O primeiro debate do segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo foi promovido pela TV Bandeirantes na noite desta segunda-feira (14). Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) tiveram a primeira oportunidade de apresentarem suas propostas para os eleitores frente a frente nessa segunda etapa das eleições municipais e o tema central durante o debate foi o apagão que afeta a Grande São Paulo desde a última sexta-feira (11).
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 10, o atual prefeito Ricardo Nunes tem 55% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 33%. A próxima pesquisa do instituto vai ser divulgada na próxima quinta-feira (17).
Próximos debates dos candidatos à Prefeitura de São Paulo:
– Debate no UOL/RedeTV, dia 17, às 9:30 horas;
– Debate na TV Record, dia 19, às 21 horas;
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– Debate no UOL/Folha de S. Paulo, dia 21, às 10 horas;
– Debate na TV Globo, dia 25, às 22 horas.
Quando acontece a votação do segundo turno das eleições?
A votação do segundo turno das eleições vai ocorrer no domingo, dia 27 de outubro.
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Como foi o primeiro debate do segundo turno em São Paulo?
O apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e na região metropolitana pautou a maior parte do tempo do debate entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), que se enfrentam na TV Bandeirantes na noite nesta segunda-feira, 14. Ambos defenderam o fim da concessão à Enel, mas buscaram responsabilizar autoridades diferentes pelo episódio.
“Temos dois responsáveis, a Enel e o Ricardo Nunes”, disparou Boulos logo no começo, acusando seu adversário de não ter se mobilizado para melhorar o serviço de podas de árvores na cidade. O prefeito buscou culpar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o governo Lula, dizendo que eles é quem deveriam ter fiscalizado as condições do contrato.
O bloco finalizou com perguntas de Boulos sobre a investigação da máfia das creches e o emedebista mencionou a absolvição de André Janones (Avante) na Câmara. “Você não sabe muito bem o que é trabalhar, né?”, provocou Nunes. O psolista respondeu que o prefeito “não tem autoridade moral para falar de trabalho” e o desafiou a abrir seu sigilo bancário. “Eu abri agora o meu sigilo bancário. Você abre o seu?”
No segundo bloco, de perguntas de jornalistas, Boulos repetiu a proposta de liberar motoristas de aplicativo do rodízio e disse que, se for eleito, pretende autorizar o retorno da publicidade nos táxis. Durante as respostas, Nunes ironizou o adversário: “você vai acabar votando em mim. Tudo o que eu estou fazendo você diz que vai fazer”.