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Roberto Carlos emociona o Allianz nos 50 anos de especial – 28/11/2024 – Ilustrada
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Terno branco, camisa azul aberta e o andar de quem não se cansa de ouvir a mesma banda anunciando sua entrada para mais uma noite de fãs eufóricos.
Para o Brasil que vê as tradições com carinho, a noite desta quarta-feira (27) no Allianz Parque, em São Paulo, dura há 50 anos, quando Roberto Carlos gravou seu primeiro especial de fim de ano na Globo.
De lá para cá, a atração se repetiu religiosamente, com apenas duas intercorrências —uma por foro íntimo, com a morte de sua esposa Maria Rita, há 25 anos, outra global, em 2020, com a pandemia.
Previsível sem deixar de ser romântica e catártica, a apresentação aproveitou o estádio para traduzir a grandiosidade do artista, amado por tantos e odiado por outros que mal incomodam seus fiéis, ao lado de nomes como Gilberto Gil, Chitãozinho e Xororó e Zeca Pagodinho. Enfim, quem está na boca do povo há, bem, meio século.
Era um público amplo, senhores e senhoras, filhos e filhas presenteando mães e avós, grupos de amigas todas com a mesma camiseta vermelha florida, adolescentes que perguntavam quem era aquela tal Wanderléa que subiu ao palco, já nos minutos finais da apresentação.
Mas nunca é tarde para se emocionar ao som de “Ternura”, em um dos duetos mais comoventes da noite, reafirmando a parceria longeva —ele aos 83, ela com 80 recém-completados.
O espetáculo, visto em primeira mão por cerca de 40 mil pessoas antes da exibição na TV, em 20 de dezembro, se desenrolou sob a sombra de um possível fim do programa, algo que teria surgido durante uma reunião para a renovação do seu contrato com a emissora, que mantém desde os anos 1970, firmado à época sob os auspícios de Boni.
Agora, é o filho, Boninho, que deixará a emissora após 40 anos de casa, quem dirigiu o programa, ao lado de Angélica Campos. Questinado antes do show, ele diz nada saber sobre o futuro da atração.
Não é a primeira vez que circulam esses rumores. A depender da equipe do cantor, que nega o fim do programa, também não será a última. Mas se o for, o espetáculo poderá repousar bem na lembrança, com uma apresentação voltada bem mais à tradição que a renovações frustradas.
Após um especial, no ano passado, com participações deslocadas de Jão e Paulo Vieira, e uma trupe de influenciadores em 2022, a inclusão de nomes como Letícia Colin, Sophie Charlotte e Dira Paes foi suficiente para remediar apostas anteriores menos bem-sucedidas. O resultado foi um espetáculo bem mais visceral que o lazer televisivo das últimas edições.
Afinal, Roberto está há quase 30 anos mais de olho no ramo empresarial que no criativo, e se especializou na pregação de um repertório que cristaliza detalhes do íntimo brasileiro.
E nada melhor para esse porto seguro sentimental de um país, nas palavras do jornalista e biógrafo Jotabê Medeiros, que estar entre os seus, numa missa aberta ao som de “Esse Cara Sou Eu”, seu último grande sucesso, de 2012.
Foi belo o encontro com Gil, um dos pontos altos da atração, logo no início, com “Vamos Fugir” e “A Paz” numa toada reggae, praieira, com as ondas no telão ao fundo.
Essa beleza pulsa nessa harmonia entre artistas tão próximos e tão fundamentalmente diferentes. Não custa lembrar: o jovem-guardista, católico, recusou gravar “Se Eu Quiser Falar com Deus”, do tropicalista, que versa sobre um vazio-Deus, filosófico, oposto ao perfil claro do divino para o capixaba, latente em “Quando eu Quero Falar com Deus”, “Jesus Cristo” ou “Nossa Senhora” —as duas últimas onipresentes nos setlists.
É, em outras palavras, uma comunhão possível entre o Brasil carola e aquele dos jovens descolados ainda fissurados pelas cisões políticas mais imediatas —algo superado por Roberto.
Já com Zeca, o artista se tornou parte da plateia, ecoando o refrão de “Vida Leva Eu” e “Sonho Meu”, antes de emendar uma interpretação enérgica de “Eu Te Amo”. Enquanto isso, a cada nova entrada, uma linha do tempo exibia breves recortes de todos os especiais do artista —reprisados ao longo do ano no canal Viva e disponível no Globoplay— e fotos flutuavam entre degradês e efeitos dignos de Hans Donner.
Mais explosiva foi a entrada de Chitãozinho e Xororó, trazendo aos holofotes o espírito sertanejo que convivem com as letras de Roberto e Erasmo Carlos. “Evidências” e “Sinônimos”, como de costume, terminaram ovacionadas com pedidos de bis.
Falando em versos memoráveis, poucos souberam acompanhar Roberto em “Bicho Solto”, composição mais recente, por ora só tocada em shows e que, inédita em gravação, não estourou como “Esse Cara Sou Eu”, tema da novela “Salve Jorge”. Mas não há como não reconhecer o autor de “O Portão” e “Fera Ferida” numa letra como “todo vira-lata, por amor, se torna um cão pedigree”.
Com João Barone, Frejat e Paulo Ricardo, o rock de “O Calhambeque” foi um dos momentos mais lúdicos da noite, com o típico recitativo que desafia os músicos no acompanhamento de Roberto.
Nesse sentido, o deslize mais evidente foi na homenagem a Erasmo, com o cantor entrando na hora errada em “Amigo” —que não repetiu para a gravação. Colin, por sua vez, tremia como vara verde quando teve de puxar “Olha” três vezes, com o verso errado, e, quando enfim acertou, foi abraçada completamente pela força da canção a quatro vozes.
Depois de “Jesus Cristo”, que pôs o público todo de pé numa dança ecumênica, Roberto costurou “Eu Ofereço Flores”, sua música mais recente, em que agradece a multidão, se preparando para atirar as tradicionais rosas às dúzias.
Mas quem não correu para a grade em busca do seu ramo particular não saiu decepcionado. O público catava o confete vermelho que chovia pelo estádio. Fogos de artifício pipocavam. E na saída, flores a rodo, para toda a plateia. Pelas ruas da Pompeia todos levavam, na mão ou na memória, uma emoção e um souvenir do rei.
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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre
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14 de novembro de 2025A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.
“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”
Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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