POLÍTICA
PT recomenda à militância que ‘aprenda a escutar’…

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6 meses atrásem

Ricardo Chapola
Alvo de críticas recentes feitas por Lula, o PT lançou um curso voltado a melhorar a mobilização do partido em torno do apoio à gestão petista na Presidência e em reaproximar a militância de seus redutos históricos.
Batizado de “Como fazer trabalho de base”, o curso é uma série composta por seis vídeos em que a legenda orienta como os filiados devem atuar para tentar recuperar prestígio, sobretudo em meio à crise de popularidade que tem afetado o partido e o governo. O PT recomenda, por exemplo, que a militância se engaje na “guerra de narrativas” com a direita nas redes sociais, crie grupos de WhatsApp, utilize memes para se comunicar, ocupe as ruas em manifestações e passe a dialogar também com quem não vota no partido.
O lançamento do curso acontece na esteira da pouca adesão dos petistas aos protestos organizados pela legenda para se posicionar contra a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro – pauta que é defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, maior adversário de Lula. Ao falar desse assunto, inclusive, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e candidato apoiado pelo presidente para assumir o comando nacional do PT, chegou a dizer que o partido tem tido que “suar sangue” para conseguir levar 10.000 pessoas para as ruas.
Divulgados pela Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT, os vídeos contam com a apresentação de dois atores que usam uma linguagem mais próxima do público jovem. Em uma das gravações, aconselham que os petistas explorem pautas que estejam em sintonia com a opinião pública. Eles também incentivam que os apoiadores de Lula voltem a se mobilizar nas ruas e fazem críticas aos militantes que reclamam do enfraquecimento do partido.
“Só não dá para não fazer nada e depois ir na internet reclamar que não está tendo trabalho de base”, afirma um dos apresentadores. “É melhor ir para a rua segurar um cartaz escrito à mão do que ficar sentado em casa esperando a revolução. A escolha é sua: ocupar as ruas, ou ficar no seu sofazão reclamando da vida”, completam no vídeo.
“Bem trajadão” para abertura de diálogo
Em outro episódio, os apresentadores afirmam que os petistas precisam “aprender a escutar” e destacam a necessidade do partido em abrir diálogo com quem possui orientações ideológicas diferentes. Eles sugerem que os militantes conversem com pessoas desconhecidas nas ruas e pedem atenção até para as roupas. “Se você quer conversar com desconhecidos na rua é importante você ir em grupo, ser cordial, não ser invasivo. E não se esqueça de ir bem arrumado, de ir bem trajadão”, indica um dos atores.
O curso também orienta os petistas a ignorar eventuais provocações feitas por adversários e sugere que os apoiadores de Lula deixem de lado o costume de achar que são “donos da verdade”. “Tem que estar pronto para ouvir o outro. Não dá para desqualificar quem pensa diferente de você, inclusive nas redes sociais. Não se esqueça que você está indo para abrir diálogo, sobretudo com quem pensa diferente de você”, reforça o apresentador.
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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5 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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