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Casos de coqueluche sobem mais de 3.000% em São Paulo – 09/11/2024 – Equilíbrio e Saúde

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Casos de coqueluche sobem mais de 3.000% em São Paulo - 09/11/2024 - Equilíbrio e Saúde

Patrícia Pasquini

As infecções por coqueluche aumentaram 3.435% em 2024 na cidade de São Paulo, na comparação com 2023. De janeiro a 4 de novembro deste ano, foram confirmados 495 casos, contra 14 no mesmo período anterior. Em 2022, a capital paulista teve apenas uma ocorrência da doença, e a última morte por coqueluche ocorreu em 2019. As informações são do boletim epidemiológico da SMS (Secretaria Municipal da Saúde).

A faixa etária mais acometida é a de 10 a 19 anos, da região oeste da capital, com histórico de viagens ao exterior. A SMS afirma que monitora os casos e que intensificou as investigações e o levantamento minucioso dos contatos, locais de trabalho e estudo. Também diz acompanhar a situação vacinal.

Frente aos surtos de coqueluche no exterior, principalmente na Europa e na Ásia, e considerando o número de munícipes jovens que viajam para lá, a pasta emitiu alertas aos serviços de saúde públicos e privados para a alta de casos no Brasil e em São Paulo. E diz fazer capacitações de rotina para sensibilizar os profissionais de saúde para a notificação imediata.

Já o estado de São Paulo contabilizou, de janeiro até a última terça-feira (5), 858 casos e dois óbitos por coqueluche. No mesmo período do ano passado foram 37 casos, e em 2022, 15 —não houve mortes em 2022 e 2023.

Em âmbito nacional, o painel de monitoramento do Ministério da Saúde mostra que até o dia 23 de outubro de 2024 o Brasil registrou 2.953 casos da doença e 12 mortes (duas em Minas Gerais, quatro no Paraná, duas no Rio de Janeiro, duas em Santa Catarina e duas em São Paulo). Em 2023 e 2024 foram 214 e 245 infecções no país, sem óbitos.

A coqueluche —conhecida popularmente como tosse comprida— é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão se dá por meio de gotículas eliminadas pela tosse, fala e pelo espirro. Outra forma, menos frequente, se dá através de objetos contaminados com secreções de infectados. O período de incubação é de cinco a dez dias, em média, mas pode variar de quatro a 21 dias.

A doença tem três fases. Começa com um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna forte e incontrolável, com crises súbitas e rápidas. A pessoa tosse em guinchos e chega a perder o fôlego. Em alguns casos, ocorre vômito. Nesta fase —que pode durar de duas a seis semanas e é chamada de paroxística— é comum surgirem as maiores complicações da coqueluche.

Por último vem o período da recuperação. A tosse diminui, mas pode demorar cerca de três meses para ir embora, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Crianças, adultos com doenças crônicas e imunossuprimidos têm risco para evolução grave da doença. Nos pacientes abaixo de quatro anos —principalmente menores de um ano— a coqueluche pode ser muito grave e levar à morte.

O ministério divulgou neste ano uma nota técnica com alertas para intensificar a vacinação e melhorar a vigilância da coqueluche no Brasil. O documento diz que, além de Europa e Ásia, a doença também está presente em países da Oceania e das Américas.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a baixa cobertura vacinal é um dos fatores que explicam a alta de casos.

“De 2016 a 2023, as coberturas estiveram muito abaixo do que é preconizado para coqueluche no país [95%]. Você acumula um número de pessoas suscetíveis, que podem pegar a bactéria e desenvolver a doença. E a coqueluche é bastante trágica, porque afeta as crianças”, afirma o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e coordenador científico da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

A pentavalente (DTP/HB/Hib) —vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada)— é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. O imunizante previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

A cobertura da pentavalente é de 93,85% na capital e de 86,1% no estado (até setembro).

A DTP está na rotina do calendário nacional de vacinação, como dose de reforço (aos 15 meses e aos 4 anos), em continuidade ao esquema primário realizado com a pentavalente.

Para profissionais de saúde e gestantes é indicada a vacina acelular do tipo adulto (dTpa). Nos caso das grávidas, o imunizante deve ser administrado a cada gestação, a partir da 20ª semana. Todas as vacinas são ofertadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

“Infelizmente, há um ano e meio o Ministério da Saúde vem falhando em campanhas que realmente atinjam o público-alvo, principalmente as mães, os pais, as famílias, outras pessoas que cuidam dessas crianças. A gente vê uma falta enorme de campanhas direcionadas ao público que sejam efetivas. E não só campanhas, mas de outros mecanismos de aumento de cobertura vacinal”, diz o infectologista.

Procurada, a pasta comandada pela ministra Nísia Trindade disse que em 2023 “lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, fundamental para recuperar as coberturas vacinais no país”, e que mais de R$ 151 milhões foram destinados a estados e municípios para ações de multivacinação.

“Até o momento, o ministério também investiu mais de R$ 203 milhões em campanhas publicitárias e planeja uma ação nacional para conscientizar sobre a vacinação, principal medida de proteção contra doenças”, acrescentou, em nota.

Para a infectologista Jessica Fernandes Ramos, membro da SBI e integrante do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês, os números altos também são explicados por outros fatores: a coqueluche é uma doença cíclica e a cada cinco ou dez anos há um aumento de casos. Somado a isso, a oferta de diagnóstico molecular cresceu, devido à disseminação do PCR nos laboratórios.

Para ela, os menores de seis meses são os que mais preocupam. “Eles têm uma via aérea muito pequenininha. A dimensão da via predispõe que essa tosse comprida, da fase de convalescência da doença, evolua para insuficiência respiratória, com baixa de oxigenação. Eles podem vomitar, broncoaspirar e precisar de hospitalização”, afirma Ramos.

A infectologista chama a atenção para o fato de os adultos servirem como vetores da doença. Por isso, resfriados aparentemente inofensivos devem ser investigados.

“Quem aparece como principal vetor são os pais. Mesmo para a criança que está dentro do ambiente domiciliar, que não foi para a creche, para a escola, nos primeiros quatro, seis meses de vida, o adulto é o portador. Ele excreta essa bactéria por três semanas e nem lembra que teve uma gripe forte e continuou tossindo. Se ele tosse por três semanas, transmite”, explica Ramos.

“Faça o diagnóstico, que resulta em medidas como usar máscara, tomar antibiótico. Com cinco dias de antibiótico a pessoa não transmite mais para o seu entorno. Quando sabemos que há um adulto positivo para coqueluche, usamos antibiótico preventivamente, antes mesmo de desenvolver sintomas”, conclui a infectologista.





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Polícia suspeita de incêndio criminoso em sinagoga – DW – 06/12/2024

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Polícia suspeita de incêndio criminoso em sinagoga – DW – 06/12/2024

Uma sinagoga foi incendiada por incendiários não identificados no australiano cidade de Melbourne na sexta-feira, disse a polícia.

O incêndio começou às 4h10 (17h10 GMT) na Sinagoga Adass Israel, enquanto alguns fiéis já estavam lá dentro, disse a polícia.

O incêndio deixou grande parte do prédio destruído e uma pessoa ficou ferida.

“Houve algumas batidas em uma porta com algum líquido jogado dentro e foi aceso, as poucas pessoas dentro da sinagoga correram para fora da porta dos fundos, uma delas se queimou”, disse Benjamin Klein, membro do conselho da Sinagoga Adass Israel, à Australian Broadcasting Corporation.

Membros da Sinagoga recuperam itens da Sinagoga Adass Israel
Uma pessoa ficou ferida por causa do incêndio criminosoImagem: Não tenho medo/Getty Images

O incêndio na sinagoga, incendiado na década de 1960 por sobreviventes do Holocausto, foi apagado por equipes de bombeiros

Investigadores suspeitam de ataque deliberado

A polícia suspeita que dois homens usando máscaras atearam fogo intencionalmente à sinagoga.

Uma testemunha que entrou na sinagoga para as orações matinais viu “dois indivíduos usando máscaras”, disse o detetive inspetor Chris Murray, do esquadrão de incêndio criminoso e explosivos da Polícia de Victoria, aos jornalistas no local.

“Eles pareciam estar espalhando algum tipo de acelerador nas instalações”, disse ele.

“Acreditamos que foi deliberado. Acreditamos que foi um alvo. O que não sabemos é por quê.”

O primeiro-ministro Anthony Albanese condenou o ataque à sinagoga e disse que não havia lugar para anti-semitismo na Austrália.

“Esta violência, intimidação e destruição num local de culto é um ultraje. Este ataque colocou vidas em risco e visa claramente criar medo na comunidade”, disse Albanese num comunicado.

Os mitos obscuros por trás do antissemitismo

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IMF/RC (AFP, Reuters)



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A proibição da papoula do Talibã é um golpe econômico para os agricultores – DW – 12/06/2024

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A proibição da papoula do Talibã é um golpe econômico para os agricultores – DW – 12/06/2024

Esta semana, o Talibã anunciou que mais de 100 pessoas foram presas no Nordeste Afeganistão por supostamente cultivar papoula do ópio.

As prisões foram feitas em uma região que já havia desafiado a proibição oficial da cultura implementada em 2022, pelo que o Taleban chamou de Afeganistão.

“Seu líder supremo, Hibatullah Akhundzada, busca reduzir a produção de ópio a zero”, disse à DW Abdul Haq Akhund Hamkar, vice-ministro de combate ao narcotráfico do Ministério do Interior do Afeganistão.

O ópio é feito da papoula do ópio, que por sua vez é o produto básico das drogas pesadas heroína e morfina.

Até 2022, o Afeganistão era o país com a maior área de cultivo de papoula de ópio do mundo.

A proibição levou a um registro Queda de 95% nas colheitas de papoula em 2023.

De acordo com o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime, o rendimento dos agricultores provenientes vendas de ópio caiu de cerca de 1,36 mil milhões de dólares (1,29 mil milhões de euros) em 2022 para 110 milhões de dólares (104 milhões de euros) em 2023.

Agricultores afegãos colhem plantações de papoula de ópio
A papoula do ópio precisa de menos água e mão-de-obra do que outras culturas, dizem os agricultores. Imagem: Abdul Khaliq/AP/dpa/aliança de imagem

O ópio permanece incomparável

A proibição atingiu duramente agricultores como Asadollah. O camponês do sul do Afeganistão está a lutar para sobreviver depois de já não lhe ser permitido cultivar ópio, passados ​​cerca de 20 anos.

“Nossos campos não são mais tão férteis como antes”, disse Asadollah à DW. “Mesmo que as culturas de ópio tivessem sido proibidas no Alcorão”, disse Asadollah, “elas teriam nos mantido vivos e nos salvado da fome”.

“No momento, só ganhe uma fração do que costumávamos ganhar com o cultivo do ópio”, disse Asadollah.

Outros agricultores tentaram mudar para cereais ou feijões.

Mas Hazratali, um agricultor do sul do Afeganistão, disse à DW que existem grandes desafios.

“A quantidade de água necessária é demasiado elevada, o risco de pragas está a aumentar e a quantidade de trabalho é enorme”, disse Hazratali.

“O cultivo do ópio era muito mais fácil e lucrativo”, acrescentou Hazratali.

Os talibãs “ainda não apresentaram um plano para os agricultores que já não têm permissão para cultivar papoilas de ópio”, disse à DW Zalmai Afzali, antigo porta-voz do Ministério Antinarcóticos do Afeganistão.

Soldados talibãs montam guarda no santuário Kart-e-Sakhi em Cabul, Afeganistão
O Taleban também reduziu a colheita de papoula do ópio durante seu primeiro reinado até 2001Imagem: Mohammed Shoaib Amin/AP Aliança de foto/imagem

Procure por substitutos

O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo, com até 80% da sua população trabalhando na agricultura.

Em comparação com outras culturas, o cultivo do ópio é muito mais rentável, mesmo durante as secas.

Portanto, representou uma fonte segura de renda para muitos agricultores.

Muitos socialmente grupos desfavorecidoscomo desempregados e mulheres nas regiões rurais, também beneficiaram disto.

Agora estas pessoas perderam a sua fonte de rendimento.

Considerando o seca atual e as difíceis condições climáticas no Afeganistão, não existem à vista muitas outras opções economicamente viáveis ​​e amigas do ambiente.

Antes de os talibãs tomarem o poder em 2021, o governo do Afeganistão não teve sucesso no combate ao cultivo de papoula.

“Houve duas razões principais para isso”, disse o ex-porta-voz Afzali.

“Em primeiro lugar, as estratégias foram desenvolvidas fora do Afeganistão e não funcionaram como planeado no terreno. E, em segundo lugar, não fomos capazes de implementar estes planos por razões de segurança e devido aos ataques talibãs”, disse ele.

Os agricultores colhem um campo de trigo
Mais de 80% dos afegãos trabalham na agriculturaImagem: Javed Tanveer/AFP

Produção de papoula volta a crescer

No passado, a milícia terrorista Taliban costumava financiar as suas atividades através do tráfico de droga.

Segundo os especialistas, até 60% do rendimento anual dos talibãs provinha do cultivo e do comércio de drogas até à tomada do poder.

Os Taliban reduziram drasticamente a produção de ópio durante o seu primeiro período de governo, de 1996 a 2001.

Desde que a proibição total das papoilas do ópio entrou em vigor em 2022, custou aos Taliban a simpatia dos agricultores nas zonas rurais.

“Precisamos de ajuda internacional para os agricultores. Estamos sob sanções. A população sofre com a pobreza. E há muitos toxicodependentes. Gostaríamos de trabalhar em conjunto com organizações internacionais”, disse o vice-ministro da luta contra o narcotráfico, Abdul Haq Akhund Hamkar. , disse à DW.

Em Novembro, o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime informou que o cultivo de ópio no Afeganistão tinha aumentou em 19% em 2024 em comparação com o ano anterior e apesar da proibição.

A área cultivada é de 12.800 hectares (30.720 acres), segundo a ONU.

Reza Shirmohammadi contribuiu para este artigo, que foi publicado originalmente em alemão.



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Bilhete de metrô para o Réveillon do Rio será digital, em QR Code

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Bilhete de metrô para o Réveillon do Rio será digital, em QR Code

Agência Brasil

A venda de bilhetes especiais para a noite de Réveillon no Rio de Janeiro começará na próxima segunda-feira (9). A concessionária MetrôRio anunciou nesta quinta (5) que, na virada do ano, os bilhetes serão digitais e poderão ser comprados pelo aplicativo ou site da empresa. A partir das 19h do dia 31 até as 5h do dia 1º de janeiro, só poderá utilizar o metrô quem tiver os bilhetes digitais já comprados anteriormente. 

A venda especial de bilhetes para a noite de ano novo, quando a Praia de Copacabana recebe milhões de visitantes, é uma prática já consolidada no Rio de Janeiro para agilizar o embarque e reduzir as filas nas estações. A Operação Especial de Réveillon já ocorre há 25 anos, e o metrô é a principal forma de chegar à Praia de Copacabana pelas linhas 1, 2 e 4.

Nem mesmo os cartões unitários, pré-pago, Giro, Riocard Mais (Bilhete Único e Vale-Transporte) serão mais aceitos durante a operação especial. Nesse período, também não será possível embarcar pagando por aproximação.

QR Code

Os bilhetes digitais adotados neste ano terão formato de QR code, que os passageiros deverão mostrar para entrar nas estações nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. Por conta da novidade, a MetrôRio também vai disponibilizar a possibilidade de venda presencial, do dia 9 a 24 de dezembro, em quatro estações do MetrôRio: Pavuna, Central do Brasil, Carioca e Jardim Oceânico, das 9h às 20h. Nessas bilheterias, o passageiro poderá comprar o QR Code impresso em papel.   

A partir de 25 de dezembro, só será possível comprar os bilhetes digitais pelo aplicativo ou site, e a venda digital será encerrada às 18h do dia 31 ou antes, caso as passagens se esgotem. 

Pessoas com deficiência (PCD), menores de seis anos acompanhados de um adulto com cartão válido de gratuidade ou bilhete digital, e maiores de 65 anos devem apresentar um documento oficial comprobatório nas catracas para embarque nas estações durante a Operação Especial de Réveillon. 

A passagem do metrô do Rio de Janeiro custa R$ 7,50, e o preço do bilhete digital será o mesmo dos dias comuns. Ida e volta, portanto, custarão R$ 15.

Cada cliente poderá comprar até 10 unidades por transação, tanto na venda digital quanto nas bilheterias. Os bilhetes especiais serão válidos apenas durante a noite de Réveillon, sem a possibilidade de reembolso ou uso posterior.   

Horários

No caso da ida para Copacabana, os clientes devem definir uma faixa de horário em que irão embarcar já no momento da compra dos bilhetes digitais. Estarão disponíveis cinco opções: 19h às 20h; 20h às 21h; 21h às 22h; 22h às 23h; e 23h à meia-noite. 

Já na volta, o embarque acontece sem horário fixo, com a utilização do bilhete digital, válido da meia-noite até as 5h do dia 1º de janeiro. 

Tanto na ida quanto na volta, a concessionária recomenda que os passageiros deem preferência à estação Siqueira Campos/Copacabana.  

A partir de meia-noite, só estarão disponíveis para embarque as estações Cardeal Arcoverde/Copacabana, Siqueira Campos/Copacabana, Cantagalo/Copacabana, General Osório/Ipanema e Jardim Oceânico/Barra da Tijuca. 



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