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A música soa melhor com você? Como seus hábitos de escuta afetam sua vida amorosa | Ciência

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Sophie Berdugo
“CQual é a única coisa que seus leitores deveriam fazer para ajudá-los a usar a música para encontrar e conquistar o parceiro dos seus sonhos?” pergunta Patrick Savage, pesquisador sênior em psicologia da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. “Vá ao karaokê e cante um dueto. Vá e cante A Whole New World com Brad Kane e Lea Salonga. Essa é a recomendação número um da ciência. Bem, só por mim. Não tenho dados sobre isso, mas pela minha experiência pessoal, é o melhor.”
Dado que ele é musicólogo, talvez não seja surpreendente que a música seja uma parte fundamental do relacionamento de Savage com sua esposa. Mas sua experiência com o uso da música como ferramenta romântica não é única. As canções de amor são encontradas em todas as culturas e, apesar de não serem uma categoria elegante, têm sido historicamente as mais populares – 67% das 40 faixas mais populares na América entre 1960 e 2010 continham temas de amor.
Embora “não haja nada musicalmente especial nas canções de amor”, como diz Savage, a música de forma mais ampla é uma ferramenta extremamente eficaz para formar e manter relacionamentos. Foi Charles Darwin quem primeiro propôs em A Descendência do Homem que a humanidade desenvolveu a música para ajudar a escolher um parceiro, como quando os pássaros usam canções em suas exibições de cortejo. Mais recentemente, investigadores como Savage sugeriram que a musicalidade – o conjunto de capacidades subjacentes que nos permitem fazer música – evoluiu como um conjunto de ferramentas mais geral para unir pessoas. Independentemente da razão pela qual evoluiu, o poder da música pode ser usado hoje em buscas românticas, diz Savage.
Esse é o pensamento por trás uma nova ideia da psicologia que vê a musicalidade como sendo exclusivamente adequada para apoiar o processo de apaixonar-se e permanecer apaixonado. Joshua Bamford, investigador de pós-doutoramento na Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, que foi o primeiro autor do artigo que propõe esta ideia, pensa que a música tem efeitos importantes na escolha do parceiro e no vínculo social ao longo de uma relação.
Logo no início de um relacionamento, que envolve a escolha do parceiro, a musicalidade pode nos ajudar a tomar decisões sobre o namoro. Isso porque cantar e dançar pode ser uma forma de sinalizar aos outros a sua aptidão geral, pois pode mostrar a força dos seus genes, diz Bamford.
Em 2022, Manuela Marin, da Universidade de Viena, e Ines Rathgeber, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, testaram a ideia de se a habilidade musical de um potencial parceiro muda o quão atraentes os consideramos. O experimento foi dividido em dois, com cada um dos 58 participantes – todos estudantes heterossexuais de psicologia – realizando ambas as partes em ordem aleatória. Em um bloco, os participantes sentaram-se em silêncio e viram uma série de rostos do sexo oposto na tela do computador, e no outro bloco os rostos foram emparelhados com alguma música de piano que os participantes foram informados de ter sido tocada pela pessoa no lugar. foto. Cada vez que os participantes viam uma foto, eram solicitados a avaliar o quão atraente achavam a pessoa e se queriam namorar com ela.
Como Marin esperava, os homens e as mulheres da sua amostra estavam mais interessados em namorar a pessoa na fotografia quando se pensava que eram pianistas, e as mulheres também acharam esses rostos mais atraentes. Isso pode soar familiar para qualquer pessoa que tenha uma queda por um músico que de outra forma não seria seu tipo.
Mas não tema se você, como eu, não consegue acompanhar o amor nem o dinheiro. “Não devemos ficar muito entusiasmados”, diz Marin. Embora o efeito nesta investigação tenha sido significativo do ponto de vista estatístico, a diferença real nas classificações entre os dois blocos foi pequena e os resultados baseiam-se apenas num punhado de participantes heterossexuais alemães e austríacos. Marco Varella, musicólogo evolucionista da Universidade de São Paulo no Brasil, diz que “apesar das evidências convergentes, existem alguns resultados nulos ou opostos na literatura e ainda são necessárias muito mais investigações”.
Uma área que tem pesquisas muito mais substanciais para apoiá-la é o papel da personalidade nas preferências musicais, o que significa que seus gostos musicais podem funcionar como um emblema social para mostrar sua compatibilidade com um parceiro em potencial. Algo que não será uma surpresa para quem já empregou a prática testada e comprovada de criar uma mixtape (ou uma playlist do Spotify, como é mais provável hoje em dia) para sua paixão.
“A música nos estágios iniciais do namoro ou do encontro com alguém pode ajudar no processo de ‘conhecer você’”, diz David Greenberg, pesquisador associado da Universidade de Cambridge. Na verdade, a música está entre os tópicos de conversa mais populares ao conhecer novas pessoas pela utilidade que consideram para avaliar a personalidade e os valores de alguém.
Em um estudo recenteGreenberg e seus colegas pediram a mais de 70 mil adultos de 36 países que avaliassem sua personalidade e o quanto gostavam de música de 25 clipes que abrangem 16 gêneros e subgêneros musicais ocidentais diferentes. Eles descobriram que as pessoas mais abertas preferiam músicas complexas, como o jazz, os extrovertidos preferiam gêneros modernos e otimistas, como o Europop, e as pessoas agradáveis tinham uma propensão para músicas mais suaves, de gêneros como o soft rock e o R&B. “Descobrimos que as preferências das pessoas correspondiam às suas personalidades de forma consistente em cada país que analisámos, quer fosse o Brasil ou a Itália, ou os EUA ou o Reino Unido”, diz Greenberg.
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O poder romântico da música não pára apenas quando você encontra um parceiro. Também pode ajudar a formar e manter o relacionamento, criando trocas mais harmoniosas e um sentimento de proximidade.
“Como a música fornece uma batida na qual todos podem se fixar, você pode realmente experimentar um alto nível de coordenação estreita dentro de um grupo ou com um parceiro, e a música ajuda você a conseguir isso de maneiras que seriam difíceis de fazer de outra forma. ”, diz Bamford. Existe um riqueza de evidências mostrando que realizar atividades em sincronia, assim como simplesmente cantar com outras pessoas, pode inundar seu cérebro com oxitocina – o famoso hormônio de ligação que cria a sensação de prazer. O cortisol, o hormônio do estresse, também pode ser reduzido depois de ouvir música, e ouvir música parece co-regular o estresse em casais. Então, casais que fazem shows juntos podem ficar juntos.
Seja fazendo uma serenata para o seu interesse amoroso, dançando lentamente ao som do seu “música que define o casal”No seu casamento ou tocando algumas músicas de fundo após 40 anos de relacionamento, a música é uma ótima maneira de (re) conectar-se com seu parceiro. E caso o seu relacionamento chegue ao fim, sempre há músicas de término para fazer você se sentir melhor. “Mas olhamos apenas para as três primeiras fases”, diz Bamford, “porque não gostamos de pensar em coisas tristes na psicologia musical”.
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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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