ACRE
O SUS deve continuar investindo em especialidades como a homeopatia? SIM – 22/11/2024 – Opinião

PUBLICADO
9 meses atrásem
A nossa posição em relação aos mais recentes questionamentos a todas essas práticas, as quais ainda demandam demonstração científica mais consistente, parte do princípio de que todas as práticas de saúde, convencionais e alternativas, acontecem num espectro contínuo que se apresenta entre dois polos: intervenção e cuidado, que se combinam nas mais variadas formas.
A metodologia científica é bem-sucedida na mensuração e avaliação rigorosa das intervenções, mas ainda não tanto em relação ao cuidado, pois este envolve um número muito grande de variáveis.
A biomedicina trabalha em busca de padrões universais, com uma descrição objetiva do adoecer. O ser humano tem um lado singular, não comparável, e que, para ser conhecido, se faz necessário um afastamento do universal. Ambos devem ser levados em consideração.
O exercício adequado das práticas alternativas envolve intensa conexão entre intervenção e cuidado. A escuta, a ressonância, a abertura ao outro são pilares dessa experiência de implicar-se de fato, para além de uma neutralidade impessoal.
Ainda não é possível, numa abordagem de saúde baseada nessa relação pessoal, única, falar em médias, em duplo cego ou em intervalo de confiança. Que se criem então condições de pesquisa em metodologias qualitativas e quantitativas que possam descrever essa complexidade em vez de simples e facilmente negar algo que não se conhece em profundidade.
Vale lembrar que foi graças ao estudo das anomalias nas previsões das órbitas planetárias que a astronomia avançou até hoje. E que a prática médica se vale de várias substâncias, entre analgésicos e antipsicóticos, das quais o mecanismo de ação não é conhecido. O jogo do conhecimento, entre teoria e prática, é infinito —e assim vai continuar.
Além disso, se as práticas alternativas fossem “somente” fenômenos placebo, não se teria tanta dificuldade para aprendê-las e praticá-las com qualidade, algo que, quem faz e quem recebe, sabe muito bem.
E por “apenas um fenômeno placebo” não se explicam as agravações de sintomas, com posterior melhora, tão frequentes na homeopatia, na medicina tradicional chinesa, no rolfing e até mesmo em algo tão delicado como a eutonia.
Bons e maus profissionais existem em todas as áreas da saúde, mas não se podem ignorar os benefícios que as práticas alternativas de saúde vêm trazendo, há anos, a um número cada vez maior de pessoas. Se isso ainda não foi contabilizado em números, não é culpa dos praticantes, mas da falta de pesquisa. E no SUS isso poderia acontecer.
São os próprios colegas que trabalham no SUS que encaminham seus pacientes, tanto para a homeopatia como para as outras práticas alternativas.
Na experiência no centro de saúde ocorre uma vinculação do paciente com o serviço. Como consequência, temos menos faltas e menos demanda por consultas em outros serviços, além de uma diminuição nos pedidos de exames, pois o médico conhece melhor a individualidade do paciente.
Que essas percepções se transformem, com o grande trabalho necessário para tanto, em conhecimento consistente em vez de serem negadas de modo tão superficial, como vêm sendo tratadas tantas outras questões nesta nossa sociedade sofrida e tão polarizada quanto carente.
TENDÊNCIAS / DEBATES
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
Relacionado
ACRE
Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
22 horas atrásem
25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
Relacionado
ACRE
Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
6 dias atrásem
20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
Relacionado
ACRE
Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
1 semana atrásem
19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login