NOSSAS REDES

MUNDO

Shel Talmy, produtor de The Who, The Kinks e David Bowie, morre aos 87 anos | Música

PUBLICADO

em

Ben Beaumont-Thomas

Shel Talmy, o produtor musical por trás de clássicos como You Really Got Me, dos Kinks, e Who’s My Generation, morreu aos 87 anos. Seu assessor disse que ele morreu pacificamente enquanto dormia, devido a complicações após um derrame.

“Mesmo o mais breve levantamento das gravações pop e rock mais essenciais da década de 1960 precisaria incluir algo produzido por Shel”, disse o arquivista de Talmy, Alec Palao, em um comunicado. “Isso por si só é um legado incrivelmente significativo… Talmy foi realmente único.”

Nascido Sheldon Talmy em Chicago em 1937, ele se mudou para Los Angeles, onde sua carreira começou no Conway Studios de Hollywood, produzindo música pop, R&B e surf-mania.

Shel Talmy na década de 1960. Foto: Talmy Empresas/PA

Ele visitou o Reino Unido em 1962 para passar férias e perguntar especulativamente sobre o trabalho de produção – e acabou comandando algumas das músicas pop e rock mais amadas da época.

Ele foi contratado pela Decca Records, gravadora à qual ingressou sob falsos pretextos. “Eu disse: ‘Sou indiscutivelmente a melhor coisa desde que o pão fatiado foi inventado’, e desenhei uma série de sucessos que não tinha feito”, disse ele mais tarde. “Quando eles descobriram que era tudo besteira, eu já tinha dado minha primeira dose e eles foram muito cavalheirescos.”

Ele conheceu o empresário de uma banda emergente chamada Ravens, que logo se chamaria The Kinks. Talmy ajudou a conseguir um contrato com a Pye Records e produziu seus primeiros lançamentos, Long Tall Sally e You Still Want Me. A sequência foi You Really Got Me, com Talmy – que contratou Jimmy Page, pré-Led Zeppelin, para tocar guitarra base como músico de sessão – usando uma produção crua, quase estourada, para capturar o imediatismo estridente da faixa. Tornou-se um hit número 1 no Reino Unido e extremamente influente na música rock britânica.

Talmy continuou trabalhando com os Kinks até 1967, produzindo os sucessos número 1 Sunny Afternoon e Tired of Waiting for You, bem como Dedicated Follower of Fashion, All Day and All of the Night e muito mais.

Pete Townshend do The Who era tão fã do trabalho de Talmy em You Really Got Me que escreveu uma música inspirada nele, I Can’t Explain, para persuadir Talmy a produzir o primeiro trabalho da banda. I Can’t Explain se tornou sua estreia e alcançou o Top 10 do Reino Unido, assim como o sucessor produzido por Talmy, Anyway, Anyhow, Anywhere, mas foi o terceiro single My Generation que se tornou o grande avanço da banda e uma declaração de estilo que definiu uma era. descontentamento – mais uma vez, Talmy deu um toque cru, quase punk, para combinar com o desprezo pelas convenções da letra.

Talmy também produziu The Kids Are Alright, um fracasso comercial no lançamento agora visto como um clássico do Who, bem como o álbum My Generation, que continha esses singles, bem como outros originais de Townshend e covers de James Brown e Bo Diddley. Mas uma disputa com o empresário e produtor Kit Lambert levou ao rompimento da relação de trabalho.

Em 1965, Talmy também trabalhou com David Bowie produzindo dois singles com bandas que ele liderou antes de seu álbum solo de estreia em 1967: I Pity the Fool, dos Manish Boys, e You’ve Got a Habit of Leaving, de Davy Jones & the Lower Third. Ele também produziu os cinco maiores sucessos de Manfred Mann – Semi Detached, Suburban Mr James e Ha! Ha! Said the Clown – bem como seu cover de sucesso de Just Like a Woman, de Bob Dylan.

Outras bandas de rock produzidas por Talmy incluíram The Creation – ele participou do uso inovador de um arco de violino nas guitarras, dizendo mais tarde: “Pelo que me lembro, (o guitarrista Eddie Phillips) estava praticando guitarra na casa de alguém e aconteceu de haver um arco de violino ao redor, e ele o pegou e começou a mexer nele. Eu ouvi e disse: Cristo, vamos usar isso. Nunca ouvi esse som antes.” Ele também produziu Amen Corner, de Andy Fairweather, enquanto o grupo australiano Easybeats teve um sucesso global em 1966 com Friday On My Mind, produzido por Talmy.

Talmy também teve participação em álbuns marcantes do renascimento folk britânico dos anos 1960, incluindo os três primeiros LPs do Pentangle, e dois de Roy Harper.

Depois de um ritmo de trabalho fenomenal durante a década de 1960, Talmy retornou aos EUA e parou de produzir principalmente depois de ficar cansado da indústria musical: “O início dos anos 70 passou por um período de descanso”, disse ele mais tarde. “Não era a mesma cena musical. Tudo começou a ficar corporativo.” Ele teve créditos de produção ocasionais mais tarde na vida, para artistas como Coven, Vicki Brown e Fuzztones.



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO

em

O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

Leia mais notícia boa

Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO

em

Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

Leia mais notícia boa

A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO

em

O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

Leia mais notícia boa

Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS