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Governo do Estado utiliza Programa de Aquisição de Alimentos para auxiliar indígenas afetados pela cheia do Rio Acre

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Samuel Bryan

O governo do Acre está utilizando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para garantir a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade devido à cheia do Rio Acre. Entre os beneficiados estão cerca de 65 indígenas do Povo Huni Kuin, alojados no Parque de Exposições, em Rio Branco.

Cerca de 65 indígenas do Povo Huni Kuin beneficiados pelo PAA estão alojados no Parque de Exposições. Foto: Diego Gurgel/Secom

O PAA, iniciativa do governo federal executada pelo Estado, compra alimentos da agricultura familiar e os destina a instituições que prestam assistência social. No Acre, o programa atende organizações como hospitais, unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Instituto Socioeducativo (ISE). Entre as instituições cadastradas, está a Cozinha Solidária Marielle Franco, que, além de produzir milhares de refeições, também recebe e distribui os alimentos às comunidades mais necessitadas.

Segundo a técnica da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Maria da Conceição Almeida, o programa gera impacto tanto para quem produz quanto para quem recebe os alimentos.

PAA compra alimentos da agricultura familiar e os destina a instituições que prestam assistência social. Foto: Diego Gurgel/Secom

“O PAA é fundamental para os produtores e para as instituições que estão cadastradas. Hoje estamos entregando os produtos aqui, mas também atendemos o Restaurante Popular, a Cozinha Comunitária, a Fundhacre [Fundação Hospital Estadual do Acre] e diversas casas terapêuticas. Além de garantir renda para os agricultores, o programa proporciona uma alimentação de qualidade e valor nutricional para quem precisa”, analisa.

Alimentos frescos e sem agrotóxicos

Na manhã desta terça-feira, 18, o governo do Estado, por meio do PAA, está garantindo o fornecimento de alimentos variados, como banana (prata e comprida), macaxeira, jerimum, açaí, mamão e farinha para os indígenas afetados pela cheia, e as entregas para as várias instituições beneficiadas são realizadas quase que diariamente.

Governo do Estado, por meio do PAA, está garantindo o fornecimento de alimentos variados. Foto: Diego Gurgel/Secom

A secretária de Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara, destaca que o suporte alimentar chega em um momento crítico para os indígenas afetados pela cheia: “Estamos com cerca de 65 pessoas alojadas aqui no Parque de Exposições. O PAA tem sido fundamental para garantir segurança alimentar e nutricional para essas famílias. É um reforço que chega pelo governo do Estado, que tem trabalhado em conjunto com várias secretarias, como a Seagri, a Assistência Social, a Prefeitura de Rio Branco e o Gabinete da Vice-Governadora”.

A gestora também enfatizou a preocupação do governador Gladson Camelí em garantir assistência tanto aos indígenas que vivem nos 36 territórios tradicionais quanto aos que estão em contexto urbano.

“O acolhimento que o governo tem dado é essencial. Estamos respeitando a cultura indígena, oferecendo um espaço onde eles podem se alimentar bem, dançar, fazer artesanato e manter suas tradições. Esse olhar cuidadoso do Estado faz a diferença”, reforça a secretária.

Secretária de Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara destaca que suporte alimentar chega em momento crítico para indígenas afetados pela cheia. Foto: Diego Gurgel/Secom

Produtora destaca importância do PAA

Representando uma associação com 180 integrantes, Elida Guimarães, agricultora na Estrada de Porto Acre, acompanhou a entrega de alimentos aos Huni Kuin alojados no Parque de Exposições.

Os produtos foram cultivados sem agrotóxicos, respeitando a qualidade nutricional e cultural dos alimentos consumidos pelas comunidades indígenas. Para ela, o PAA tem um papel fundamental na valorização da produção local e no fortalecimento da economia rural.

Para Elida Hilário Guimarães, o PAA representa mais do que uma oportunidade de venda. Foto: Diego Gurgel/Secom

“O PAA tem uma importância muito grande para cada um de nós, produtores. Ele compra a nossa produção e paga na hora certa, o que é essencial para manter nosso trabalho. Quando temos uma produção grande, buscamos a Secretaria de Agricultura e sempre recebemos apoio. Hoje, fazer essa entrega para os indígenas é muito gratificante para nós”, conta a emocionada produtora.

Elida destaca que o programa não beneficia apenas os consumidores finais, mas também oferece segurança para os agricultores, garantindo que o alimento produzido chegue a quem mais precisa sem desperdício.

PAA beneficia consumidores finais e oferece segurança para os agricultores. Foto: Diego Gurgel/Secom

“Esse programa nos dá tranquilidade, porque sabemos que nossa produção será adquirida e destinada a boas causas. Essa entrega de hoje, como tantas outras que fazemos ao longo do ano, nos enche de orgulho. Ver os indígenas recebendo esses alimentos, sabendo que estamos contribuindo para a alimentação deles, é uma maravilha”, reforça.

PAA tem como principais objetivos promover a segurança alimentar, fortalecer a agricultura familiar e incentivar o desenvolvimento econômico. Foto: Diego Gurgel/Secom

Os agricultores interessados em fornecer produtos ao PAA devem possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e acompanhar os editais lançados pelos governos estaduais, municipais e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O programa permite que os produtores vendam seus alimentos ao governo por preços justos, gerando renda e movimentando a economia local.

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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