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O governo conseguiu o impossível

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O governo conseguiu o impossível

rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)

O governo conseguiu o impossível: tirou Jair Bolsonaro das manchetes. Da pior maneira possível.

Depois de quase dois anos de governo, e mais de um mês de dolorosas negociações internas, Lula finalmente apresentou um plano de corte de gastos. Chega tarde e é insuficiente, mas é um passo na direção na direção certa.

O problema é que, receoso do desgaste político e eleitoral, Lula resolveu suavizar o impacto anunciando uma isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais por mês. O mercado fez as contas e chegou à conclusão de que a isenção basicamente zera os ganhos esperados do pacote.

Resultado: a bolsa desabou e o dólar bateu o recorde histórico. O desgaste econômico foi brutal. E o político também.

O anúncio do governo demonstra que:

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• Lula que não tem compromisso com o equilíbrio fiscal. Está mais preocupado com votos do que com a saúde financeira do país.

• Lula não enxerga como a economia impacta a política. Se o governo perde o controle de suas finanças, sua capacidade de pagamento piora, o que leva os investidores a procurarem ativos mais seguros, como o dólar. O dólar sobe, alimentando a inflação. Os preços sobem e o humor do eleitor piora. O Banco Central sobe o juro e compromete a capacidade de crescimento do país.

• Lula não enxerga que a economia é feita de vasos comunicantes, que moleza tributária é sempre paga pelos pobres. E que há certa perversidade em anunciar isenção de IR para a classe média junto com um pacote que piora as circunstâncias para os pobres.

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• Lula não compreende bem o que é a cidadania. O país é de todos, todos devem contribuir. É razoável defender isenção para quem é realmente pobre, mas isenção para a classe média não tem cabimento.

• Lula parece que nunca se interessou por economia, mas ele tinha um faro político para as consequências de suas decisões. Parece ter perdido esse faro.

• Haddad é incapaz de se impor. O ministro FHC sempre deixou claro para Itamar Franco que se demitiria antes de permitir desajuste fiscal. O ministro Pedro Malan nunca precisou fazer a mesma coisa com FHC: o presidente sabia. Mas Haddad (como Paulo Guedes antes dele) aceita qualquer coisa que o chefe queira.

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• Lula perdeu um gol feito, fez um tremendo gol contra e ainda deu um refresco a Jair Bolsonaro

Impressionante.



(Por Ricardo Rangel em 29/11/2024)



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CPI das Bets aprova convocação de ex-BBB Prior e V…

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CPI das Bets aprova convocação de ex-BBB Prior e V...

Nicholas Shores

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A CPI das Bets do Senado aprovou nesta terça a convocação do ex-BBB Felipe Prior e da influenciadora Virginia Fonseca para prestar depoimento. Ambos já foram contratados para aproveitar suas redes de seguidores e fazer publicidade para casas de apostas.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) justifica o pedido de convocação de Prior com base em reportagem do The Intercept Brasil que revelaria os termos do contrato do ex-BBB com a Betsat. 

Segundo a reportagem, uma das cláusulas prevê pagar a Prior 15% das perdas de apostadores que se cadastraram depois de ser direcionados na plataforma por seus anúncios.

O ex-participante do reality alega não ter recebido o pagamento devido pelas publicações que fez em suas redes sociais.

Virginia Fonseca, convocada a partir de um pedido da relatora da CPI das Bets, Soraya Thronicke (Podemos-MS), irá à comissão devido a “sua expressiva popularidade e relevância no mercado digital, onde exerce forte influência sobre milhões de seguidores em diversas plataformas”.





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STF aumenta o desafio de Lula e Haddad no Congresso

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STF aumenta o desafio de Lula e Haddad no Congresso

Matheus Leitão

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A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, sobre emendas parlamentares, com mais transparência e “rastreabilidade”, ganhou o apoio da maioria dos ministros da corte.

O magistrado mandou o caso para o plenário virtual e conseguiu a chancela da maioria dos seus colegas de toga (saiba mais aqui).

Pois bem.

O problema é que isso acontece exatamente quando o Executivo mais precisa de boas relações com o Congresso. Tudo para aprovar, em três semanas e antes do recesso, o pacote de ajuste fiscal.

O grande dilema das próximas semanas será a corrida contra o tempo do governo Lula-3 num Congresso que, agora, pode estar com mau humor por causa das emendas.

Se por um lado a decisão de Dino liberou as emendas, por outro o parlamento ainda está digerindo todas as obrigações criadas pela decisão do STF





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Senado vai ouvir Lewandowski sobre ações contra o…

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Senado vai ouvir Lewandowski sobre ações contra o...

Pedro Pupulim

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A Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP) agendou uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira, a partir das 10h30. O colegiado quer ouvir do chefe da pasta quais são os planos e ações do ministério para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.

A reunião atende a pedidos de dois senadores. Sérgio Petecão (PSD-AC) propôs a consulta ao ministro em julho, quase seis meses depois da alteração do comando do Ministério, quando o ex-ministro Flávio Dino deixou o cargo para assumir seu posto no Supremo, por indicação do presidente Lula. Petecão quer que a CSP possa conhecer os planos, objetivos e metas da gestão de Lewandowski.

Em outro requerimento, o senador e ex-titular da pasta no governo Bolsonaro, Sergio Moro (União Brasil-PR), solicita esclarecimentos sobre as ações empreendidas pelo ministério e pela PF contra o crime organizado. No documento, Moro menciona a “atuação ousada” das organizações criminosas, que, segundo ele, contrasta com a falta de políticas facilmente identificáveis do governo federal e até mesmo com ações que “foram na contramão do combate ao crime”.





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