POLÍTICA
Governo Lula assombrado pelo fantasma da corrupção

PUBLICADO
4 semanas atrásem

rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)
O escândalo dos descontos no INSS explodiu apenas duas semanas depois de Lula — enfim — demitir seu ministro Juscelino Filho, denunciado por corrupção y otras cositas más.
É verdade que não foi o governo Lula quem inventou a fraude no INSS, e ele tem o mérito de tê-la revelado. Também é verdade que Lula demitiu o presidente do INSS prontamente. Mas isso está longe de bastar para afastar o desgaste.
Em 2022, o total de descontos, que vinha se se mantendo mais ou menos uniforme desde 2019, aumentou 85%; em 2023, e mais do que dobrou. Tudo somando, o volume quase quadruplicou nos anos Lula/3. O número de reclamações decuplicou nesse período.
Além disso, o irmão de Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, é diretor vice-presidente de uma das associações mais beneficiadas no esquema: o Sindnapi. (O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos é uma dessas fascinantes jabuticabas brasileiras: um sindicato que congrega a categoria profissional das pessoas que não trabalham.)
Ou seja, não dá pra dizer que o governo Lula não tem nada com isso.
Lula demitiu o presidente do INSS, mas nada faz em relação a seu chefe, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, velho conhecido de quem acompanha o noticiário político e policial.
Ministro de Dilma, Lupi caiu por envolvimento em denúncias de corrupção. Mesmo caído, indicou o sucessor… que caiu cinco meses depois… por denúncias de corrupção. (Sem falar que Lupi é incompetente: Lula prometeu reduzir as filas do INSS, mas elas aumentaram.)
A nomeação de Lupi é o reverso da profecia de Itararé: de onde mais se espera: daí mesmo é que vem tudo. Se é difícil entender por que Lula nomeou Lupi, mais difícil é entender o que está esperando para demiti-lo. O tempo não trará alguma boa notícia que permita que Lupi se mantenha no cargo. Pelo contrário.
Vale recapitular:
Em 9 de abril, Juscelino Filho, ministro de Lula, caiu denunciado por corrupção.
Em 15 de abril, Lula deu asilo a Nadine Heredia, condenada no Peru por ter recebido dinheiro desviado pelo petrolão, e mandou um avião da FAB buscá-la no Peru.
Em 22 de abril, o governo foi esnobado por um deputado do baixo clero, anunciado como substituto de Juscelino, mas que desistiu de ser ministro.
Em 23 de abril, explodiu o escândalo do INSS.
Em 25 de abril, Fernando Collor, no que deve ter sido o canto do cisne da Lava-Jato, foi preso por corrupção… no petrolão.
É desgaste demais para um mês só (T. S. Eliot tinha razão: abril é o mês mais cruel).
É tanta oportunidade para atacar o governo, que a oposição está até com dificuldade sobre como proceder.
(Por Ricardo Rangel em 28/04/2025)
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

PUBLICADO
3 semanas atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
Relacionado
POLÍTICA
Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

PUBLICADO
3 semanas atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
Relacionado
POLÍTICA
Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

PUBLICADO
3 semanas atrásem
5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- MUNDO7 dias ago
Mulher é salva de violência doméstica após deixar bilhete em caderno do filho
- MUNDO6 dias ago
Nova vacina contra infecção respiratória diminui internações de bebês
- MUNDO6 dias ago
Criança se emociona ao ser atendida pela primeira vez por médica preta
- MUNDO5 dias ago
Estudantes brasileiras desenvolvem creme antiacne com tomate-cereja
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login