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Lei de autodeterminação de gênero aprovada na Alemanha

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A mudança do estado civil torna-se mais fácil na Alemanha graças à entrada em vigor na sexta-feira, 1é Novembro de uma lei emblemática e muito debatida do governo de Olaf Scholz, recebida com alívio pela comunidade LGBTQIA+.

Uma simples declaração ao registo civil é agora suficiente: a Alemanha junta-se ao clube dos países que adoptaram legislação liberal nesta área, ou seja, cerca de dez na Europa, incluindo o precursor dinamarquês, Bélgica, Suíça ou mesmo no ano passado, Espanha.

“Estou muito feliz porque é um dia histórico para o reconhecimento da diversidade sexual e para o reconhecimento dos direitos humanos e das pessoas trans e não binárias na Alemanha”declarou o ecologista Nyke Slawik, deputado que levou esta lei ao Bundestag, numa entrevista à Agence France-Presse (AFP).

O “lei de autodeterminação” permite que as pessoas que desejam alterar o seu primeiro nome e género façam um pedido ao gabinete do estado civil local e, em seguida, oficializem o processo, regressando lá três meses depois. Essas pessoas podem escolher entre quatro possibilidades: feminino, masculino, diverso ou “sem menção de gênero”.

As pré-inscrições estão abertas desde 1é agosto. De acordo com a revista O espelhocerca de 15 mil pessoas já enviaram uma solicitação.

Leia a pesquisa | Artigo reservado para nossos assinantes Pessoas trans: diante da falta de acesso aos cuidados, a jornada de enfrentamento

“Experiência degradante”

O novo texto substitui a legislação datada de 1981, que previa um procedimento dispendioso e moroso que exigia dois relatórios psicológicos onde os candidatos tinham de responder a perguntas muito íntimas sobre a sua sexualidade. Ao final, um juiz decidiu se deferiria ou não o pedido.

O Tribunal Constitucional já tinha abolido parcialmente este texto e permitiu que a obrigação de esterilização e intervenção cirúrgica antes de uma mudança de género fosse revogada na década de 2010.

Nova York, 21 de outubro de 2018.

“Depois de mais de 40 anos, é abolida a chamada lei dos transexuais, sinônimo de expertise degradante e violação de direitos fundamentais”bem vindo a associação federal de defesa dos direitos das pessoas trans (BVT).

O novo texto também esclarece o caso dos menores. Para menores de 14 anos, apenas os pais ou responsáveis ​​poderão iniciar o processo. Os menores com mais de 14 anos poderão fazê-lo sozinhos, mas apenas com o consentimento dos pais. Estes menores terão de apresentar uma declaração indicando que procuraram aconselhamento de um psicólogo ou de um serviço de proteção de jovens. Nenhuma alteração adicional será permitida durante um ano.

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“Clima de medo e preconceito”

Uma sondagem publicada quinta-feira pelo instituto YouGov atesta a aceitação da nova legislação no país: 47% dos inquiridos afirmaram ser total ou parcialmente a favor dela, contra 37% que a rejeitaram.

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A deputada Dorothee Bär, membro do partido conservador CSU da Baviera, acusou na quarta-feira o governo, uma coligação entre os social-democratas de Olaf Scholz, os Verdes e os liberais do FDP, de ter produzido uma “projeto ideológico escandaloso” e muito permissivo.

A associação “Deixe as mulheres falarem” opôs-se a esta lei de autodeterminação, alegando que os homens a utilizarão para atacar as mulheres em espaços reservados para elas. A associação afirma ser como TERF, ou feminista radical trans-excludente (em francês: “feministas radicais excluindo pessoas trans”), um movimento reconhecidamente transfóbico que exclui mulheres trans das lutas feministas. Ela participou de uma manifestação de cerca de cem pessoas no centro de Berlim na sexta-feira.

Aplicação de leis semelhantes em outros países “não causou aumento de ataques contra mulheres”de acordo com Nyke Slawik, que deplora a propensão dos conservadores a “criar um clima de medo e preconceito contra as minorias para tirar vantagem delas” no nível político.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes “O Fim dos Monstros”: um apelo pela emancipação das pessoas trans

O mundo com AFP

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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