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Rio Branco já enfrenta seca severa e Defesa Civil se prepara para atender comunidades com carros-pipa

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Com o Rio Acre quase abaixo dos dois metros, a capital acreana, Rio Branco, não tem acumulado de chuvas no mês de julho e já enfrenta uma seca severa. A Defesa Civil Municipal está em alerta e iniciou um processo para contratação de carros-pipa para abastecer comunidades com água.
Nesta quinta-feira (15), o nível do manancial em Rio Branco chegou a 2,06 metros, sendo que em 2020 as águas estavam a 2,95 metros. Em 2016, quando o Acre enfrentou a maior seca da história, o nível do rio marcava 1,83 metro nesse mesmo período.
Diante dessa situação, a Defesa Civil prevê que a capital acreana possa enfrentar uma crise semelhante ou até mesmo pior da estiagem de 2016.
“A previsão é que baixe ainda mais, estamos em julho e vamos entrar nos meses críticos, que são agosto e setembro. Então, se a gente já chega no final de julho com baixo nível, a tendência é piorar bastante. No leste do Acre, que é onde Rio Branco está, já estamos com seca severa, está difícil. Estamos em alerta por conta disso”, destacou o coordenador do órgão municipal, major Cláudio Falcão.
O coordenador acrescentou que, até esta quinta, não há registro e nem acumulado de chuva. Cinco anos atrás, as autoridades já contabilizavam 2,8 milímetros de chuva durante a seca histórica.
“Não temos nenhum registro de chuva no mês de julho. Vamos agindo, já temos um planejamento para executar e aguardar os acontecimentos do clima”, complementou.
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Defesa Civil de Rio Branco vai contratar quatro carros-pipa para abastecer comunidades — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Plano de contingência
Com essas previsões, a Defesa Civil vai contratar quatro carros-pipa para abastecer comunidades que dependem de poços artesianos. Falcão explicou que os poços secam nesse período de seca e os domicílios que não possuem abastecimento pelo Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa) ficam sem água.
“Isso também não é uma novidade exclusiva do ano de 2021, mas está um pouco pior. A depender da gravidade, temos que tomar outras providências, por enquanto vamos atender aquelas comunidades que já estão sem água, que são diversas no perímetro, estamos só terminando o processo burocrático para contratar carros-pipas”, frisou.
Ainda segundo o major, esses caminhões tem capacidade de 10 a 16 mil litros de água. Ele confirmou que o Depasa também deve auxiliar nesse momento de crise, com auxílio de outros carros-pipa. “Isso é uma negociação que estamos fazendo com o Depasa”, assegurou.
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Comunidades que não são abastecidas com água do Depasa vão ser atendidas com carros-pipa — Foto: Divulgação/Depasa
Outras medidas
O major falou que há outros problemas que precisam de atenção no período de seca. Entre eles, estão com a agricultura e animais das comunidades rurais. É que a Defesa Civil precisa trabalhar junto com os produtores para levar água para os animais e ajudar no escoamento das produções.
“Em alguns lugares os animais ficam sem alimentos e, junto com os produtores, temos que buscar soluções. Temos a questão do escoamento, pessoas que só têm o rio. Uma forma de ajudar essas pessoas a terem um deslocamento, estamos com um grande problema agora com embarcação de pequeno porte porque não navegam mais. Inclusive, a própria Defesa Civil está com problemas na assistência humanitária para chegar na zona rural porque a embarcação não consegue chegar. Nossa carga é grande e precisamos, no mínimo, de uma embarcação média e não consegue navega”, lamentou.
Afogamentos
A Defesa Civil Municipal prepara também uma campanha de conscientização sobre os afogamentos que aumentar durante o período de estiagem. Um levantamento é do Corpo de Bombeiros divulgado no último dia 1º mostra um aumento significativo no número de mortes por afogamento registradas nos primeiros seis meses deste ano, com 29 vítimas fatais no Acre.
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Defesa Civil prepara caminha de orientação e conscientização sobre afogamentos — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Feijó
O número é mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 12 mortes em todo estado. Os casos foram registrados principalmente em rios, mas também ocorreram em açudes.
“Precisamos entender que o nível que o rio apresenta é um termômetro de toda outra situação que engloba todo município e o estado. Vamos entrar agora em uma campanha de educação sobre afogamentos porque temos uma lei municipal que prevê o mês de agosto como o mês de prevenção aquática porque os números de mortes por afogamento aumentam”, concluiu.
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ACRE
Encontro nacional debate pós-graduação em letras e linguística — Universidade Federal do Acre

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14 horas atrásem
2 de outubro de 2025
A Ufac sediou, nessa quarta-feira, 1, no Teatro Universitário, campus-sede a abertura do 39º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (Enanpoll). O evento termina na sexta-feira, 3, reunindo pesquisadores de diversas regiões para debater os rumos da pós-graduação e da pesquisa em letras e linguística no Brasil. É a primeira vez que o encontro, criado em 1984, ocorre na região Norte.
A reitora Guida Aquino destacou a importância da realização do encontro no Estado. “Por muito tempo, o Acre foi visto como distante. Hoje mostramos que o Estado é também espaço de centralidade, capaz de sediar debates nacionais e fortalecer a ciência produzida na Amazônia.”
O presidente da Anpoll, Gerson Albuquerque, ressaltou os desafios de organizar um evento em um país continental e destacou as assimetrias regionais. “Não navegamos todos no mesmo barco, embora tenhamos os mesmos objetivos. É preciso aprender a conviver com as diferenças e fortalecer a pós-graduação em todo o território.”
Integrante da comissão organizadora, Raquel Ishii contou que a realização do encontro no Acre é um marco histórico. Para ela, a escolha representa um movimento político de valorização das múltiplas centralidades acadêmicas, reconhecendo o Norte como parte integrante e produtora de conhecimento no país.
Após a execução do Hino Nacional, a programação seguiu com apresentação cultural da comitiva Hui Dewe Keneya, grupo do povo Huni Kui. O coletivo levou ao palco cantos e danças tradicionais que celebram a floresta e os ciclos da natureza, conectando ciência e cultura amazônica.
A primeira mesa-redonda do evento abordou o tema “As Diretrizes da Área de Linguística e Literatura para o Novo Ciclo Avaliativo”. O debate contou com a participação de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), José Sueli Magalhães, Solange Fiuza Cardoso Yokozawa e Luiza Helena Oliveira da Silva.
Também compuseram o dispositivo de honra na abertura a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufac, Margarida Lima; o coordenador da área de Linguística e Literatura da Capes, José Magalhães; o coordenador do Fórum das Ciências Humanas, Frederico Garcia.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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Mestranda da Ufac obtém prêmio em engenharia de software — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
1 de outubro de 2025
A aluna Victoria Cavalcante, do mestrado em Ciência da Computação (PPGCC) da Ufac, foi premiada durante o 39º Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software, que ocorreu em Recife em 22 e 26 de setembro. Ela ganhou na categoria Artigo Destaque na Trilha de Educação, com trabalho que discute desafios, boas práticas e inovações no ensino e treinamento em engenharia de software.
“Estar em um evento tão importante e ver nosso trabalho reconhecido dessa forma me encheu de orgulho e gratidão”, disse Victoria. “É o tipo de momento que dá sentido a todo o esforço investido.” Segundo a mestranda, o prêmio pode inspirar outros alunos e é um incentivo enorme para continuar os estudos e, ao mesmo tempo, um reconhecimento da qualidade da formação do PPGCC.
“A persistência supera o talento e a coragem é essencial”, concluiu. “Acreditem no potencial de vocês, persistam mesmo diante das dificuldades e nunca deixem de estudar, porque o conhecimento realmente transforma.”
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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