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Iranianos veem futuros divergentes em Trump e Harris – DW – 28/10/2024

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Na sombra do conflito entre Irã e Israelmuitos iranianos aguardam ansiosamente o resultado da a eleição presidencial dos EUA.

Tanto em conversas confidenciais como gravadas, como se viu recentemente numa reportagem da CNN sobre Teerão, há duas semanas, muitos iranianos afirmaram que prefeririam ver o candidato presidencial republicano, Donald Trump, como o próximo presidente dos EUA.

Os entrevistados disseram que o veem como um líder forte, capaz de resolver problemas. Uma vitória para o candidato democrata Kamala Harrispor outro lado, significaria uma continuação do status quo na política dos EUA, na sua opinião.

“Sob a enorme pressão do agravamento da crise económica, muitos iranianos querem mudanças fundamentais”, disse à DW a jornalista política iraniana Fariba Pajooh. “Muitos deles vêem Donald Trump como alguém que poderia acabar com o sistema político da República Islâmica no Irã.”

“As declarações de Trump são percebidas de forma selectiva não só nos EUA, mas também no Irão”, disse Pajooh. “Muitos iranianos acreditam que ele poderia derrubar o regime iraniano. No entanto, Trump enfatiza repetidamente que impedir uma bomba nuclear iraniana é a sua principal prioridade.”

Sombra da guerra

Um mês depois de o Irão ter lançado ataques com mísseis contra Israel, Israel contra-atacou em 25 de Outubro e destruiu alvos militares no Irão, especialmente instalações de produção de mísseis, de acordo com o Posto de Jerusalém.

Os ataques visavam danificar as defesas aéreas do Irão e prejudicar o desenvolvimento a longo prazo de mísseis balísticos.

“É impossível prever o que acontecerá a seguir”, disse Alex Vatanka, diretor do programa para o Irã no Instituto do Oriente Médio em Washington, DC, à DW.

Vatanka disse que o governo dos EUA deixou claro que não apoiaria quaisquer ataques às instalações nucleares do Irão pouco antes das eleições.

“No entanto, o contra-ataque de Israel não foi um ato simbólico”, disse Vatanka. “Vinte instalações militares no Irão foram atacadas. Israel mostrou ao Irão as capacidades militares que possui, que é exactamente o que os EUA queriam ver. Israel comunicou claramente a sua mensagem e capacidades, e espero que o Irão tenha recebido a mensagem para evitar uma nova escalada.”

A escalada Israel-Irã quebrou precedentes, diz especialista

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O facto de o Irão ter retratado o ataque de Israel como pequeno e causador de danos limitados pode indicar que Teerão considera que esta ronda de escalada terminou, disse Vatanka.

O programa nuclear do Irã

Como presidente em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear Pt5+1 com o Irão, que tinha sido implementado no final de 2015, após vários anos de envolvimento internacional.

Trump disse que seria capaz de negociar um “acordo melhor” do que seu antecessor, Barack Obama.

A sua política de “pressão máxima” sobre o Irão acabou por não ter sucesso: um ano depois de ter retirado os Estados Unidos, o Irão começou a retirar-se gradualmente das suas obrigações ao abrigo do acordo.

Agora, acredita-se que o Irão seja mais perto do que nunca para construir uma bomba nuclear.

Em Setembro, Trump disse aos jornalistas que os Estados Unidos devem chegar a um acordo com o Irão para parar o seu programa nuclear.

Contudo, no conflito crescente entre o Irão e Israel, Trump pronunciou-se a favor de um ataque israelita às instalações nucleares iranianas.

“A resposta de Biden deveria ter sido: Visar as instalações nucleares primeiro e preocupe-se com o resto depois”, disse ele num evento eleitoral no início de Outubro – contradizendo directamente a linha oficial do seu sucessor como presidente dos EUA.

Israel considera o programa nuclear do Irão uma uma ameaça existencial. O Irão alertou que um ataque israelita às suas instalações nucleares provocaria uma resposta severa.

“Para um ataque bem-sucedido a todas as instalações nucleares iranianas, Israel precisaria do apoio dos EUA”, disse à DW Sina Azodi, professora da Escola Elliott de Assuntos Internacionais da Universidade George Washington, em Washington.

Azodi disse que as instalações nucleares do Irão estão espalhadas por vários locais, com algumas construídas em bunkers subterrâneos, tornando mais difícil destruí-las completamente.

“Pouco antes das eleições, porém, o governo dos EUA quer evitar envolver-se numa guerra”, disse Azodi.

Quando questionado se era a favor de uma mudança de sistema no Irão, Trump disse ao podcaster iraniano-americano Patrick Bet David, em 17 de outubro: “Não podemos interferir totalmente. Sejamos realistas, não podemos sequer governar a nós próprios”.

“Gostaria de ver o Irão ter muito sucesso”, disse Trump. “O único problema é que eles não podem ter armas nucleares”.

Irá Israel atacar o programa nuclear do Irão?

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Paz no Médio Oriente?

O que acontecerá depois das eleições presidenciais dos EUA ainda está para ser visto. “Se Kamala Harris vencer as eleições, o seu governo provavelmente tentará chegar a acordos temporários com o Irão”, disse Azodi.

No passado, Harris defendeu o acordo nuclear com o Irão e considerou-o uma conquista significativa da presidência de Obama.

Na sua função de vice-presidente, ela apoiou os esforços para relançar o acordo nos últimos quatro anos. No entanto, essas tentativas não tiveram sucesso.

“Se Donald Trump vencer as eleições, poderá conseguir mudanças fundamentais nas relações EUA-Irão”, disse Azodi.

“Ele tem o potencial de unir todos os críticos do Irão no Partido Republicano para conseguir um acordo diferente com o Irão”, acrescentou.

Numa entrevista na semana passada à emissora estatal saudita Al Arabiya, Trump disse que, se eleito, incluiria o Irão nos Acordos de Abraham, juntamente com pelo menos uma dúzia de outros países.

“Os Acordos de Abraham foram concluídos durante a minha presidência”, disse ele. “Ninguém pensou que isso fosse possível.”

Os acordos assinados na Casa Branca em setembro de 2020 normalizaram as relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein, e mais tarde também Marrocos.

Trump disse à Al Arabiya que a paz no Médio Oriente seria possível sob a sua liderança. A extensão do acordo implicaria um grande realinhamento no qual o Irão, o maior adversário regional de Israel e dos Estados Unidos, se tornaria um aliado.

Ele não ofereceu detalhes sobre como pretende realizar este grande acordo, e o regime do Irão, enfrentando o descontentamento interno e a possibilidade de uma escalada do conflito com Israelnão deu nenhum sinal de que estão dispostos a fazer um acordo.

UE deposita esperanças na influência da Arábia Saudita no Médio Oriente

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Este artigo foi traduzido do alemão



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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.

A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.

A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.

Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.

“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.

A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.

Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.

 



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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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