quatro anos e a restauração de uma pensão de benefício definido que foi retirada no contrato há uma década.

Mais de 90% dos trabalhadores votaram contra uma oferta de um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos antes de entrarem em greve.

A Boeing fez uma oferta melhorada no mês passado, que descreveu como a “melhor e última”, que daria aos trabalhadores um aumento de 30 por cento e restauraria um bônus de desempenho, mas o sindicato disse que uma pesquisa com seus membros descobriu que isso não era suficiente.



Leia Mais: Aljazeera

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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