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Países nórdicos reforçam a defesa civil em meio à guerra na Ucrânia – DW – 22/11/2024

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A guerra da Rússia na Ucrânia fez osituação de segurança na região do Báltico mais tenso.

Os países nórdicos mesmo à porta da Rússia já tomaram medidas notáveis ​​para melhorar sua força militaraumentando os orçamentos de defesa e, em Finlândia e da Suécia caso, juntando-se OTAN. Contudo, na guerra, as capacidades militares não são a única coisa que importa; a defesa civil e a preparação dos cidadãos comuns também são importantes.

Finlândia, Suécia e Noruega todos emitiram guias de preparação atualizados para os seus cidadãos. A Finlândia emitiu as suas instruções em formato digital, enquanto a Noruega e a Suécia estão a enviar cópias físicas das instruções a todos os agregados familiares.

Os guias destinam-se a eventos climáticos extremos, pandemias e potenciais conflitos. Eles abordam diversos temas, como ter água e alimentos suficientes para uma semana, como agir em caso de evacuação e como lidar com falhas de energia.

Os títulos dos guias da Finlândia e da Noruega concentram-se mais amplamente em situações de emergência – o da Finlândia é “Preparação para incidentes e crises” e o da Noruega é “Como você pode desempenhar o seu papel na preparação para emergências da Noruega”.

O título da Suécia, por outro lado, enfatiza a possibilidade de conflito: “Em caso de crise ou guerra”. O guia afirma que em tempos incertos, quando os conflitos armados estão actualmente a ser travados no seu canto do mundo, o terrorismo, ataques cibernéticos e campanhas de desinformação estão a ser usados ​​para minar e influenciar a Suécia.

O Ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin, segura uma cópia do livreto amarelo "Em caso de crise ou guerra"
A Suécia apresentou a mais nova versão de ‘Em caso de crise ou guerra’ em outubroImagem: Claudio Bresciani/TT/AP Aliança foto/imagem

“Para resistir a estas ameaças, devemos permanecer unidos. Se a Suécia for atacada, todos devem fazer a sua parte para defender a independência da Suécia – e a nossa democracia”, diz a introdução de “Em caso de crise ou guerra”.

Mikael Frisell, diretor-geral da Agência Sueca de Contingências Civis, explicou num comunicado de imprensa que a situação de segurança nacional no país mudou drasticamente e todos precisam de reforçar a sua resiliência a várias crises e, em última análise, à guerra.

A Suécia suspendeu o serviço militar obrigatório em 2010, mas reativou-o em 2017. A Finlândia e a Noruega têm o recrutamento militar obrigatório há décadas.

Longa história da defesa civil

A preparação para emergências não é novidade para os países nórdicos. Esses guias datam de Segunda Guerra Mundial e o Guerra friae esses novos lançamentos servem como uma atualização das informações já existentes.

Jussi Korhonen, diretor de preparação civil da Finlândia, disse à DW que, apesar de não haver ameaça militar direta à Finlândia ou a outros países escandinavos, a situação de segurança global tornou-se mais instável e difícil de prever. É por isso que é importante manter esses guias de preparação atualizados.

“A preparação da população leva muito tempo. Não é um projeto. É um processo onde é preciso ter um certo nível de preparação para combater diferentes tipos de incidentes”, explicou Korhonen.

Cerca de 400 mil pessoas já baixaram o guia finlandês. Segundo Korhonen, 60% dos finlandeses já estão preparados e adquiriram suprimentos domésticos de emergência, como comida e água para três dias.

“O objectivo é também conseguir que os restantes 40% adquiram bens de emergência ao domicílio”, disse.

Acrescentou que os estudos mostram que os jovens adultos são os menos preparados, enquanto as pessoas que vivem nas zonas rurais estão mais bem preparadas para emergências.

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Qual é o clima na Suécia?

David Ferm, um estudante universitário em Gotemburgo, na Suécia, disse que a preparação para a guerra não está na mente das pessoas neste momento e que o sentimento é relaxado.

“Assim que os panfletos chegarem à população, porque no meu entender ainda não chegaram, então penso que haverá um pouco mais de preocupação”, disse Ferm à DW.

“Mas no final, as pessoas vão se acalmar novamente. Nunca haverá pânico.”

Na opinião de Ferm, é melhor que as pessoas saibam como agir e se preparar para o improvável, e é bom ter essa informação independentemente do pânico que ela possa causar.

Ludvig Karlberg, que trabalha numa startup na capital da Suécia, Estocolmo, também acredita que a ideia de guerra na Suécia está muito distante na mente da maioria das pessoas e não está ativamente preocupado.

“As pessoas não estão realmente percebendo a ligação entre a guerra da Rússia na Ucrânia e o fato de que isso realmente afetará e ameaçará nosso modo de vida. Acho que as pessoas em certos setores estão mais conscientes, como a segurança cibernética”, disse Karlberg.

“Eu acho que é importante que realmente tenhamos o tutorial em nossas mãos, já que a questão é mais urgente agora do que nunca.”

Karlberg acrescentou que, geralmente, as pessoas na Suécia temem a Rússia e a guerra na Europa, mas são ingenuamente optimistas quanto à posição do seu país no conflito.

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Qual é o clima na Finlândia?

Em Lappeenranta, uma cidade finlandesa próxima da fronteira com a Rússia, o sentimento de ameaça é maior. Marika Kesseli, professora na cidade, observou que embora ainda não esteja totalmente preparada para uma situação de emergência, é importante estar preparada para o pior, como um conflito militar.

Ela disse à DW que ficou muito assustada quando a invasão russa da Ucrânia começou e até pensou em substituir seu carro elétrico por um a combustão.

“Sou professora e normalmente não falamos sobre a possibilidade de guerra na escola; é muito assustador”, explicou Kesseli.

“Quando estamos com os nossos amigos, por vezes discutimos o assunto. Mas a possibilidade de nos afastarmos da fronteira e encontrarmos um novo trabalho é bastante difícil, por isso tentamos acreditar que algum dia este mundo será mais pacífico e terá esperança.”

Editado por: Davis VanOpdorp



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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