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Recuperação ativa pode ser melhor que repouso – 04/11/2024 – Equilíbrio

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Talya Minsberg

O repouso é uma parte importante de qualquer rotina de exercícios, e em alguns dias tudo o que o corpo precisa é de um longo descanso no sofá. Mas a recuperação ativa, que fica em algum lugar entre um dia de descanso completo e um treino, pode ajudar o corpo a se recuperar mais rapidamente.

Pesquisas descobriram que movimentos de baixo impacto, como caminhar ou nadar, podem ser mais eficazes do que o descanso para reduzir a dor muscular após o exercício. Pode ser por isso que atletas competitivos e de elite incorporaram há muito tempo a recuperação ativa em seus treinamentos, embora não haja evidências suficientes para dizer que isso melhora o desempenho.

Se a pessoa se exercita regularmente, fazer algo em um dia de recuperação é geralmente melhor do que não fazer nada, afirma J. Jay Dawes, professor de ciência aplicada do exercício na Universidade Estadual do Oklahoma (EUA), especialmente se o objetivo for reduzir a dor entre os treinos. Movimentos leves como caminhar podem aumentar o fluxo sanguíneo e a circulação, e “literalmente, tão pouco quanto uma caminhada pode ser benéfico”, completa.

Por que a recuperação ativa é útil?

Quando praticamos exercício, o corpo alterna entre períodos de estresse e reparo. Os músculos podem ficar doloridos ou tensos após um treino pesado, mas com a recuperação adequada, essa dor de curto prazo, abre caminho para um condicionamento físico maior.

Dias de recuperação —tanto os ativos quanto os de descanso total— permitem que o corpo repare músculos e reponha estoques de energia, explica Kate Baird, fisiologista do exercício no Hospital de Cirurgias Especiais de Nova York. A recuperação ativa pode aliviar a dor, afirma, e promover mobilidade e amplitude de movimento.

Para qualquer um que segue um cronograma de treinamento ou se exercita regularmente, dias de recuperação ativa também podem ser mentalmente benéficos, diz Conrad Goeringer, treinador certificado pelo Ironman que fundou o Working Triathlete, um serviço de treinamento americano. Continuar se movimentando —por mais fácil que seja— pode ter um efeito calmante que um dia de inatividade nem sempre proporciona.

O que conta como recuperação ativa?

O mais importante, disse Goeringer, é que as sessões de recuperação ativa sejam realmente fáceis. (Ele repete e enfatiza tanto “realmente” quanto “fácil.”)

Movimentos de baixo impacto —como caminhada, yoga ou natação— podem ser boas opções, afirma. Para corredores experientes, corrida bem leve também pode se qualificar.

Chantelle Robitaille, fisiologista do exercício e diretora de treinamento na Uphill Athlete, afirma que o segredo é se concentrar em “colocar seu corpo de volta ao equilíbrio” e escolher atividades que não sejam fisicamente ou mentalmente estressantes.

Em outras palavras, é importante escolher algo facilmente acessível. É melhor optar por um passeio leve de bicicleta ou exercícios de mobilidade em vez de se arrastar para nadar, por exemplo.

Seja qual for a escolha, não exagere: Robitaille recomenda manter as sessões de recuperação em 45 minutos ou menos. Ela diz que 30 minutos é “o ponto ideal”.

Quando devo agendar dias de recuperação ativa?

Como regra geral, Baird recomenda colocar um dia de recuperação ativa após os treinos mais intensos e de alta qualidade na semana. Mas também é importante ter uma visão mais ampla: considerar uma rotina de exercícios de longo prazo para garantir um equilíbrio entre semanas mais pesadas com outras mais leves. Semanas de exercícios mais intensos podem precisar de um período de treinos de menor intensidade com mais dias de recuperação ativa incorporados.

“Não podemos simplesmente olhar para um treino como um treino para o dia e não considerá-lo no contexto da sua semana, do seu mês ou do seu ano”, diz Baird. “Todas essas coisas são cumulativas, e esse efeito cumulativo pode promover a melhora ou pode promover a deterioração da sua melhora.”

Se a opção for recuperação ativa em vez de descanso total, é importante ter cuidado para não forçar demais, diz Goeringer. Transformar um dia de recuperação ativa em um treino só prolongará o tempo que o corpo leva para se recuperar. É melhor tentar fazer a sessão “tão fácil quanto você aguentar”, afirma.

“Pense nisso mais como uma sessão de terapia”, diz Goeringer.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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