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Tarauacá: Vereadores questionam sobre devolução de R$ 227 mil reais.

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Conforme informações obtidas através do SISMOB (Sistema de Monitoramento de Obras) a Prefeitura Municipal de Tarauacá fez a devolução de recurso de emenda parlamentar do Deputado Federal Raimundo Angelim no valor de mais de R$ 227 mil  para reforma e ampliação das Unidades Básicas João Wanderley e Francisca Cabral “Doquita”.

A prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino que também é Presidente da Associação dos Municípios do Are – AMAC, em seus discursos, sempre falava de construir, em seu Governo, obras, bem como, buscar novos recursos, ampliando o atendimento à população e melhorando a vida dos munícipes.



Porém em pouco mais de um ano o discurso feito pela prefeita está sendo  bem diferente das ações praticadas, com a devolução de recursos, forma freqüente, atitude esta jamais vista na história de Tarauacá. Segundo a vereadora Janaína Furtado que reuniu os vereadores para passar a informação de devolução dos recursos, onde a mesma ficou sabendo por acaso, em uma visita a Secretaria Municipal de Saúde  disse que a Prefeita se perdeu na sua administração. “Nunca vi uma situação como essa, devolver recurso para não reformar duas Unidades de Saúde que precisam de forma urgente para melhorar o atendimento, bem como, a saúde do nosso Povo, isso é uma OFENSA A POPULAÇÃO. Nós vereadores vamos buscar todos os  institucionais e jurídicos para resolver esta situação”, disse a vereadora.

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O Presidente da Câmara de Tarauacá, Carlos Tadeu reuniu com os vereadores Antônio Araújo, Raquel de Sousa, Janaína Furtado, Lauro Benigno e Dólar para visitar as Unidades de Saúde João Wanderley e Francisca Cabral “Doquita” que receberiam o recurso. Os parlamentares foram muito bem recebidos pelo Coordenador da Unidade João Wanderley, Deusmar Rêgo.

Em seguida, os parlamentares se reuniram com a Prefeita Marilete e sua equipe da Secretaria de Planejamento  que justificou a devolução de mais um recurso, mencionando a Portaria Nº725/2014 do Ministério da Saúde, que define o programa de Unidades Básicas de Saúde, nesta, exige os ambientes com as respectivas áreas mínimas, sendo certo que das UBS mencionadas, exigirá completa mudança predial, do que seria uma simples reforma, passaria a ter características de ampliações, ou seja, o valor destinado pela emenda não comportaria as exigências legais.

Carlos Tadeu  ressaltou que a situação vivida pela saúde municipal é bastante preocupante. A população me procura para reclamar da falta de medicamentos e profissionais, demora no atendimento e, enfim nosso povo não está satisfeito com essa situação e a prefeita precisa tomar uma providência”,  afirmou.

Tal justificativa não convenceu os parlamentares que foram até o Promotor de Justiça Flávio Bussab, para pedir uma intervenção do MP na devolução de mais um recurso, considerado o quarto recurso devolvido, no conhecimento dos edis, que não são informados para nada, por parte do Executivo. Ao final, ficou encaminhado que a Câmara vai reunir sua comissões para formular uma denúncia fundamentada para tomar as providências cabíveis. Com informações de Assecom/Câmara de Tarauacá.

POLÍTICA

Os números que acendem o sinal de pânico para Boulos

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Os números que acendem o sinal de pânico para Boulos

Matheus Leitão

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O campo progressista precisará fazer muito mais do que tem feito para ganhar a prefeitura de São Paulo, a cidade mais rica do país. A relevância política de ter o prefeito de São Paulo é aumentar a capacidade de influenciar a eleição nacional em 2026, uma vez que o gestor estará à frente de um eleitorado relevante para a definição do próximo presidente da República.

A derrota no primeiro turno de Pablo Marçal (PRTB) – principal e mais lamentável revelação da campanha deste ano — mostra que o candidato ainda é um vento passageiro e não uma tendência que irá ombrear com o bolsonarismo. A predominância dos políticos cuja plataforma tem base no conservadorismo e no moralismo, no entanto, essa sim é uma tendência cada vez mais consolidada.

O candidato do campo progressista, Guilherme Boulos (PSOL), ainda não capturou integralmente o apoio dos eleitores de Lula, que teve a maior parte dos votos paulistanos em 2022. Além disso, Boulos tem alta rejeição do eleitorado local. Essa incapacidade de converter o apoio de Lula em votos demonstra a dificuldade que a esquerda terá para virar o jogo.

Outra preocupação para Boulos é a incapacidade de também trazer para si os votos que foram dados a Tábata Amaral (PSB), que declarou apoio a ele. Muitos eleitores de Tábata já indicam preferência por Ricardo Nunes (MDB), que busca se reeleger como representante do campo conservador.

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Uma das vantagens de Nunes, inclusive, é o mesmo ponto de dificuldade de Boulos: obter o apoio de eleitores que votaram em adversários no primeiro turno. Mais de 80% dos eleitores de Marçal redirecionaram o voto, segundo as pesquisas, para Nunes – mesmo sem o apoio do ex-coach.



Em suma: com poucos indecisos e pouco tempo de campanha pela frente, Boulos tem cada vez menos chance de virar o jogo.



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Supremo dá mau exemplo para os tribunais inferiores

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Supremo dá mau exemplo para os tribunais inferiores

rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)

Na terça passada, o youtuber Monark foi condenado a um ano de cadeia. Seu crime: chamou o ministro do Supremo Flavio Dino de “gordola”, “autoritário”, “bosta” e “tirânico”.

Na semana anterior, Felipe Neto, outro youtuber, foi condenado a pagar multa de 20 mil reais por chamar o deputado Arthur Lira de “excrementíssimo”.

Na última sexta, a CCJ da Câmara aprovou um “pacote anti-STF”, que, entre outras coisas, limita decisões monocráticas, amplia os cenários em que um ministro pode sofrer impeachment e permite ao Congresso revogar decisões do Supremo.

Os episódios estão íntima e tristemente relacionados.

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Xingar autoridade é direito fundamental do cidadão em qualquer democracia saudável. “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, diz o item IV do artigo 5º, cláusula pétrea da Constituição Federal.

Mas os juízes que julgaram Monark e Neto não estão nem aí para a Constituição. Não surpreende que seja assim. O STF é a régua pela qual as cortes inferiores medem suas próprias decisões: se o Supremo cala quem o critica, como vem acontecendo, por que juízes de primeira instância não poderiam (e deveriam) calar quem critica outras autoridades?

Ainda que em parte desproporcional, é até inconstitucional, a reação da CCJ tampouco deve surpreender: se o Supremo passa do limite, é de se esperar que isso desperte alguma reação no Parlamento. A escalada do confronto entre Supremo e Congresso é prejudicial não só aos dois Poderes diretamente envolvidos, mas à democracia brasileira como um todo.

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O golpe planejado por Jair Bolsonaro falhou, ele está inelegível e a caminho de ser condenado na Justiça Comum. Bolsonaro deixou de ser uma ameaça às liberdades democráticas — hoje, quem as ameaça é o próprio Judiciário.

É hora de o Supremo retomar a cautela e a tolerância que sempre o caracterizaram. É hora de parar de dar mau exemplo para os tribunais inferiores.

(Por Ricardo Rangel em 14/10/2024)





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POLÍTICA

O governador da esquerda que pode comemorar os res…

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O governador da esquerda que pode comemorar os res...

Ludmilla de Lima

Enquanto a esquerda lambe as feridas, tentando contabilizar os poucos municípios conquistados no primeiro turno das eleições, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, comemora a a vitória em 157 das 217 prefeituras em disputa no estado. O resultado tem certa contabilidade criativa, já que Brandão, do PSB, considera os triunfos de partidos que compõem sua base aliada, que inclui até o PL de Jair Bolsonaro. Mas o Maranhão é mesmo um dos poucos lugares onde as duas principais forças antagonistas da política nacional se aproximaram.

Apesar do número expressivo de aliados eleitos no estado, Brandão amarga a derrota na capital: em São Luís, o prefeito Eduardo Braide (PSD) se reelegeu com folga (69%) no primeiro turno, deixando para trás o candidato do governador, Duarte Júnior (PSB). A capital maranhense foi a única do país onde se viu o PT, do presidente Lula, e o PL, de Bolsonaro, numa mesma chapa, a de Duarte. Este obteve apenas 22% dos votos válidos.

Olhos no Senado em 2026

Outros partidos com representantes que compõem a frente inusitada citada por Braide são MDB e União Brasil. Brandão tenta suceder Flávio Dino – ex-governador e agora ministro do STF – como grande força política no Maranhão. O atual governador, inclusive, vem se distanciando de Dino desde que passou a comandar o Palácio dos Leões, sede do executivo. De acordo com aliados, Brandão, ex-vice de Dino, se diferencia do ministro ao abrir diálogo para além da esquerda.

Como já foi reeleito, Brandão, agora, analisa em 2026 disputar uma vaga ao Senado ou permanecer no governo do estado até o último dia. Se deixasse a cadeira, seu vice, Felipe Camarão (PT), assumiria o lugar. Mas o petista hoje é próximo do grande adversário político do governador, que é o deputado federal  Márcio Jerry (PCdoB). O parlamentar busca ser o herdeiro do ministro do Supremo no estado.

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Nos bastidores, a derrota do irmão de Jerry, João Haroldo, a prefeito de Colinas, e de sua irmã, Régia Barroso, para vereadora na mesma cidade, é comemorada pela base do governador. Colinas é cidade de Jerry e também de Brandão. A VEJA, o governador comentou os cálculos desta eleição dizendo que sempre colocou “o municipalismo acima de qualquer formato ideológico” e que é a favor da construção de “pontes”. “Muralhas, jamais”, completou Brandão.

 



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