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Como pode a UE competir com os EUA, a China e outros? – DW – 09/11/2024

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Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro italiano, participou numa cimeira informal de ministros na sexta-feira em Budapeste, onde expôs mais uma vez aos 27 chefes de estado e de governo da UE como o União Europeia poderia recuperar a sua vantagem competitiva face aos EUA e à China.
Em setembro, Draghi apresentou um Relatório de 400 páginas sobre o tema numa cimeira da UE em Bruxelas. Na época, não houve muito tempo para discutir os detalhes das propostas de Draghi. A cimeira de Budapeste, organizada pela Hungriaque atualmente ocupa a presidência do Conselho da União Europeia, foi uma oportunidade para cobrir o que foi perdido.
Uma questão que Draghi destacou em particular foi que o tempo está a esgotar-se. A União Europeia precisava de tomar medidas decisivas se quisesse acompanhar o ritmo, advertiu. Após terça-feira reeleição do republicano dos EUA Donald Trumpque ameaçou impor tarifas massivas sobre produtos importados, o economista italiano disse que “o sentimento de urgência é maior do que há uma semana”.
O que recomenda o relatório de Draghi?
Há doze anos, durante a crise da dívida soberana europeia, foi Draghi, como chefe do BCE, quem manteve a moeda única europeia à tona e salvou os Estados-membros da UE com dificuldades de caixa. A sua famosa frase prometendo “tudo o que for preciso” para reforçar o euro ajudou a tranquilizar os mercados financeiros.
Então, que sugestões ele faz para a situação atual?
1. Para acompanhar o ritmo dos EUA e da China, a Europa deveria investir até 800 mil milhões de euros (857 mil milhões de dólares) em investigação e desenvolvimento, infra-estruturas e defesa. Isso elevaria o investimento total de 22% para 27% do produto interno bruto (PIB) da UE. No entanto, seria necessário inverter a tendência actual em muitos Estados-Membros de redução dos investimentos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a UE crescer apenas 1,2% nos próximos anos, mas prevê o dobro do crescimento para os EUA.
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2. A UE deve comprometer-se com a emissão regular de obrigações comuns para financiar investimentos públicos em projetos partilhados. O bloco primeiro assumiu a dívida partilhada, na qual os membros da UE reúnem colectivamente obrigações financeiras, para mitigar os efeitos da crise. COVID 19 pandemia. Na altura, a ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o seu ministro das Finanças, o actual chanceler Olaf Scholzconcordou que deveria permanecer um acordo único. Mas Draghi instou a UE a desenvolver um mercado de capitais integrado, tal como nos Estados Unidos, onde o capital e o tráfego de crédito sem fronteiras podem ajudar a mobilizar investimentos de capital de risco.
3. A UE precisa de reduzir a sua dependência das cadeias de abastecimento da China e dos clientes chineses. Em vez disso, deve encontrar uma forma de combater a concorrência chinesa subsidiada pelo Estado. A indústria europeia também deve tornar-se mais independente das matérias-primas e dos fornecedores de peças da China. Depois dos EUA, a China é atualmente o segundo maior parceiro comercial da UE.
4. A Europa precisa de manter as indústrias e empresas tecnológicas chave existentes e promover novas, melhorando as condições para as empresas. Actualmente, alertou Draghi, muitas empresas que aspiram a crescer estão a transferir a sua produção para fora da Europa. O presidente eleito dos EUA, Trump, prometeu impor tarifas sobre produtos europeus e transferir a produção para os EUA, o que só aumentará a actual pressão económica. Draghi apelou a uma estratégia industrial unificada para reforçar as empresas nacionais e aumentar a produtividade.
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5. A UE precisa de simplificar os canais de tomada de decisão e reduzir a burocracia excessiva e dispendiosa. “A Europa não coordena onde é importante, (e) as regras de tomada de decisão da Europa não evoluíram substancialmente à medida que a UE se alargou e o ambiente global que enfrentamos se tornou mais hostil e complexo”, disse Draghi numa conferência de imprensa em Setembro. Acrescentou que a legislação exigia uma média de 19 meses, o que era demasiado longo. Em 2019, ele disse que a UE emitiu 13.000 leis que regulamentam a sua economia, enquanto os EUA emitiram apenas 3.000. “Isso (fato) faz você pensar: ‘Podemos fazer um pouco menos e podemos estar um pouco mais focados?'”, concluiu.
E agora?
Os líderes da UE emitiram uma declaração conjunta na qual saudaram as recomendações de Draghi, mas resta saber com que rapidez as seguirão.
O maior ponto de discórdia continua a ser a emissão de dívida colectiva para financiar o investimento. Países como a Alemanha, a Áustria e os Países Baixos opõem-se à ideia, enquanto a França e a Itália manifestaram a sua vontade de retomar obrigações partilhadas. O novo Comissão Europeiaque assumirá o cargo em dezembro, será chamado a desenvolver propostas sobre como financiar investimentos.
Reduza a burocracia
Uma estratégia industrial unificada também se revelará difícil, dado que os estados membros da UE competem entre si para atrair empresas que proporcionem empregos e receitas fiscais aos seus países. O chanceler austríaco Karl Nehammer alertou contra a consideração da dívida colectiva antes de desenvolver projectos conjuntos.
O Chanceler alemão Scholz, que também viajou para Budapeste apesar da agitação desta semana colapso de sua coalizão governamentalsugeriu reduzir alguma burocracia. “A burocracia vem se acumulando há décadas”, disse ele na cúpula. “Agora precisamos reduzi-lo em um curto espaço de tempo. Tudo para que possamos ter crescimento e oportunidades no futuro.”
Há pessoas na UE que há muito desejam eliminar a burocracia, a burocracia tediosa e a documentação excessiva para facilitar a tomada de decisões. O primeiro a expressar tal ideia foi o antigo primeiro-ministro da Baviera, Edmund Stoiber, que passou oito anos em Bruxelas. Suas recomendações na época caíram em ouvidos surdos.
Este artigo foi publicado originalmente em alemão.
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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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16 horas atrásem
27 de setembro de 2025
A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.
A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.
A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.
Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.
“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.
A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.
Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.
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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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