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Produtores têm até 30 de junho para imunizar seus rebanhos contra brucelose

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Fabiana Matos

Com objetivo de minimizar os riscos de doenças e promover uma pecuária mais segura e sustentável no estado, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), inicia nesta terça-feira, 1º, a primeira etapa da vacinação contra a brucelose.

A campanha tem como objetivo vacinar rebanhos bovinos e bubalinos, exclusivamente de fêmeas, entre 3 e 8 meses, para controlar e erradicar a doença  infecciosa no estado. Além de reduzir impactos econômicos para os pecuaristas, a iniciativa visa proteger a saúde da população, uma vez que a brucelose pode ser transmitida ao homem por meio do contato com os animais infectados ou pelo consumo de produtos de origem animal contaminados.

Com a implementação do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), o calendário de vacinação foi reorganizado em dois períodos anuais. O primeiro vai de 1º de abril a 30 de junho, e o segundo, de 1º de outubro a 31 de dezembro. Isso permite um acompanhamento contínuo da vacinação, garantindo a sanidade do rebanho.

A vacinação é aplicada exclusivamente em fêmeas, entre 3 e 8 meses de idade. É importante destacar que não são vacinados os machos. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Segundo Jean Carlos Torres, médico veterinário da instituição, “o Idaf reforça seu compromisso com a saúde animal e a segurança alimentar, incentivando os pecuaristas a agirem com responsabilidade, que é vacinar seu rebanho, assim garante-se a continuidade da produção agropecuária de forma segura e eficiente”.

A brucelose é uma doença de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Sua incidência causa prejuízos econômicos e depreciação do valor social da propriedade-foco da doença, devido à diminuição da produção de carne e leite, do aumento do intervalo entre partos e da queda da taxa de natalidade da espécie.

Por se tratar de uma “vacina viva”, o manipulador fica passível de infecção, por isso a vacinação deve ser efetuada apenas por médico veterinário ou por vacinador devidamente credenciado pelo Idaf, não apenas pela correta aplicação do imunizante, com emissão do atestado, mas também por garantir que todas as normas de segurança sejam seguidas durante o processo.

Objetivo da campanha é minimizar riscos de doenças e promover uma pecuária mais segura e sustentável no Acre. Foto: Fabiana Matos/Idaf

De acordo com dados oficiais do Idaf, em 2024 cerca de 79,34% do rebanho bovino e bubalino do Acre foi vacinado contra a brucelose, um índice significativo, que reflete o empenho do governo estadual em promover a saúde sanitária do setor agropecuário.

Entre as regiões destacadas, o Alto Acre se sobressai, com índices de vacinação elevados, sendo que Brasileia alcança 89% de cobertura vacinal e Xapuri, 88%.

“ A comprovação do rebanho vacinado é também um fator determinante para garantir a qualidade sanitária, o que resulta em benefícios econômicos, como o acesso a mercados mais exigentes e maior confiança dos consumidores na segurança dos produtos de origem animal”, explica Jean Carlos.

O produtor rural que não vacinar seu rebanho no prazo estabelecido enfrentará sanções. A principal consequência será a suspensão da movimentação dos bovídeos da propriedade, ou seja, os animais não poderão ser transportados ou comercializados até que a regularização seja realizada.

O Idaf orienta que o primeiro passo para o pecuarista iniciar a vacinação contra a brucelose é procurar um médico veterinário para emitir a receita da vacina. Após receber a receita, o vacinador poderá realizar a aplicação da vacina nos animais. Após a vacinação, o pecuarista deve retornar ao mesmo médico veterinário para que ele emita o atestado de vacinação contra a brucelose. Este é um procedimento essencial para comprovar que a vacinação foi realizada corretamente.

O médico veterinário será responsável por registrar o atestado no sistema do Idaf, por meio do site sisdaf.ac.gov.br, onde as informações sobre a vacinação serão devidamente registradas e o rebanho será considerado regularizado no sistema de controle sanitário.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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