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Podem os EUA e os seus aliados monitorizar as sanções à Coreia do Norte? – DW – 24/10/2024

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Um novo organismo internacional que opera fora do quadro da ONU pretende monitorizar Coréia do Nortecumprimento das sanções, substituindo um painel de especialistas da ONU sete meses depois Rússia bloqueou a renovação do mandato do painel.

A Equipa de Monitorização de Sanções Multilaterais inclui os EUA, Canadá, Coreia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Itália.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse que o grupo está aberto à adesão de outros estados, incluindo nações do Sul Global.

“O objetivo do novo mecanismo é ajudar a plena implementação das sanções da ONU (à Coreia do Norte), publicando informações baseadas em uma investigação rigorosa sobre violações de sanções e tentativas de evasão”, acrescentou o comunicado.

Rússia tornou o Conselho de Segurança ‘efetivamente extinto’

Analistas alertam que esta tarefa provavelmente se tornará cada vez mais difícil devido a crescente parceria estratégica entre a Rússia e a Coreia do Norte. Os dois países partilham uma fronteira terrestre com ligações rodoviárias e ferroviárias e estão determinado a estreitar laços militares e económicos.

Mesmo antes Vladimir Putin da Rússia visitou Pyongyang e conheci Kim Jong Un em Junho, a Rússia usou o seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para desmantelar o mecanismo de monitoramento anterior. Segundo os EUA, isso aconteceu depois que o painel da ONU detalhou Aquisição de equipamento militar e munições pela Rússia da Coreia do Norte.

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“O Conselho de Segurança da ONU extinguiu-se efetivamente devido à recusa da Rússia em cooperar com os outros membros permanentes”, disse Park Jung-won, professor de direito na Universidade Dankook.

Esta semana, os EUA disseram ter visto “evidências” de que tropas norte-coreanas estão na Rússia, com Seul reivindica 3.000 soldados de elite norte-coreanos estão atualmente treinando em solo russo para junte-se à batalha na Ucrânia.

Substituindo a ONU

Mesmo assim, dizem os analistas a pressão contínua sobre Pyongyang é importante enquanto o país isolado tenta obter equipamento militar avançado.

“Se a ONU estiver paralisada, então cabe a outros Estados com uma preocupação legítima aplicar essas sanções contra Estados pária”, disse Park à DW, acrescentando que “ao abrigo do direito internacional, é teórica e legalmente possível que as nações aliadas trabalhem em conjunto”. “para aplicá-lo.

Marcando o início deste novo mecanismo, o vice-secretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell, disse aos repórteres em Seul que “a Rússia continuou a usar mísseis balísticos e outros materiais adquiridos ilegalmente (da Coreia do Norte) para promover o seu ataque ilegal à Ucrânia”.

“Mais recentemente, a Rússia e, em alguns casos, a China bloquearam algumas arenas de cooperação associadas a essas atividades perigosas e provocativas”, disse ele.

Coreia do Norte ameaça vingança contra novo grupo de monitoramento

Pyongyang respondeu à notícia com raiva, com o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choi Sun-hui, chamando a organização de “ilegal e ilegítima” e alertando que os países participantes “pagarão um preço caro”, segundo a mídia estatal.

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As primeiras sanções da ONU foram impostas à Coreia do Norte em 2006, pouco depois de ter realizado o seu primeiro teste nuclear subterrâneo. A Resolução 1718 proíbe a exportação de alguns equipamentos militares e bens de luxo para a Coreia do Norte, com resoluções subsequentes que endurecem as sanções após novos testes nucleares e lançamentos de foguetes.

Os EUA, União Europeia e o Japão também impuseram as suas próprias sanções a Pyongyang, num esforço para convencê-lo a abandonar as suas armas nucleares. As sanções de Tóquio também visam encorajar a Coreia do Norte a libertar cidadãos japoneses raptados nas décadas de 1970 e 1980.

Nos últimos anos, vários países identificaram navios norte-coreanos que realizavam transferências arriscadas entre navios de mercadorias proibidas, incluindo óleo combustível, no mar ao largo da Península Coreana.

Park, da Universidade Dankook, acredita que o novo painel de monitorização poderá obter melhores resultados do que o painel da ONU.

“Pode muito bem revelar-se mais eficaz em termos da implementação efectiva de sanções, uma vez que a unidade da ONU era mais burocrática e exigia muito mais discussão antes de se chegar a um acordo sobre um curso de acção”, disse ele. “Esse não será o caso agora.”

Mudanças geopolíticas jogam a favor de Pyongyang

Ao mesmo tempo, outros questionam se a Equipa Multilateral de Monitorização de Sanções pode ser eficaz com os vizinhos da Coreia do Norte, a Rússia e China sendo também os aliados mais próximos de Pyongyang.

Uma TV ainda supostamente mostra as posições de um navio russo saindo de um porto norte-coreano, carregado de armas
A Coreia do Sul há muito afirma que a Coreia do Norte enviava enormes quantidades de projéteis de artilharia para a Rússia.Imagem: Kim Jae-Hwan/Sopa/Zuma/aliança de fotos

“A Rússia não está realmente interessada em sancionar a Coreia do Norte agora”, diz Ben Ascione, professor assistente de relações internacionais na Universidade Waseda, em Tóquio.

“Quando o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução em 2017, tanto a China como a Rússia concordaram em cooperar com o resto do mundo para sancionar o Norte e tentar pressioná-lo a desistir das suas armas nucleares”, disse ele à DW. “Mas a relação entre a Rússia e a Coreia do Norte mudou completamente, com Pyongyang a enviar agora tropas para combater na Ucrânia.”

E embora a nova aliança possa ser mais capaz de monitorizar os movimentos de navios suspeitos que possam tentar escapar às sanções, este “jogo de gato e rato” já se tornou mais difícil com Moscovo e Pyongyang a intensificarem as transferências de equipamento militar, bens e combustível. por trem ou navios que permanecem nas águas territoriais da costa leste das duas nações.

“As sanções são ferramentas que podem ser usadas para exercer pressão, mas a ideia de que de repente seremos capazes de ter uma aplicação perfeita e fazer com que Pyongyang ceda é, creio eu, irrealista”, disse ele.

Editado por: Darko Janjevic



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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