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Guerra da Ucrânia: Soldado aponta violações da Rússia – 14/10/2024 – Mundo

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João Batista Natali

A cidade se chama Donetsk, tem 900 mil habitantes e está localizada no leste da Ucrânia. A maior parte da região está sob o controle da Rússia desde 2014 e é um dos mais ativos campos de batalha do conflito iniciado em fevereiro de 2022.

E foi também um dos locais visitados pela jornalista inglesa Zanny Minton Beddoes, diretora de redação da revista The Economist e que publicou um recente retrato minucioso da confusa situação em que civis e militares ucranianos convivem com a guerra contra um inimigo maior e mais poderoso.

Deu para saber, por exemplo, que Vlad é um capitão que antes do conflito era fotógrafo de casamentos. Ele comanda 42 militares bem próximos à linha de combate contra os russos. Vlad diz que os feridos de sua equipe são tratados no local em que se machucam porque a Rússia não respeita a Convenção de Genebra, que proíbe atirar em ambulâncias ou veículos que tenham estampada uma cruz vermelha.

A artilharia dos dois lados é dominada pelos drones. A região é uma planície a perder de vista com a monotonia da paisagem só quebrada pelas montanhas de entulho retirado desde o século 19 de dentro das minas de carvão.

Não muito longe dali Zanny Monton Beddoes encontrou dois soldados insatisfeitos e dispostos a falar mal da Ucrânia pela qual lutavam. Afirmaram ser desprezados por seus superiores, que os enviavam em missão mal-armados e sem munições. Disseram ainda que foram encarregados de tomar conta de um equipamento caro, embora não tivessem armas adequadas para se protegerem.

Não é esse, no entanto, o padrão. Há os veteranos que herdaram na Ucrânia as habilidades do antigo soldado soviético. Ou os inexperientes que são beneficiados pela doação de moderno material bélico, que parte de doadores ricos que atuam em conjunto com um setor industrial de armas de formação recente.

Um dos especialistas disse à jornalista da revista que, com os combates em curso, a Ucrânia tem hoje o mais competente Exército europeu. E que esse lado positivo não é desconhecido das avaliações feitas pela Otan –a aliança militar ocidental– à qual o país deseja entrar como forma de se proteger das agressões de Moscou.

Ivan Buriak, um soldado de 33 anos, é um dos militares que preenche a imagem de competência do atual Exército ucraniano. Ele se especializou na pilotagem de drones e se tornou um comandante de nível intermediário entre os operadores de naves não tripuladas. Os drones são hoje um dos tópicos da tecnologia de ponta da Guerra da Ucrânia. A Economist nada diz sobre os mísseis hipersônicos que a Rússia tem em seus arsenais.

Um dos especialistas consultados temperou a ideia de que os ucranianos seriam os únicos a estarem cansados dessa guerra e correrem o risco de serem derrotados por pura exaustão. A verdade é que o mesmo cansaço também atinge os russos, que em termos comparativos enfrentam ainda o desgaste político do presidente Vladimir Putin.

Por fim, Zanny Minton Beddoes discorre sobre os efeitos no conflito das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos. Ela diz ter conversado sobre o assunto com Mike Pompeo, secretário de Estado no governo de Donald Trump. Segundo ele, se o republicano vencer, será um desastre para a Ucrânia.



Leia Mais: Folha

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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