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MINISTÉRIO PÚBLICO

Em Tarauacá, após divulgação de notícia, MP atua e juiz decreta suspensão de shows

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Juiz decretou a imediata suspensão da realização dos shows da dupla Thaeme & Thiago, e dos cantores Kelvin Araújo e Eros Boldin, inclusive com possibilidade de cortar o fornecimento de energia no local do evento. Os shows envolvem cerca de R$342.000,00 (trezentos e quarenta e dois mil reais).

No dia 20 de junho, o Acre.com.br divulgou que a prefeitura de Tarauacá estaria gastando mais de R$ 300 mil reais com músicos de outras cidades, em show musical durante a Expo Tarauacá nos dias 01 e 02 de julho de 2022 (veja aqui e aqui).



Após a publicação da notícia, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) ajuizou ação civil pública contra a prefeitura de Tarauacá, pedindo a imediata suspensão da realização de shows da dupla Thaeme e Thiago e dos cantores Kelvin Araújo e Eros Biondini, que estavam previstos para ocorrerem no período de 30 de junho a três de julho deste ano, durante a 4ª Edição da Expo Tarauacá.

Atendendo pedido do MP, o juiz Guilherme do Nascimento Fraga decidiu nesta quinta-feira, 23, pela suspensão das contratações, que somam juntas quase meio milhão de reais (leia a decisão aqui).

O Acre.com.br foi quem noticiou as contratações exorbitantes, com exclusividade, após os extratos das dispensas de licitação serem publicados no Diário Oficial do Acre.

Músicos locais são excluídos e prefeito Maranguape pagará quase R$ 100 mil à cantor Kelvin Araújo

Na petição (leia aqui), o promotor de justiça Júlio César Medeiros aponta que o uso de recursos públicos do Município no pagamento de shows dos artistas nacionais, no valor total de 342 mil reais, ao passo em que serviços públicos básicos e essenciais não estão sendo ofertados em diversas áreas, ocasionarão prejuízos consideráveis ao erário e à população de Tarauacá, em total afronta aos princípios e interesses públicos.

O MPAC reforça na ação que não está se opondo a realização do evento, mas sim à realização de shows de atrações nacionais pelos valores mencionados e com dinheiro público de fonte própria do Município. “Se por um lado, o lazer é um direito de todos e que deve ser assegurado e fomentado, por outro lado, se impõe observar, de igual modo, que os gastos públicos devem guardar correlação com a realidade financeira e orçamentária da cidade, sob pena de se relegar todos os outros direitos à completa inefetividade, vulnerar o mínimo existencial, fruto das chamadas ‘escolhas trágicas’ do Administrador Público”, destaca o promotor.

O juiz, ao decidir, realçou que “Consta na inicial as informações quanto a situação de flagrante precariedade das vias públicas do município, dos serviços de saúde, educação, saneamento básico, a existência de obras inacabadas, distribuição de merenda escolar de baixa qualidade, com recente falta de merenda, dentre outros, alegando o Parquet não ser contra a realização do evento em si, mas ao uso do dinheiro público para contratação dos show nacionais, posto a real situação e necessidade do município, visando através desta ação acautelar o patrimônio Público e o interesse de toda sociedade local“. 

Na decisão do juiz (leia aqui), ele destaca que “Vê-se que nos documentos acostados aos autos, o Ministério Público junto cópia do aditivo ao termo de ajustamento de conduta celebrado entre o município e o parquet, visando a construção de aterro sanitário, bem como medidas de remedição do lixão municipal, assim como documentos dos autos de inquérito civil instaurado com objetivo de implantação do CAPS no município, recomendações ao município para, por exemplo, promova readequação do quadro de servidores, investimentos de recurso publico, melhoria de infraestrutura, regularização fundiária,  relatório informando a insuficiência de estrutura no lar dos idosos, documentos de processos administrativos sobre a insuficiência de água tratada no município, outro visando a implantação do PROCON e/ou de aquisição de caminhões coletores, enfim, documentos que demonstram a necessidade de diversas medidas que carecem de recursos e políticas públicas por parte do município“.

O cantor Kelvin Araújo, chegou a gravar vídeo, que foi publicado no Instagram da prefeitura, veja:

 

Processo nº. 0800024-80.2022.8.01.0014

DENÚNCIA

‘Crianças amarradas nas cadeiras de castigo’ e maus-tratos no Acre, denunciam mães

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Dona da Creche Recreação Kids, Helena Mendes, foi denunciada ao MP-AC por um grupo de mães em dezembro do ano passado. Na segunda (19), Justiça determinou suspensão das atividades na instituição de ensino. Empresária teria sido flagrada por servidores agredindo crianças fisicamente, discriminando e até torturando os alunos. Diretora não quis se pronunciar.

Um grupo de mães de Rio Branco denunciou a dona da Creche Recreação Kids, Maria Helena Araújo Mendes, por maus-tratos contra as crianças. O caso foi levado ao Ministério Público do Acre (MP-AC) em dezembro do ano passado. A empresária teria sido flagrada por servidores agredindo crianças fisicamente, discriminando e até torturando os alunos.

Após as denúncias, o MP-AC instaurou uma ação civil pública e entrou com pedido de liminar na Justiça pedindo a suspensão das atividades na instituição. Nessa segunda-feira (19), a 2ª Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Rio Branco concedeu a liminar e determinou a paralisação.

“A decisão, proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Rio Branco, foi tomada após a constatação de graves violações aos direitos das crianças que frequentavam a instituição”, divulgou o MP-AC. Veja detalhes da ação do MP-AC abaixo.

O site  obteve, com exclusividade, imagens gravadas por funcionárias da creche que revelam uma criança amarrada em uma cadeira de plástico com uma fralda e chorando bastante. Outras imagens mostram crianças dormindo no chão dos cômodos ou em cima de pedaços de pano espalhados pela sala.

Há ainda registro de alunos sentados em cadeiras de plástico sozinhos, que segundo a denúncia, teriam sido colocados nessa posição como forma de castigo. O site conversou com uma das mães que buscou o MP-AC e conseguiu os registros dos maus-tratos com funcionários. Ela pediu para não ter o nome divulgado.

A filha da denunciante tem 2 anos e ficou na creche durante seis meses no ano passado. Ela desconfiou que algo estava errado quando a filha ficava com medo quando via a dona da creche na porta da instituição para recebê-la.

“As funcionárias cuidam e tentam esconder algo que as crianças faziam para evitar as cenas de agressão e castigo com crianças amarradas nas cadeiras. Minha filha passou a ficar estranha quando dona Helena ia buscar ela no portão, antes era uma cuidadora, que saiu, e ela chorava muito quando dona Helena pegava ela. Quando saía, ela vinha desconfiada e querendo logo vir para casa”, contou.

 

O site entrou em contato com a Helena Mendes por telefone. Um homem atendeu a ligação e disse que aguardava o advogado chegar para se posicionar. Ele não quis se identificar e afirmou que não irá se falar sobre o caso.

Nas redes sociais, após o caso ser divulgado pelo MP-AC, várias mães usaram o espaço para defender a diretora e afirmar que as acusações não são verdadeiras. O órgão informou, por meio de nota (veja abaixo), que a 1ª e 3ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, recebeu a denúncia anônima e que o processo corre em segredo de Justiça.

Registros de servidores mostram crianças dormindo no chão em creche — Foto: Arquivo pessoal

Registros de servidores mostram crianças dormindo no chão em creche — Foto: Arquivo pessoal

Cuidadora saiu do emprego

Além da desconfiança com o comportamento da filha, a mãe conversou com uma cuidadora que tinha pedido demissão da creche. No início, a mulher disse que a cuidadora ficou com medo de contar o verdadeiro motivo de sua saída, mas depois explicou que saiu porque não aguentava mais ver as crianças sendo maltratadas.

“Ela disse que só não denunciou porque não tinha provas. Perguntei se ela tinha alguma pessoa de confiança que pudesse registrar essa situação e ela falou que tinha. Daí uma outra funcionária começou a filmar. Fui diretamente no Ministério Público, não sabia onde recorrer e me direcionaram para a delegacia. Contei para mais duas mães porque não queria guardar só para mim e ficava preocupada com as outras crianças, principalmente as que minha filha tinha mais contato. As mães também fizeram a denúncia”, contou.

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MINISTÉRIO PÚBLICO

MPAC consegue prisão preventiva de homem que matou adolescente de 17 anos em Tarauacá

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) obteve, nesta quinta-feira, 25, a prisão preventiva de José Francenildo Costa da Silva, acusado de assassinar uma adolescente de 17 anos no município de Tarauacá.

Conforme informações da Polícia Militar, que efetuou a prisão em flagrante, a vítima foi morta com mais de dez facadas nas costas na tarde de quarta-feira, 24. Ela foi perseguida pelo companheiro e assassinada por ele próximo à ponte na saída do município.



O acusado já possui uma condenação por ter assassinado outra mulher na cidade de Feijó. A polícia informou que ele usava tornozeleira eletrônica, mas cortou o equipamento e estava vivendo com a vítima em Tarauacá.

Durante a audiência de custódia, o promotor de Justiça Lucas Bruno Iwakami manifestou-se pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, decisão que foi acatada pelo Judiciário.

Agência de Notícias do MPAC

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DENÚNCIA

Em Tarauacá, Utal e MP-AC investigam contaminação de água no entorno do cemitério São João Batista

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A Unidade de Tecnologia de Alimentos (Utal), da Ufac, realizou serviço de coleta de água em poços de residências próximas ao cemitério São João Batista, em Tarauacá (AC), para verificar a qualidade da água, devido a denúncias de contaminação. A coleta atendeu solicitação do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC). Foram realizadas análises bacteriológicas e físico-químicas das amostras para verificar as condições de potabilidade das águas.

O médico veterinário da Utal, Rodrigo Gomes de Souza, ressaltou a importância da parceria entre Ufac e MP-AC, considerando o risco de contaminação da água subterrânea por patógenos oriundos de resíduos advindos do cemitério São João Batista. “Esse fato se caracteriza como um risco à saúde da população que mora no entorno do cemitério, pois utilizam dessa água para consumo, sendo, na maioria das vezes, sem nenhum tipo de tratamento prévio”, ponderou. 



A Prefeitura de Tarauacá não se manifestou sobre o assunto, tendo em vista que o cemitério São João Batista está sob responsabilidade da Prefeitura. Com informações da Assessoria.

Utal e MP-AC investigam contaminação de água em Tarauacá.jpg

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