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FOTOS: Sem apoio de Bocalom, ex diretor da Zeladoria tirou 472 votos, e perde eleições

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Juscyhelison Oliveira Rosa Tavares,  “Jucy”, foi candidato ao cargo de deputado estadual do Acre nas Eleições 2022, pelo PL (Partido Liberal), e recebeu 472 votos.

Jucy possui 42 anos de idade, ensino médio incompleto, e já ocupou cargos de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Acre e diretor na ex secretaria municipal de zeladoria de Rio Branco.

Jucy ocupou cargo de proximidade com garis e margaridas, e se auto declarava “amigo dos garis“. Após externar sua candidatura no ambiente da ex secretaria municipal de zeladoria de Rio Branco, foi “convidado” a pedir exoneração, em julho deste ano (05/07/2022).



Durante as eleições, o ex-diretor não foi apoiado pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP) ou pelo secretário Joabe Lira, que apoiaram Antônio Morais (PSB), que também perdeu a disputa para deputado estadual. Comenta-se existir desavenças e arrestas recíprocas. 

Derrotado nas urnas, o futuro de Jucy é incerto. Nos bastidores, comenta-se que o prefeito Tião Bocalom (PP) não reconduzirá Jucy ao antigo cargo na atual Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade – SMCCI, em razão de supostos “problemas internos entre Jucy e o secretário Joabe Lira“.

Entretanto, apesar de exonerado, Juscyhelison Oliveira Rosa Tavares, está atualmente nomeado como fiscal de contrato substituto, conforme PORTARIA INTERNA N°.189, DE 13 DE SETEMBRO DE 2022, publicada no Diário Oficial do Estado, edição nº. 13.372, de 19/09/2022, fls. 202, assinada pelo secretário Joabe Lira

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OAB na cola e pressão do STJ: o futuro da advogada suspeita de vender sentenças

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OAB na cola e pressão do STJ: o futuro da advogada suspeita de vender sentenças

Laryssa Borges

Era o início do segundo semestre quando a cúpula do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi notificada sobre suspeitas de que a advogada Caroline Azeredo, ex-servidora de um dos gabinetes da Corte, integrava um grupo que vendia decisões judiciais de ministros no segundo tribunal mais importante do país. As revelações, tornadas públicas por VEJA em outubro, levaram magistrados do STJ a cobrar providências contra a permanência de Caroline nos quadros da advocacia e elencar outros profissionais que, a pretexto de manter contatos próximos com servidores e com os filhos dos próprios juízes, também poderiam estar vendendo influência sobre sentenças.



Na primeira fase da investida contra Caroline, a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu preventivamente o registro profissional da advogada e abriu um processo disciplinar para apurar o caso. Partiu do ex-marido de Caroline a denúncia de que ela negociava com um assessor da ministra do STJ Nancy Andrighi uma lista de processos para que, nas palavras do denunciante, “realizasse os achaques” às partes.

Em um dos casos, o alvo da tentativa de extorsão foi o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal Wellington Luiz (MDB), a quem teria sido discutido exigir o pagamento de 500.000 reais em propina em troca de uma decisão favorável do gabinete de Andrighi. Em nota a VEJA na época das revelações, ela negou irregularidades e atribuiu as acusações à vingança do ex. O assessor foi afastado e responde a um processo administrativo disciplinar.

VEJA teve acesso a despachos sigilosos do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB sobre a situação profissional de Caroline. Segundo a OAB, “os elementos em questão reforçam as suspeitas de que a representada teria participado de uma rede estruturada de tráfico de influências para obtenção de decisões judiciais mediante pagamento de propinas, prática que, segundo as investigações preliminares, conta com ampla repercussão e potencial prejuízo à imagem da advocacia”. O caso é investigado pela Polícia Federal.

A PF rastreou as entradas e saídas da advogada do país desde 2008. O último registro de viagem ao exterior é de 23 de setembro passado, sem anotações de data de retorno. Caroline passa temporadas no exterior e, desde que o caso veio à tona, não retornou ao Brasil, conforme dados do Sistema de Tráfego Internacional da polícia. Mesmo no período das investigações, em suas redes sociais posta registros de momentos de lazer e festas em praias da Europa. Em uma ocasião recente, posou no bairro de Notting Hill, em Londres. Alheios à vida pessoal da advogada, o processo disciplinar na OAB e as apurações sobre tráfico de influência e venda de decisões judiciais seguem a todo vapor.

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De senador a Lula: ‘Flávio Dino é mesmo seu amigo?’

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De senador a Lula: ‘Flávio Dino é mesmo seu amigo?’

Marcela Mattos

O presidente Lula teve de convocar às pressas uma reunião com os principais caciques do Congresso na última segunda-feira, 9, para tentar aplacar a crise com o Congresso envolvendo as emendas parlamentares. O impasse foi gerado após uma série de decisões do ministro Flávio Dino, cuja atuação à frente do Supremo Tribunal Federal (STF) discutida durante o encontro.

Na reunião, Lula já não se sentia bem. O presidente dava sinais de abatimento e relatava sentir dor de cabeça, mas precisava resolver o problema com os congressistas. Ele saiu do encontro um pouco mais cedo e foi direto ao hospital. Ao ser constatada uma hemorragia, decorrente de um acidente doméstico que teve em outubro, ele foi levado para São Paulo e passou por uma cirurgia no crânio na mesma madrugada.

A urgência do encontro com os parlamentares foi motivada pela negativa do ministro Flávio Dino a uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU), o braço de defesa do governo. O órgão pedia a reconsideração de decisão que liberou o pagamento das emendas parlamentares, bloqueadas por ordem do ministro desde agosto, mas que trazia uma série de exigências para a aplicação dos recursos, dificultando a liberação das verbas ainda neste ano.

A posição de Dino gerou irritação entre parlamentares e respingou no governo justamente no momento em que o Planalto precisa aprovar num prazo exíguo o pacote de ajuste fiscal, medida que encontra resistência inclusive entre os aliados. Deputados e senadores entram em recesso já no fim da próxima semana, com previsão de retomarem os trabalhos apenas em fevereiro.

Congresso vê tabelinha Dino-Lula

Na conversa com Lula, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) levaram ao presidente a mensagem de que, no Congresso, é grande a suspeita de que Dino e Planalto fazem um jogo combinado. Lula, como se sabe, já questionou algumas vezes o tamanho da verba destinada a deputados e senadores – neste ano, o montante chegou à cifra de 50 bilhões de reais.

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Governistas, então, rebateram dizendo que seria um grande erro do governo tomar qualquer iniciativa que sabidamente incomodaria num momento em que eles mais precisam do Congresso. Foi aí que a atuação de Dino foi questionada. O senador Otto Alencar (PSD-BA) tentou desanuviar o ambiente fazendo uma piada. “Presidente, o Flávio Dino é mesmo seu amigo?”, questionou, indicando que, apesar da relação antiga, Dino estaria atrapalhando. Lula apenas esboçou um sorriso e não levou o assunto adiante.

Interlocutores do governo afirmam que o presidente chegou a procurar Flávio Dino para dizer que precisava de ajuda e que a boa relação com o Congresso dependia disso. O ministro, porém, rejeitou o pedido da AGU, sob o argumento de que os pactos políticos “não são superiores à Constituição”.

Houve duas interpretações ao parecer. Do lado político, o caldo entornou de vez e, na sequência, uma manobra impediu a leitura do relatório que regulamenta a reforma tributária. Mas, no encontro com Lira e Pacheco, o ministro Rui Costa explicou que a decisão de Dino não era tão dura assim e que ela inclusive criava condições para a liberação imediata das emendas ainda neste ano.

O chefe da Casa Civil também prometeu a edição de uma portaria que abrisse o caminho para o despejo de cerca de 7 bilhões de reais ainda neste ano – o documento, como prometido, foi tornado público em menos de 24 horas. Dino não teve nenhuma objeção ao parecer do governo, que já começou a depositar o dinheiro e, assim, conseguiu melhorar o ânimo do Congresso.



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A promessa da picanha barata atormenta Lula

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A promessa da picanha barata atormenta Lula

Daniel Pereira

Apresentada na campanha passada como símbolo do compromisso do PT com o combate à inflação, a promessa de Lula de baratear o preço da picanha e do churrasco no fim de semana continua a assombrar o presidente. No período de doze meses encerrado em novembro, a inflação oficial atingiu 4,87%, acima do teto da meta fixada para este ano pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%.

O resultado contribuiu, junto com a escalada do dólar e o descontrole das contas públicas, para que o Banco Central (BC) anunciasse na última quarta-feira, 11, um aumento de um ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, a fim de conter a onda inflacionária. Em novembro, o aumento dos preços foi puxado pelas passagens aéreas e — aí está o desafio de Lula — pelo grupo alimentos e bebidas, que registrou alta de 1,55%. No caso específico das carnes, o encarecimento foi de 8%.

Fatura salgada

Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, horas antes da decisão do BC sobre juros, revelou o grau de insatisfação com a carestia. Do total de entrevistados, 68% disseram que o poder de compra dos brasileiros hoje é menor do que há um ano. Em outubro, eram 61%. Já 78% afirmaram que o preço dos alimentos nos mercados subiu, ante 65% em outubro.

A inflação é tão preocupante que o BC já anunciou que aumentará a taxa básica de juros em um ponto percentual em cada uma das próximas duas reuniões em que tratar do tema. Apesar de o PT sempre minimizar o problema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dá a ele a dimensão correta, por entender que, se não for debelado, pode neutralizar os efeitos positivos decorrentes do aumento do emprego e da renda do trabalhador.

Perguntados sobre o desempenho da economia nos últimos doze meses, só 27% responderam que melhorou, ante 33% em outubro. Esse sentimento de reprovação é substituído por um tanto de otimismo sobre o futuro, já que subiu de 45% para 51% o total dos que apostam que a economia melhorará no próximos doze meses.  O desafio do governo é não frustrar promessas e expectativas. Não será fácil se a conta do supermercado — e do churrasquinho — continuar salgada.



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