NOSSAS REDES

MUNDO

Álcool: o que fazer para reduzir o consumo da bebida – 12/11/2024 – Equilíbrio e Saúde

PUBLICADO

em

Gabriela Bonin

Esta é a edição da newsletter Cuide-se. Quer recebê-la no seu email? Inscreva-se abaixo:

Você já deve ter ouvido falar que “beber uma taça de vinho por dia faz bem para a saúde do coração“. Mas, de acordo com a ciência, isso não é verdade.

Não há uma dose segura de álcool, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e com estudos mais recentes.

↳ Na tentativa de calcular uma quantidade que não causaria danos à saúde, pesquisadores do Global Burden of Disease (GBD) concluiram que ela é, basicamente, zero.

A conclusão contraria estudos anteriores que diziam que pequenas doses de álcool poderiam ser fator de proteção para doenças cardiovasculares e diabetes. Tais pesquisas, de acordo com o psiquiatra Vitor Blazius, tinham erros metodológicos que levaram a associações incorretas.

Dizer que não existe uma dose segura, no entanto, não significa que beber menos não seja mais seguro, pontua Pedro Starzynski Bacchi, psiquiatra e coordenador de pesquisa do Programa de Mulheres Dependentes de Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (USP).

  • “Quanto maior a quantidade de dose diária, maior o risco de desenvolver doenças, de incapacitação e de morte. Não existe dose segura, mas quanto menos beber, melhor.”

Para quem for consumir, a recomendação é de, no máximo, uma dose por dia para mulheres e duas doses por dia para homens, explica Bacchi.

  • Uma dose equivale a 14 gramas de álcool: uma cerveja (350ml) ou uma taça de vinho (150ml) ou uma dose de destilado (45ml).

Esses valores não são consenso nas diretrizes de todos os países. No Canadá, por exemplo, o limite é de duas doses por semana.

Há mais consenso quando falamos em uso abusivo, explica Blazius: mais do que quatro doses para mulheres e cinco doses para homens numa única ocasião.

“Se uma pessoa beber uma taça de vinho uma vez por semana, a chance de ter um problema por causa disso é muito baixa, se ela não tiver outras condições de saúde. Agora, beber ao longo de anos, mais vezes por semana, começa a ser muito mais relevante”, diz o psiquiatra.

Os riscos à saúde são muitos. O consumo de bebida alcóolica mata 12 pessoas por hora no Brasil, de acordo com um estudo recente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Algumas das doenças associadas ao álcool são: as hepáticas (fígado), as cardiovasculares, as gástricas, cânceres (de cólon, mama, fígado, esôfago, garganta…), pancreatites e diabetes. Além de questões de saúde mental, como depressão e ansiedade.

O consumo também leva a atitudes e ações que podem causar danos, como acidentes de trânsito, comportamento sexual de risco e violência, complementa Bacchi.

Veja, então, dicas para quem quer reduzir ou repensar a quantidade de álcool que ingere:

1. Reflita sobre seu padrão de consumo

Em quais ocasiões a bebida realmente tem uma função importante? E em quais não talvez não tenha? Ter essa visão mais crítica é importante, de acordo com Bacchi.

↳ Você não precisa abrir mão da taça de champanhe no Natal, mas pode deixar de lado a bebida no final de um dia puxado.

“Entenda se seu consumo tem um padrão sociocultural ou se é, por exemplo, uma forma de lidar com estresse ou ansiedade. Nesse caso, pode haver uma outra atividade que cumpra essa função”, orienta o pesquisador da USP.

2. Vai beber? Planeje-se

Tem uma festa no fim de semana? Tenha um planejamento em mente, caso queira beber menos do que está acostumado. Bacchi lista três pontos:

  • Hidratação: uma dose, uma garrafa de água. “A ideia de que a água contrapõe ao efeito do álcool é um mito. Ela faz com que você tenha o efeito sem se desidratar, de uma forma menos tóxica”, explica o psiquiatra.

  • Alimentação: nunca beba de barriga vazia. Comer algo com gordura —castanhas, abacate, salmão etc— antes ajuda a diminuir a velocidade de absorção do álcool.

  • Metas: use métricas de tempo para reduzir a quantidade. Por exemplo: vou beber uma cerveja a cada X tempo.

3. Compartilhe com as pessoas

Fale para seus amigos ou familiares que você está tentando beber menos. Alguns podem não entender, mas ter o suporte de quem está próximo ajuda.

4. Tente ficar duas ou três semanas sem beber

É um bom começo para quem quer zerar a bebida e um ótimo teste para quem quer reduzir o consumo. Isso porque a substância tem um efeito cumulativo que geralmente não é percebido, explica Bacchi.

Como o efeito agudo do álcool —a ressaca, por exemplo— passa depois de um ou dois dias, as pessoas tendem a voltar a beber no final de semana seguinte.

“Se você fica mais tempo sem usar, como três semanas ou um mês, você volta para um padrão de cognição e de saúde mental que é diferente do que nesses ciclos de fim de semana”, diz o psiquiatra.

5. Busque ajuda

“Quando algum problema envolve o álcool, na maior parte das vezes o problema é o álcool”, diz Blazius. “Por exemplo: se um casamento vai mal e tem álcool envolvido, as chances dele ser o problema são muito grandes.”

E não é preciso esperar que algo grave aconteça. Se quiser beber menos, mas sentir muita dificuldade no processo, um médico psiquiatra ou um psicólogo podem ajudar.



Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

PUBLICADO

em

Esse cãozinho bastante ferido pediu socorro em uma delegacia no Recife (PE), com um chicote de moto no pescoço dele. Foi atendido na hora. Foto: PRF

Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!

Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.

Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!

Ato de resistência

A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.

Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.

Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.

Leia mais notícia boa

Histórico de discriminação

Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.

Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.

A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.

Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”

Internet apoia

Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.

“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.

Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.

“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.

O racismo tem que acabar!

Veja como foi a manifestação dos estudantes:

O recado foi certeiro: não passarão!

Uma verdadeira festa da democracia:



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

PUBLICADO

em

O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.

Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.

Carros com maiores descontos

Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:

  • Renault Kwid: queda de 12,5%
  • Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
  • Honda HR-V: queda de 8,29%
  • Fiat Argo: queda de 7,73%
  • Fiat Mobi: queda de 6,06%
  • Hyundai Creta: queda de 5,88%
  • Volkswagen Polo: queda de 1,27%
  • Chevrolet Onix: queda de 0,43%

Leia mais notícia boa

Impacto para motoristas

Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.

Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.

Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.

Impacto nos preços

De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.

O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.

A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.

Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.

Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.

O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. - Foto: Divulgação O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

PUBLICADO

em

O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os  conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.

Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.

Como vai funcionar

A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.

Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.

Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.

Leia mais notícia boa

O que os resultados vão mudar

Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.

A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.

O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).

Como fazer as inscrições

Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.

A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.

Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).

Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.

O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS