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Como será o clima no mês de dezembro
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Dezembro marca no Brasil o auge do verão (com o solstício de verão, o momento do ano onde o Hemisfério Sul recebe a maior quantidade de radiação solar no ano). O mês, climatologicamente, é marcado por altas temperaturas e altos volumes de chuva no Brasil Central.
A climatologia oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para o período 1991-2020 mostra que este é, na média, um mês de grandes acumulados de chuva desde o oeste do Amazonas até Minas Gerais, cruzando o Brasil Central. E a temperatura é alta, tendo sua média acima de 20°C em todo o país e chegando a mais de 30°C em grande parte do das regiões Norte e Nordeste.
Este é o comportamento médio observado em dezembro, mas vamos conferir agora como as chuvas e a temperatura serão distribuídas no próximo mês, em dezembro de 2024 especificamente, e o quanto isso pode ser diferente da média que apresentamos.
Brasil Central deve ter dezembro mais seco e quente
Segundo dados do INMET, o mês de novembro que está se encerrando teve chuvas abundantes sobre o Brasil Central, com acumulados que superaram os 300 mm em áreas do Mato Grosso, Goiás e oeste de Minas Gerais. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), estas regiões tiveram chuva acima da média, como previsto pela equipe Meteored|Tempo.com.
Em dezembro, este cenário deve mudar. Justamente na região central do país, a expectativa é de chuvas abaixo da média para o período!
Na primeira semana do mês (02 a 09/12), ainda chove acima da média entre o Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas anomalias negativas já devem ocorrer entre Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Na semana seguinte (09 a 16/12), a área de tempo mais seco continua sobre estes estados, e se expande chegando até o sul do Pará e Amazonas. Apesar de menos intensa, a anomalia negativa de chuva deve persistir na terceira semana (16 a 23/12). Apenas na última semana (23 a 30/12) as chuvas devem voltar aos padrões médios no Brasil Central, embora ainda fique um pouco mais seco que o normal a leste.
Minas Gerais, Espírito Santo e interior da Bahia devem ter dezembro bem seco, enquanto chuvas ficarão acima da média no Sul do Brasil, principalmente no oeste da região. Na costa norte do Nordeste, também persistem as anomalias positivas de chuva.
As anomalias de temperatura vão acompanhar a distribuição das chuvas: no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e na faixa leste da Região, e na costa norte do país, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, as temperaturas ficarão próximas da média ou um pouco abaixo, devido à maior nebulosidade e precipitação.
Já no Brasil Central, que terá um dezembro mais seco do que o normal, as anomalias positivas de temperatura serão significativas. Em grande parte do mês, principalmente entre o interior de Minas Gerais e da Bahia, não se descarta a ocorrência de ondas de calor.
Padrão de chuvas será ditado principalmente pela Oscilação de Madden-Julian
Nossa principal oscilação climática global, o El Niño-Oscilação Sul (ENOS), segue até o momento em fase neutra. Há ainda uma pequena chance da La Niña se estabelecer nos próximos meses, mas caso isso se confirme deve ser um evento fraco e curto, durando até fevereiro ou março. Sendo assim, espera-se que a atuação da La Niña não seja muito intensa sobre o clima do país durante o verão.
Assim como o ENOS, o Dipolo do Índico, outra oscilação climática com influência na chuva do Brasil, também está e seguirá em fase neutra. Já a Oscilação Antártica (AAO) começará o mês em fase negativa. Estudos indicam que a fase negativa da AAO, para dezembro, implica em menos chuvas entre o norte de Minas Gerais, a Bahia e o Espírito Santo.
Mas a principal forçante climática que irá determinar o tempo mais seco nestes estados é a Oscilação de Madden-Julian (MJO). Ela estará durante quase todo o mês de dezembro em sua fase 5, que desfavorece chuvas no Brasil Central.
Além de diminuir as chuvas no Brasil Central, a fase 5 favorece maiores volumes de precipitação no sul do país, um sinal que também está sendo previsto para o próximo mês.
Em resumo, devido à atuação conjunta das oscilações Antártica e Madden-Julian, dezembro será mais seco e quente no Brasil Central, especialmente entre Minas Gerais e Bahia, e mais chuvoso no Sul do país e também no norte do Nordeste.
Não deixe de acompanhar as atualizações da previsão de tempo e de clima no site da Meteored|Tempo.com.
Referência da notícia:
Alvarez, M. S., Vera, C., Kiladis, G. N., & Liebmann, B. (2016). Influence of the Madden Julian Oscillation on precipitation and surface air temperature in South America. Climate Dynamics, 46, 245-262.
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Polônia aperta controles na fronteira com Bielo-Rússia – DW – 18/01/2025
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18 de janeiro de 2025Blocos grossos de concreto bloqueiam a estrada de acesso à passagem da fronteira Polowce-Peschatka, no nordeste Polônia. Cada um pesa 1,7 toneladas. “Nem mesmo dois tanques conseguiram afastá-los”, diz um guarda de fronteira polaco, não sem orgulho.
Muito arame farpado foi esticado entre as barreiras de concreto. Atrás há um caminho estreito que serpenteia ao longo de uma cerca de 5,5 metros (18 pés) de altura. As câmeras, sensores de calor, cabos subterrâneos – tudo é muito moderno. Oficialmente, ninguém pode mais cruzar a fronteira aqui. O posto de controle está fechado desde o verão de 2023.
Uma cerca fronteiriça de 186 km
A Polónia reagiu ao número crescente de pessoas que tentam atravessar a sua fronteira com Bielorrússiadesde agosto de 2021, construindo uma cerca com sistema de vigilância eletrônica que se estende por 186 quilômetros (116 milhas).
Migrantes e refugiados acredita-se que tenham sido encorajados e apoiados pelo regime na capital bielorrussa, Minsk, um dos parceiros mais próximos da Rússia.
“A maior ameaça que enfrentamos aqui atualmente é a migração irregular orquestrada pela Bielorrússia”, disse o coronel Andrzej Stasiulewicz, vice-comandante da Divisão da Guarda de Fronteira de Podlaski. Explicou que as pessoas chegavam legalmente à Bielorrússia vindas do Afeganistão, da Síria ou do Iraque e eram depois levadas para a fronteira com a Polónia por 8.000 a 12.000 dólares (cerca de 7.775 a 11.650 euros).
Stasiulewicz usou vídeos de vigilância para mostrar à DW como isso funciona na prática. Um deles mostrava um oficial bielorrusso deixando um grupo de pessoas à noite, diretamente na fronteira, num local onde só há arame farpado. Mas existe um rio que forma uma fronteira natural entre a Polónia e a Bielorrússia.
Outro vídeo mostrou pessoas do lado bielorrusso da fronteira atirando pedras e queimando galhos na cerca fronteiriça. “A Bielorrússia quer que a situação piore”, disse Stasiulewicz. “Queremos desescalar.”
Ativistas de direitos humanos criticam zona tampão
A cerca está ajudando? Sim, disseram os guardas de fronteira polacos em Polowce. Elogiaram também a zona tampão criada na região fronteiriça. O objectivo é evitar que os traficantes de seres humanos se aproximem da fronteira e recolham migrantes em pontos de encontro acordados.
Organizações de direitos humanos criticaram a zona tampãodizendo que também dificulta o acesso às pessoas que pode estar preso na floresta por motivos de lesão ou doença e que necessitem de assistência médica.
Houve repetidas tentativas de serrar seções da cerca. O Brigadeiro General Robert Bagan, comandante-chefe da Guarda de Fronteira Polonesa, pegou uma pequena serra fina que havia sido confiscada na fronteira e explicou que se fossem usados dispositivos maiores movidos a bateria, a cerca poderia ser cortada em seis a oito minutos.
No ano passado, quase 30 mil pessoas tentaram atravessar a fronteira da Bielorrússia para a Polónia, apesar da modernização em curso das barreiras e vedações.
Segundo dados oficiais, mais de 2.685 pessoas solicitaram asilo. Foi criado um centro em Polowce para processar os pedidos. Há uma pequena família lá com uma área de recreação para as crianças. Mas a maioria dos que chegam aqui são homens que viajam sozinhos.
Onde você está? Desaparecido entre a Bielorrússia e a Polónia
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As resistências são ‘cruéis e perigosas’
Organizações como a Amnistia Internacional acusaram as autoridades polacas de violarem o direitos humanos dos refugiados e migrantes e criticaram as “resistências” para a Bielorrússia.
“É cruel, perigoso e obviamente ilegal empurrar as pessoas de volta para florestas densas em temperaturas congelantes”, disse Ruth Tanner, vice-diretora do Escritório Regional da Amnistia Internacional para a Europa, à DW. Ela disse que a Polónia era obrigada, ao abrigo do direito internacional, a examinar os casos de todas as pessoas individualmente.
O governo polaco e os guardas de fronteira no nordeste da Polónia rejeitaram as críticas. “Defina com mais precisão o que são os retrocessos”, disse Maciej Duszczyk, do Ministério do Interior polaco.
Quando pressionado, o Brigadeiro General Bagan disse à DW que todos os guardas de fronteira eram obrigados a perguntar às pessoas que entravam no país se estavam solicitando asilo. “Mas se as pessoas disserem ‘não’ porque não querem ficar na Polónia, então nós aceitamo-las de volta.”
Explicou que foram libertados de volta ao território bielorrusso através de uma porta na cerca da fronteira e disse que não havia outra maneira. Ele disse que tinha sido impossível cooperar com as autoridades da Bielorrússia já há anos.
Ele disse que aqueles que foram mandados de volta tentaram novamente “mais cedo ou mais tarde, desde que houvesse dinheiro suficiente”. Salientou que os fundos e o clima foram factores decisivos, afirmando que o número de pessoas que tentam atravessar a fronteira provavelmente aumentará novamente a partir de Março, quando o tempo esquentar.
Este artigo foi traduzido do alemão.
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Haddad sinaliza boas notícias em entrevista – 18/01/2025 – Samuel Pessôa
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18 de janeiro de 2025Na sexta-feira passada o ministro Fernando Haddad concedeu longa entrevista para a CNN.
O ministro foi bem. Teve muita paciência e respondeu a todas as questões em longos 70 minutos de entrevista.
Defendeu muito bem a agenda de reformas da Receita: a reforma dos impostos indiretos, cuja legislação complementar foi sancionada pelo presidente na quinta-feira (16) passada. Defendeu também as diversas medidas de combate ao planejamento tributário e a reforma do Imposto de Renda, que será enviada ainda no primeiro semestre ao Congresso.
Como em geral os petistas fazem, o ministro enfatizou a herança maldita na política fiscal. Não parece ser justo com Paulo Guedes, que passou o bastão com gasto primário e dívida pública —ambos como proporção do PIB— menores do que em dezembro 2018.
O mau humor do mercado deve-se a três fatores: 1) a regra de indexação do salário mínimo; 2) a regra de indexação do gasto mínimo constitucional em saúde e educação; e 3) a constatação, muito ruim, de que em 2024 a economia teve que operar com juros muito maiores do que se imaginava no final de 2023. Nenhum desses três fatos constituem herança de Temer ou Bolsonaro.
A reindexação do salário mínimo real e dos mínimos constitucionais foi decisão do presidente Lula. Ele é o único responsável. E o problema é que essas regras tornam a política fiscal insustentável. Elas estão associadas ao crescimento do gasto ao longo do tempo e não ao nível do gasto em um momento do tempo. Indexar o gasto mínimo constitucional com saúde e educação na evolução da receita corrente líquida é ainda mais grave se o ajuste fiscal desenhado pelo ministro prioriza crescimento da receita.
O ministro enfatizou muito o erro de previsão do mercado em relação ao crescimento econômico. O mercado previa em dezembro de 2022 que o crescimento seria de 2% para o acumulado no biênio de 2023 e 2024 e foi 7%. Houve um erro de 5 pontos percentuais.
O que o ministro não notou e os jornalistas não lembraram a ele é que, por consistência, a dívida pública como proporção do PIB deveria ter sido revista para menor em 3,5 pontos percentuais.
Como houve uma surpresa negativa nos juros, não houve essa revisão para menor na dívida pública em dezembro de 2024. A surpresa negativa nos juros é fruto de a surpresa de crescimento ter sido consequência de uma trajetória insustentável da economia: no biênio 2023-2024 o crescimento da demanda agregada foi maior do que a economia; as exportações líquidas caíram; a inflação de serviços cresceu e os salários se elevaram além do crescimento da produtividade do trabalho.
É a insustentabilidade da trajetória da economia que explica os juros maiores do que se imaginava.
Duas boas notícias. O ministro enfatizou que haverá uma desaceleração da economia no segundo semestre de 2025. Se Lula não entrar em modo pânico e deixar a política monetária fazer seu trabalho, será muito bom para o país.
Segunda, o ministro enfatizou que a política monetária funciona normalmente, e, nas entrelinhas, festejou a independência do Banco Central. Ótima notícia para o ministro de um partido que há alguns anos destruiu a candidatura de um adversário com a fake news de que BC independente retira a comida das mesas das famílias brasileiras.
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Brasileira é a primeira pesquisadora reconhecida pelo Centro Europeu de Pesquisas Nuclerares
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18 de janeiro de 2025Patrícia Rebello Teles é uma pesquisadora brasileira que conquistou dois prêmios internacionais importantes, ligados ao trabalho de pesquisa que desenvolve. Detalhe, ela foi a primeira pesquisadora do país a receber duas premiações no CERN, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.
Em 2024 ela recebeu o CMS Awards e agora, em dezembro, ganhou o CMS Shift Leader, como líder na tomada de dados no CMS. Desde 2012, a brasileira pesquisa no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, o famoso LHC – Grande Colisor de Hádron, situado na fronteira entre Suíça e França.
Segundo Patrícia, seu trabalho é como se fosse “a de um capitão de navio”, onde ela é responsável pela aquisição e qualidade dos dados e CMS, além de pensar na segurança do time de plantonistas e das instalações da instituição.
Prêmios históricos
Patrícia conquistou importantíssimas premiações ligadas ao trabalho que desenvolve. Com o prêmio do CMS Awards, edição 2023, ela se tornou a primeira brasileira a ser laureada na instituição. Na época, ela comemorou bastante.
“Eu estou muito feliz e honrada de trazer esse prêmio pra o CBPF, depois de 12 anos de trabalhos significativos na colaboração CMS dedicados à instituição”, avaliou.
Já em dezembro, foi a vez do CMS Shift Leader. Também, a primeira brasileira a receber o reconhecimento no Centro Europeu. Segundo a premiação, o prêmio “reconhece indivíduos que fizeram contribuições excepcionais ao experimento CMS, honrando sua dedicação ao desempenho dos sub detectores CMS e, portanto, ao experimento CMS”.
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O projeto
Desde 2022, Patrícia atua com o pesquisador Gilvan Alves e coordena o projeto “Física de Íons Pesados e operação do Calorímetro Eletromagnético do CMS no LHC”, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
O objetivo é entender as propriedades fundamentais da matéria sob condições extremas, como aquelas criadas nas colisões de íons pesadas.
Com o trabalho no CBPF, ela conseguiu trazer avanços significativos no CMS. “Em paralelo, ao melhorar o desempenho do ECAL, o projeto aumenta as capacidades do experimento CMS, permitindo medições mais precisas e novas descobertas em física de partículas”.
Referência para outras
Sendo a primeira brasileira a receber a premiação, ela quer se tornar referência para outras.
Patrícia também atua como incentivadora de mulheres cientistas e pesquisas, realizando ações de divulgação científica focada em mulheres alunos de escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro.
Mulher, brasileira e premiada. Quanto orgulho!
A cientista também atua como divulgadora científica e quer inspirar outras mulheres. – Foto: Arquivo pessoal//www.instagram.com/embed.js
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