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Desafios e incertezas marcam o caminho para a Copa de 2026

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Desafios e incertezas marcam o caminho para a Copa de 2026

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Após enfrentar uma maré inédita de jogos perdidos nas Eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira deu a volta por cima nos últimos dois jogos, contra Chile e Peru. Venceu o Chile por 2×1, com gols da dupla botafoguense Igor Jesus e de Luiz Henrique, renovando as esperanças de uma classificação menos traumática.

Contra o Peru, na última terça-feira, fez ainda mais bonito, marcando 4 gols e deixando os peruanos na 9ª posição do ranking, com apenas 6 pontos conquistados em dez partidas disputadas. Com a vitória, o Brasil alcança 16 pontos e se mantém na quarta posição na classificação. 

Apesar da vitória, Rodrygo, jogador do Real Madrid e camisa 10 da seleção brasileira, reconheceu não ter feito uma grande partida contra o Chile, mas foi ainda mais duramente criticado sobre sua atuação no jogo contra o Peru. Torcedores manifestaram nas redes sociais que esperavam mais do jogador e não pouparam o atleta, qualificando-o como “superestimado”  e questionando sua capacidade de se manter como titular do time. 

Mesmo com os recentes resultados positivos, o desempenho do time brasileiro e das estratégias adotadas pelo técnico Dorival Júnior ainda sofrem duras críticas por parte de especialistas e ex-jogadores, que preocupam-se com o futuro do time. As reclamações são principalmente sobre a convocação de jogadores que não estão em sua melhor fase – que Dorival rebate dizendo que busca equilibrar o time entre jovens talentos e jogadores mais experientes.

Além disso, especialistas criticam a falta de entrosamento do time, nas funções ofensiva, defensiva, movimentação, e troca de passes. O equilíbrio, tão almejado e citado em entrevistas pelo técnico Dorival Júnior, parece distante. A seleção ainda tem desempenhos oscilantes, por parte de jogadores jovens ainda em processo de amadurecimento. Apesar das dificuldades, o Brasil ainda é favorito nos rankings de sportsbet para a Copa do Mundo de 2026. 

Nem o Presidente Lula deixou de demonstrar seu descontentamento, fazendo comentários controversos sobre os talentos brasileiros que jogam em times no exterior. Lula sugeriu que os jogadores que jogam para outros países deveriam ser excluídos do time nacional e somente aqueles que atuam no Campeonato Brasileirão deveriam compor a seleção. Ainda comparou os jogadores atuais com jogadores que já deixaram sua marca como Garrincha e Romário, pontuando que estes sim foram craques, diferentes dos que hoje jogam pela seleção.

À espera de Neymar

Completando um ano da pior lesão que sofreu na carreira, o atacante Neymar recentemente voltou aos treinos do time saudita Al-Hilal, e já manifestou ansiar por sua volta à seleção. Neymar pode representar uma renovação das esperanças para a seleção brasileira, já que hoje é a principal estrela do futebol nacional. 

Devido a lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo, na derrota para o Uruguai, no ano passado, o jogador de 32 anos foi submetido a uma cirurgia e está em recuperação desde então. Muito aguardado por seus companheiros de time, a expectativa é de que Neymar eleve o rendimento e moral do time, como seu principal jogador.  

Desde sua estreia em 2010, Neymar participou de 189 jogos pela Seleção Brasileira. Nos 62 jogos em que esteve ausente, o time teve um aproveitamento de apenas 63,3%, bem abaixo dos 78,6% conquistados quando o atacante estava em campo. 

Dorival Júnior não esconde que conta com o camisa 10, mas que prefere esperar o jogador estar completamente recuperado, para que não corra risco de sofrer novas lesões. A expectativa geral é ver o nome de Neymar na pré-lista de convocados para os jogos de novembro das Eliminatórias, contra Uruguai e Venezuela. O técnico da seleção brasileira prevê anunciar a convocação no dia 1º de novembro.

Futebol globalizado

Parece ser insustentável manter, no longo prazo, um alto desempenho nos campos e ter um time de destaque no cenário mundial. A globalização do futebol nivelou o desempenho dos jogadores, permitindo que países antes considerados de segunda linha produzissem jogadores de elite. E, por outro lado, colocou em cheque países que antes eram considerados potências do futebol.

Essa nova realidade desafia o conhecido e esperado. Diante de resultados surpreendentes, como a goleada sofrida para a Alemanha em 2014, o Brasil, considerado historicamente como “o país do futebol”, precisa se adaptar e modernizar seu futebol para se manter competitivo. Quando resultados como o fatídico 7×1 pegam os espectadores completamente desprevenidos, isso tem mais a ver com o legado do esporte do que com o crescente estado de paridade do futebol internacional.  

A globalização do esporte resultou na geração de jogadores de classe mundial cada vez mais frequente em nações futebolísticas de segunda divisão, estreitando o abismo de qualidade entre as equipes, que antes era considerável. A ascensão dessas novas potências no futebol mundial exige que as tradicionais seleções se adaptem para manter a competitividade. 

A tradição e a paixão pelo jogo, no entanto, podem ser obstáculos para essa mudança. Inglaterra, França e Argentina já demonstraram essa capacidade de evolução. Por outro lado, o Brasil, profundamente ligado à sua tradição e estilo de jogo, parece resistir a mudanças mais profundas, dificultando a adaptação da Seleção Brasileira às novas demandas do futebol moderno.

Próximos desafios

Dorival tem razão em dizer que o time está se soltando e em constante evolução. O treinador, desde que assumiu a Seleção Brasileira em março, enfrentou diversas adversidades, entre elas 15 jogadores lesionados. Dorival já precisou fazer 17 alterações nas convocações, número que comprova a instabilidade do time. 

Para os jogos contra Chile e Peru, a situação se agravou ainda mais, com a perda de seis atletas, incluindo o atacante Martinelli, cortado na véspera da partida. As lesões de Alisson, Bremer, Éder Militão, Guilherme Arana e Vini Jr. obrigaram Dorival a convocar Weverton, Beraldo, Fabrício Bruno, Alex Telles e Andreas Pereira. 

O próximo jogo do Brasil nas Eliminatórias é contra a Venezuela, fora de casa, em Maturín, no dia 14 de novembro. Jogando em casa, a seleção Venezuela contará com a torcida e espera intimidar a seleção canarinho. No dia 19, é a vez do time brasileiro jogar em casa, em Salvador, contra o Uruguai. Com 8 rodadas pela frente das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, o Brasil pode esperar por desafios grandiosos e jogos difíceis.

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”

Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”

 



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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