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Jovem da periferia quer criar biblioteca comunitária para transformar a vida de crianças com a leitura. Doe na vaquinha

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'O Agente Secreto', novo filme com Wagner Moura, está confirmado e vai concorrer em Cannes. É o cinema brasileiro brilhando de novo. - Foto: Victor Jucá/Primeiro Plano

Olha que ideia linda e que pode mudar a vida de mais de 300 crianças!  A Jeane tem 37 anos e mora praticamente a vida inteira no Morro Bela Vista, na periferia do Guarujá, litoral de São Paulo. Ela sabe, como poucos, dos problemas que moradores de comunidades enfrentam e um dos maiores é sobre educação. Nasceu aí o desejo de criar uma biblioteca comunitária no local.

Mãe do pequeno Théo, de 8 anos, ela teve uma vida marcada por desafios e superações e sempre superava cada um deles através de livros. Agora, ela quer realizar um sonho antigo: criar a primeira biblioteca da região onde vive, com livros que representem as crianças da periferia, com histórias que elas possam se enxergar.

Mesmo enfrentando crises de depressão, dificuldades financeiras, deslizamentos de terra e o racismo contra o próprio filho na escola, ela seguiu em frente com este propósito único: lutar pelos seus e pelos da comunidade onde mora.

Desafios

Jeane nasceu na cidade de Itagi, no interior da Bahia, mas mudou-se ainda criança para São Paulo com a mãe e as irmãs, em busca de melhores oportunidades. A vida na periferia não foi fácil, mas desde cedo ela aprendeu que estudar era a melhor forma de transformar a realidade.

A ideia surgiu de um desejo profundo de retribuir o que a leitura fez por ela. Quando tinha 11 anos, ainda recém-chegada da Bahia, ganhou um exemplar usado de “O Pequeno Príncipe”. Desde então, Jeane nunca mais deixou de acreditar no poder transformador da educação.

Com apenas 11 anos, venceu um concurso de redação na escola. Aos 18, formou-se no magistério. Mais tarde, com muito esforço, conquistou uma bolsa integral para cursar Letras e começou a trabalhar no serviço público, atuando diretamente com a comunidade.

Foram quase dez anos servindo como Agente Comunitária de Saúde no Morro Bela Vista. Foi nesse tempo que ela viu de perto as dores e os desafios da periferia — e sentiu, ainda mais forte, o desejo de fazer algo que fosse além do trabalho.

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“Poder Preto Kids”

Em 2019, depois de deixar o funcionalismo público por questões de saúde, Jeane criou o projeto “Poder Preto Kids”. O objetivo era levar autoestima, saúde emocional e acolhimento para crianças negras da periferia. O projeto começou pequeno — no primeiro ano, apadrinhou apenas uma criança no Natal — mas cresceu com o tempo.

Em 2021, mesmo enfrentando episódios de depressão, problemas familiares e o luto por conta de um deslizamento de terra que abalou a comunidade, ela conseguiu apadrinhar 200 crianças. Tudo com o apoio de parceiros como a psicóloga Elizabete e a educadora Silmara, ambas da capital paulista.

Nos últimos anos, o projeto realizou ações nas escolas, workshops sobre sentimentos, rodas de leitura e apresentações com foco no protagonismo negro. E foi assim que Jeane também se tornou escritora — lançou dois livros, um deles voltado para o público infantojuvenil, chamado “Um Colo de Amor”, que fala sobre emoções de forma acessível para crianças.

Uma biblioteca feita com amor

Hoje, Jeane tem em casa mais de 60 livros infantis e juvenis, muitos deles com histórias protagonizadas por crianças negras. Ela quer que essa coleção seja o ponto de partida para uma biblioteca comunitária. “Meu sonho é que as crianças daqui possam ver seus rostos, suas histórias, suas famílias dentro dos livros”, conta.

Ela acredita que abrir uma biblioteca no Morro Bela Vista pode mudar o rumo de muitas infâncias — assim como a leitura mudou a dela. A ideia é transformar um espaço simples em um lugar de escuta, aprendizado, encontros e descobertas.

Sem apoio financeiro no momento, Jeane segue batalhando para tornar o projeto realidade. Em dezembro do ano passado, com ajuda da Fundação Fenômenos, levou 70 crianças ao Parque da Mônica, em São Paulo. Agora, espera que até o fim de 2025 consiga não apenas apadrinhar 300 crianças no Natal, mas também inaugurar sua tão sonhada biblioteca.

Ajude

Jeane sonha grande, mas sempre com os pés fincados na comunidade. “Tenho ambições individuais, mas nenhuma delas é maior do que as minhas ambições coletivas”, afirma. Ela quer mostrar que a periferia também pode ser um lugar de sonhos realizados, de educação potente e de futuros brilhantes.

Para isso, ela conta com o apoio de quem acredita na força da leitura, da infância e do amor em forma de cuidado. Toda ajuda — seja com livros, apoio financeiro ou divulgação — é bem-vinda.

A biblioteca já tem nome: Sementes de Carolina de Jesus. Agora podemos tornar esse projeto realidade

Porque, às vezes, tudo que uma criança precisa é de um livro, um olhar e um colo de amor.

Doe no Pix:

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ou pelo site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

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A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

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Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



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China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.

Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.

A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.

Trabalho em parceria

A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.

Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.

Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.

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Expectativas de aplicações sociais

A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.

De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.

Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik



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