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O que está por trás do aumento nos assassinatos de jornalistas? – DW – 14/11/2024

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Mehedi Hasan, um Horário de Daca jornalista, foi morto em 18 de julho depois de ser baleado enquanto cobria um confronto entre autoridades policiais e manifestantes antigovernamentais noBangladesh.área sul de Jatra Bari, na capital.

No mesmo dia, Nadia Sharmeen, repórter do TV Ekattorfoi ferido por tiros da polícia.

Os ataques a profissionais da mídia aumentaram particularmente em julho, em meio a manifestações antigovernamentais massivas e intensas lideradas por estudantes que levaram à destituição do então Primeira-Ministra Sheikh Hasina.

Centenas de pessoas foram mortas nos distúrbios que começou como um protesto contra empregos públicos e se transformou numa revolta em grande escala contra a administração cada vez mais autocrática de Hasina. Hasina acabou fugindo para a Índia.

A mídia local informa que oito jornalistas foram mortos neste país do sul da Ásia até agora este ano e centenas ficaram feridos, o número mais alto da última década.

Manifestantes de Bangladesh lutam para se recuperar dos ferimentos

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Falta de equipamentos de segurança e treinamento

A repórter Nadia Sharmeen diz que a repressão nacional que a levou a ser ferida foi a mais brutal que alguma vez sofreu.

“Eles estavam atirando em pessoas por toda parte”, disse ela à DW. “Felizmente sobrevivi devido ao equipamento de segurança que usava. Mas Mehedi estava cobrindo este protesto violento sem nenhum equipamento de segurança. Talvez ele estivesse vivo hoje se tivesse conseguido um colete à prova de balas e um capacete de sua casa de mídia.”

Sharmeen disse que muitos meios de comunicação em Bangladesh não fornecem equipamentos de segurança para jornalistas, mesmo que trabalhem em situações de conflito.

Ibrahim Khalilullah, um jornalista que trabalhou para várias estações de televisão no país durante os últimos dez anos, partilha uma opinião semelhante.

“Os repórteres são frequentemente enviados para áreas de alto risco sem equipamento de proteção essencial. Além disso, muitos jornalistas não têm conhecimentos básicos de segurança sobre como se protegerem enquanto reportam tais eventos”, disse ele, acrescentando: “A falta de preparação representa um sério risco para sua segurança.”

A polícia de Bangladesh conseguirá reconstruir a confiança após protestos violentos?

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Liberdade de imprensa é uma grande preocupação

Bangladesh atualmente ocupa a 165ª posição entre 180 no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, a classificação mais baixa de sempre do país.

E a liberdade de imprensa não melhorou mesmo depois da tomada do poder pelo administração interina liderada pelo ganhador do Nobel Muhammad Yunus.

Muitos processos legais foram movidos contra jornalistas acusado de ajudar e ser cúmplice na repressão do governo Hasina aos manifestantes antigovernamentais. Os críticos dizem que os casos não são baseados em evidências e podem abrir um mau precedente.

O governo interino também revogou recentemente as acreditações de imprensa de 167 jornalistas.

O facto de os jornalistas serem alvo de ataques suscitou preocupações significativas e suscitou críticas generalizadas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos.

A administração interina, no entanto, afirmou que está empenhada em garantir a liberdade dos meios de comunicação social.

Shafiqul Alam, secretário de imprensa do conselheiro-chefe de Bangladesh, Yunus, disse à DW que o governo estava conduzindo investigações sobre os mortos durante os distúrbios anti-Hasina.

Salientou que as organizações de comunicação social também devem reflectir sobre o seu papel na protecção dos jornalistas, especialmente quando fazem reportagens em ambientes de conflito.

Yunus do Bangladesh sugere alteração da Constituição

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Buscar justiça continua sendo uma batalha difícil

Entretanto, Mosharrof Hossain, pai do falecido jornalista Hasan, disse que está a ser forçado a deslocar-se de um posto para outro em busca de justiça. Ele acusou a polícia de inação.

“Quero justiça para o meu filho. E a polícia não vai abrir o caso mesmo depois de o tribunal ter ordenado que o fizessem. Fui à delegacia pelo menos 50 vezes e eles me mantiveram andando em círculos.”

Masud Kamal, um repórter sénior, culpou o sistema judicial ineficaz do país pela criação de uma cultura de impunidade.

“O sistema judicial de Bangladesh é fraco devido à forte influência política. Há também outros fatores, como custos legais, que muitos jornalistas e suas famílias não podem arcar”, ressaltou. “As investigações também não são imparciais; tudo é influenciado politicamente e está piorando”.

Kamal sublinhou que a situação está a afetar fortemente as famílias dos jornalistas.

“Estas famílias sofrem porque os crimes contra jornalistas ficam impunes. A impunidade tem dois lados: os perpetradores ricos contratam advogados, são encorajados a ameaçar outros e a criar um clima de medo”, disse ele, acrescentando: “Os jornalistas devem combater o governo, os proprietários dos meios de comunicação, a pobreza. e ameaças às suas próprias vidas – tudo para, em última análise, cumprirem o seu papel como jornalistas.”

Editado por: Srinivas Mazumdaru



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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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